Caso Chandler
Escrito por daneBJ
1º parte:
Se Michael não tivesse saído de casa aquele dia...
Em maio de 1992, o carro de Michael Jackson quebrou no meio da rua, na Wilshire Boulevard, em Beverly Hills. Ele tentou pedir ajuda ao “911”, mas foi informado de que a situação não configurava uma emergência.
Uma mulher que estava passando na Wilshire naquele momento o reconheceu. Era a esposa de Mel Green, um empregado da locadora de automóveis Rent-a-Reck, de propriedade de Dave Schwartz. Schwartz até então era casado com June Chandler, mãe de Jordan Chandler. O casal não morava junto, mas mantinham um bom relacionamento.
Depois de informado pel esposa de que MJ estava no meio da rua jutando o peneu do carro, Mel Green foi socorrê-lo. Enquanto isso, Dave Schwartz ligou para June para pedir a ela que levasse Jordan, filho do primeiro casamento dela com Evan Chandler, e Lilly, filha do casal, para a loja, pois eles teriam uma grande surpresa. Jordan estava com 12 anos e Lilly 6.
June chegou a Rent-a-Reck antes que Green retornasse levando Michael consigo. Ela estava com a filha, mas Jordan ainda não estava, conforme ela veio a testemunhar no julgamento de MJ em 2005, onde afirmou que o cantor concordou em esperar cinco minutos a mais, para que Jordan o conhecesse.
Não seria a primeira vez que June Chanlder entrava em contato com Michael, mas a primeira que chegou a falar diretamente com ele.
Em 1983, depois que MJ foi queimado durante a gravação do comercial da Pepsi, June escreveu uma carta em nome de Jordan e enviou ao hospital onde MJ estava internado, no envelope colocou uma foto do menino e o número do telefone de sua casa, além de afirmar que o garoto de apenas 3 anos era um grande fã.
MJ ligou para agradecer a atenção, como fez com todos os outros e indicou Jordan para um teste para um comercial. Ele fez, mas não passou.
Em 89, durante a Bad Tour, o empresário de MJ entrou em contato com June Chanlder e ofereceu ingressos gratuitos para um show. Ela aceitou, esperando conhecer MJ nos bastidores, mas não aconteceu.
Jordan teve a oportunidade de ver MJ em um restaurante, quando tinha 4 anos de idade, mas não teve coragem de ir até ele.
Portanto, aquele dia em maio de 1992, era a grande chance da família.
Segundo Mel Green e a esposa, o casal, June e Dave, bombardearam Michael Jackson com declarações do tipo: “Ele é seu maior fã”, na opnião da esposa de Green, era como se “Michael sentisse que devia algo ao menino.”
Conforme June Chandler, o encontro não durou muito mais que dez minutos. Tempo no qual ela não apenas disse a Michael o quanto Jordan o adorava, mas novamente entregou a ele o número do telefone dizendo: “Você deveria ligar para o Jordie, porque vocês têm muito em comum e podem se tornar grandes amigos.”
Segundo o psiquiatra Matis Abrams, que foi quem fez a denúncia contra MJ ao Departamento de Serviço á Criança e à Família de Los Angeles, Jordan lhe disse que, o padrasto, quando foi escolher o carro com Michael disse ao cantor que não havia necessidade de pagar, desde que ele prometesse ligar para o garoto. Ao ser questionado sobre o motivo de Dave fazer isso, Jordan teria respondido que, “Ele sabia o quanto eu era fã de Michael.”
June Chandler em seu testemunho no julgamento de Michael, em 2005, voltaria a afirmar que Jordan era um grande fã de MJ:. Segure-se a transcrição:
Sneddon: Agora, deixe-me voltar no tempo. Antes desta reunião que aconteceu na empresa de seu marido em 1992. Você sabe se Jordan manifestou alguma admiração pelo Sr. Jackson?
June Chandler: Ah, e muito, sim.
Sneddon: Como é que ele mostrava essa admiração?
Musereau: Objeção. Boatos.
Sneddon: Eu não pedi para uma declaração. Excelência, eu pedi uma exposição.
Juiz: Tudo bem. Ele não está pedindo nada que foi dito. 5603. Você entendeu a pergunta?
June Chandler: Será que você repetir a pergunta, por favor?
Sneddon: Sim. Como foi que seu filho Jordan, demonstrou admiração pelo Senhor Jackson, antes daquele encontro na empresa de David Schwartz?
June Chandler: Ele tinha uma jaqueta brilhante, que ele costuma usar para ir a festas. Ele tinha uma luva branca como a de Michael Jackson e dançava por aí como Michael Jackson.
Sneddon: E tudo isso foi antes de ele conhecer o Sr. Jackson?
June Chandler: Antes de ele conhecer Michael Jackson, sim.
Uma semana depois de ter conhecido Jordan Chandler, Michael ligou para ele e passaram a conversar sobre suas vidas e o que gostavam de fazer para se divertirem. Jordan disse que gostava de videogames, então Michael o convidou para seu apartamento em Century City, Califórnia. Michael tinha uma enorme coleção de jogos eletrônicos lá. Mas Jordan não pode ir, pois precisava estudar para provas escolares. Na semana que se seguiu, os dois continuaram se falando e se tornaram amigos.
No dia 27 de junho de 1992, Michael Jackson deu início a Turnê Dangerous. Embora a produção dos mega-concertos exigisse muito da energia de Michael, que comandava absolutamente tudo, da iluminação à venda de ingressos, o cantor continuou se falando com Jordan por telefone durante os nove meses em que excursionava pelo mundo.
Jordan não era a primeira criança a quem Michael dedicava sua atenção. Por toda a vida ele esteve cercado de crianças, como o ator Emmanuel Lewis, a filha de Quince Jones, Kidada, entre outras.
“Um de meus passatempos prediletos é estar com crianças, conversar com elas. As crianças sabem muitos segredos e é difícil convencê-las a contar. Crianças são incríveis. Meus momentos mais criativos sempre acontecem quando eu estou com crianças. Quando estou com elas a música vem tão fácil como o ato de respirar. Quando estou cansado ou entediado as crianças me dão vida.” Contou Michael, em uma de suas entrevistas.
Durante a Turnê Dangerous, Michael teve a companhia de dois amigos, Brett Barnes, um garoto australiano de 11 anos a quem Michael ajudou. (Brett veio a se tornar coreógrafo de artistas como Britney Spears) e o Príncipe Albert Von Thurn und Taxis, de nove anos, filho da Princesa Glória Von Thurn und Taxis, da Bavária.
As pessoas que trabalhavam com ele durante a Turnê, estavam acostumadas a ter crianças com eles e ninguém, desde os motoristas aos músicos, jamais testemunharam um ato impróprio do cantor em relação a seus amiguinhos.
Escrito por daneBJ
1º parte:
Se Michael não tivesse saído de casa aquele dia...
Em maio de 1992, o carro de Michael Jackson quebrou no meio da rua, na Wilshire Boulevard, em Beverly Hills. Ele tentou pedir ajuda ao “911”, mas foi informado de que a situação não configurava uma emergência.
Uma mulher que estava passando na Wilshire naquele momento o reconheceu. Era a esposa de Mel Green, um empregado da locadora de automóveis Rent-a-Reck, de propriedade de Dave Schwartz. Schwartz até então era casado com June Chandler, mãe de Jordan Chandler. O casal não morava junto, mas mantinham um bom relacionamento.
Depois de informado pel esposa de que MJ estava no meio da rua jutando o peneu do carro, Mel Green foi socorrê-lo. Enquanto isso, Dave Schwartz ligou para June para pedir a ela que levasse Jordan, filho do primeiro casamento dela com Evan Chandler, e Lilly, filha do casal, para a loja, pois eles teriam uma grande surpresa. Jordan estava com 12 anos e Lilly 6.
June chegou a Rent-a-Reck antes que Green retornasse levando Michael consigo. Ela estava com a filha, mas Jordan ainda não estava, conforme ela veio a testemunhar no julgamento de MJ em 2005, onde afirmou que o cantor concordou em esperar cinco minutos a mais, para que Jordan o conhecesse.
Não seria a primeira vez que June Chanlder entrava em contato com Michael, mas a primeira que chegou a falar diretamente com ele.
Em 1983, depois que MJ foi queimado durante a gravação do comercial da Pepsi, June escreveu uma carta em nome de Jordan e enviou ao hospital onde MJ estava internado, no envelope colocou uma foto do menino e o número do telefone de sua casa, além de afirmar que o garoto de apenas 3 anos era um grande fã.
MJ ligou para agradecer a atenção, como fez com todos os outros e indicou Jordan para um teste para um comercial. Ele fez, mas não passou.
Em 89, durante a Bad Tour, o empresário de MJ entrou em contato com June Chanlder e ofereceu ingressos gratuitos para um show. Ela aceitou, esperando conhecer MJ nos bastidores, mas não aconteceu.
Jordan teve a oportunidade de ver MJ em um restaurante, quando tinha 4 anos de idade, mas não teve coragem de ir até ele.
Portanto, aquele dia em maio de 1992, era a grande chance da família.
Segundo Mel Green e a esposa, o casal, June e Dave, bombardearam Michael Jackson com declarações do tipo: “Ele é seu maior fã”, na opnião da esposa de Green, era como se “Michael sentisse que devia algo ao menino.”
Conforme June Chandler, o encontro não durou muito mais que dez minutos. Tempo no qual ela não apenas disse a Michael o quanto Jordan o adorava, mas novamente entregou a ele o número do telefone dizendo: “Você deveria ligar para o Jordie, porque vocês têm muito em comum e podem se tornar grandes amigos.”
Segundo o psiquiatra Matis Abrams, que foi quem fez a denúncia contra MJ ao Departamento de Serviço á Criança e à Família de Los Angeles, Jordan lhe disse que, o padrasto, quando foi escolher o carro com Michael disse ao cantor que não havia necessidade de pagar, desde que ele prometesse ligar para o garoto. Ao ser questionado sobre o motivo de Dave fazer isso, Jordan teria respondido que, “Ele sabia o quanto eu era fã de Michael.”
June Chandler em seu testemunho no julgamento de Michael, em 2005, voltaria a afirmar que Jordan era um grande fã de MJ:. Segure-se a transcrição:
Sneddon: Agora, deixe-me voltar no tempo. Antes desta reunião que aconteceu na empresa de seu marido em 1992. Você sabe se Jordan manifestou alguma admiração pelo Sr. Jackson?
June Chandler: Ah, e muito, sim.
Sneddon: Como é que ele mostrava essa admiração?
Musereau: Objeção. Boatos.
Sneddon: Eu não pedi para uma declaração. Excelência, eu pedi uma exposição.
Juiz: Tudo bem. Ele não está pedindo nada que foi dito. 5603. Você entendeu a pergunta?
June Chandler: Será que você repetir a pergunta, por favor?
Sneddon: Sim. Como foi que seu filho Jordan, demonstrou admiração pelo Senhor Jackson, antes daquele encontro na empresa de David Schwartz?
June Chandler: Ele tinha uma jaqueta brilhante, que ele costuma usar para ir a festas. Ele tinha uma luva branca como a de Michael Jackson e dançava por aí como Michael Jackson.
Sneddon: E tudo isso foi antes de ele conhecer o Sr. Jackson?
June Chandler: Antes de ele conhecer Michael Jackson, sim.
Uma semana depois de ter conhecido Jordan Chandler, Michael ligou para ele e passaram a conversar sobre suas vidas e o que gostavam de fazer para se divertirem. Jordan disse que gostava de videogames, então Michael o convidou para seu apartamento em Century City, Califórnia. Michael tinha uma enorme coleção de jogos eletrônicos lá. Mas Jordan não pode ir, pois precisava estudar para provas escolares. Na semana que se seguiu, os dois continuaram se falando e se tornaram amigos.
No dia 27 de junho de 1992, Michael Jackson deu início a Turnê Dangerous. Embora a produção dos mega-concertos exigisse muito da energia de Michael, que comandava absolutamente tudo, da iluminação à venda de ingressos, o cantor continuou se falando com Jordan por telefone durante os nove meses em que excursionava pelo mundo.
Jordan não era a primeira criança a quem Michael dedicava sua atenção. Por toda a vida ele esteve cercado de crianças, como o ator Emmanuel Lewis, a filha de Quince Jones, Kidada, entre outras.
“Um de meus passatempos prediletos é estar com crianças, conversar com elas. As crianças sabem muitos segredos e é difícil convencê-las a contar. Crianças são incríveis. Meus momentos mais criativos sempre acontecem quando eu estou com crianças. Quando estou com elas a música vem tão fácil como o ato de respirar. Quando estou cansado ou entediado as crianças me dão vida.” Contou Michael, em uma de suas entrevistas.
Durante a Turnê Dangerous, Michael teve a companhia de dois amigos, Brett Barnes, um garoto australiano de 11 anos a quem Michael ajudou. (Brett veio a se tornar coreógrafo de artistas como Britney Spears) e o Príncipe Albert Von Thurn und Taxis, de nove anos, filho da Princesa Glória Von Thurn und Taxis, da Bavária.
As pessoas que trabalhavam com ele durante a Turnê, estavam acostumadas a ter crianças com eles e ninguém, desde os motoristas aos músicos, jamais testemunharam um ato impróprio do cantor em relação a seus amiguinhos.
Michael voltou aos Estados Unidos em dezembro, a tempo de encontrar Neverland decorada para o Natal. Uma gentileza de Elisabeth Taylor. E ligou para Jordan para contar que ela havia deixado a casa maravilhosamente enfeitada e que gostaria que ele estivesse lá.
Mas com uma agenda cheia de compromissos em janeiro, dentre eles as apresentações no NAACP (Associação para o progresso das pessoas de cor) o baile de gala do presidente Clinton, o American Music Awards, o Superbol, dentre outros eventos, Michael não teve tempo para os novos amigos.
Sua lendária entrevista à Oprah Winfrey foi transmitida para o mundo todo no doa 10 de fevereiro de 1993. E no dia seguinte, ele ligou para os Chandlers convidando-os para passar o fim de semana em Neverland.
Naqueles três dias, June e as crianças se divertiram como nunca em Neverland, desfrutando do parque de diversões, da piscina e no cinema, onde viram filmes inéditos emprestados a Michael por estúdios com a Woner Bross. Eles também foram a uma loja de brinquedos cerca de uma hora de distancia, fechada para que Michael pudesse fazer compras com seus amigos.
A amizade entre Michael Jackson e a família se desenvolveu rapidamente. Tornando-se frequentes as visitas à Neverland e ao apartamento em Century City e, além disso, Michael freqüentava a casa de June Chandler.
O que Michael mais gostava em Jordan era o senso de humor do menino, que caçoava do cantor pela maneira que ele se vestia, que dirigia, e seu ar desajeitado.
Michael gostava de ser tratado como uma pessoa comum. Gostava da forma natural como Jordan agia com ele. Além disso, Jordan Chandler era um garoto inteligente e extremamente criativo, o que agradava Michael também. Ele acreditava que Jordan teria futuro como produtor de cinema. Enfim, os dois se entendiam perfeitamente bem, e tinham muita coisa em comum. Não é estranho que se tornasse grandes amigos, a não ser pela diferença de idade. Mas se deixarmos o preconceito de lado, isso não era um ponto tão relevante.
O produtor Sam Martin, disse em uma de suas entrevistas, que Michael era um sujeito desconfiado, sempre com as “antenas” ligadas, pois as pessoas estavam sempre tentando tirar lago dele. Sam Martin afirmou que só via Michael tranquilo, quando ele estava na companhia de crianças.
Michael Jackson não mantinha uma estreita amizade apenas com a família de Jordan Chandler. Ele também tinha como seus convidados frequentes os Culkins, os Barnes, os Robsons, os Cascios e outros. E não apenas as crianças, mas também os pais eram convidados para sua casa. Como testemunhou os empregados de Neverland, os pais sempre estavam por perto e sempre havia muitas pessoas em volta da garotada.
A família Cascio talvez tenha sido a mais próxima a Michael, uma amizade que durou até o fim da vida do astro.
O pai, Dominic Cascio, era gerente do hotel Helmsey em Nova York onde Michael esteve hospedado. Durante uma conversa no escritório de Dominic, Michael viu a foto das crianças e pediu para conhecê-los. Dominic o apresentou aos filhos, Frank, com três anos e Ed, apenas um bebê. Anos depois nasceria a filha do casal, Marie Nicole.
Os Cascios mantinham uma estreita amizade com Michael, frequentando a casa do cantor e também o recebendo na deles. As crianças cresceram perto do artista e, conforme disseram em entrevista à Ophra Winfrey em outubro de 2010, Michael jamais se comportara mal com eles. Oprah, que perece não saber nada sobre Michael, anunciou os Cascios como uma família que mantinha uma amizade secreta com o astro. Mas isso não é verdade, é só mais uma amostra de como a mídia distorce os fatos.
Michael foi visto na companhia dos Cascios em inúmeras viagens. E deram entrevistas em sua defesa em 1993 e em 2005.
Dominic e Conie Cascio, os pais, contaram à Ophra que nunca tiveram a menor dúvida quanto à inocência de Michael. Eles disseram, ainda, que precisaram explicar aos filhos o que estava acontecendo em 1993 porque eles erm jovens de mais para compreender.
Frank Cascio, que hoje assina Frank Tayson, tinha se tornado um dos mais importantes assessores de Michael Jackson e Ed é um dos compositores e produtores do primeiro álbum póstumos do artista.
Foram os três, Frank, Ed, e Nicole, que vieram com Michael ao Brasil, quando ele gravou o clipe para música They Don’t Care About Us.
O relacionamento de Michael com Jordan Chandler e sua família não era diferente, nem mais especial do que o relacionamento entre o astro e todas as outras famílias que já foram mencionadas.
Como fazia com qualquer criança que entrava para seu circulo de amizades, Michael deu a Jordan e a sua irmã alguns presente. E também a mãe deles, por quem ele tinha sincero apreço.
Os presentes não eram uma forma de seduzir ou comprar o afeto, mas uma forma de demonstrar carinho. Michael presenteava seus amigos não importando quão rico eles fossem. Ao contrário do que se insinua na imprensa, ele não vivia na companhia de crianças desprivilegiadas, para se aproveitar da condição de pobreza delas. Michael gostava de crianças, simplesmente. Sem distinção de classe, raça idade ou sexo. Apenas crianças.
Para alguns pode parecer estranho que um homem adulto aprecie a companhia de meninos e meninas, mas não é difícil compreender Michael, quando você o coloca dentro do contexto de sua própria infância, diz Mary Fisher em seu artigo intitulado “Was Michael Jackson Framed”, de 1995.
Tendo começado a vida artística aos cinco anos, Michael Jackson foi forçado a abrir mão de uma infância normal, em troca de muito trabalho, vivendo cercado por adultos que exigiam dele nada menos que a perfeição. A começar pelo pai, Joseph Jackson, um homem inegavelmente rude e violento, que ao descobrir o talento dos filhos, sobretudo o extraordinário talento do pequeno Michael, passou a guiar os meninos como um empresário tirano, esquecendo seu papel de pai.
Não é estranho que um homem, embora adulto, goste da companhia de crianças, quando ele mesmo aprecia as distrações e brincadeiras próprias dessa fase. Se colocado de lado o preconceito, o que se vê é um homem de alma alegre, pura e infantil, que não queria ficar preso a convenções, que não pensava que por ter 30, 40 ou 50 anos, não poderia mais subir em árvores, ou fazer guerras de balões de água.
Os adultos envolvidos não se opunham de forma alguma ao relacionamento entre Michael e as crianças, ao contrário. E por quê? Seria absurdo julgarmos que todos estivessem cegos ou fascinados pela fortuna do cantor, a ponto de ignorar atos impróprios por parte dele em relação aos seus filhos. Portanto, só se pode concluir que os pais não se opunham, porque confiavam em Michael e confiavam porque podiam.
Joy Robson, em seu depoimento no julgamento de Michael, em 2005 disse que confiava no cantor com seus filhos absolutamente. Pois Michael não era uma pessoa comum “ele é um menino puro. Conhecê-lo é amá-lo e confiar nele”. Ela não era a única a pensar assim.
June Chandler gostava muito de Michael. “Ele era o homem mais gentil que ela conheceu.” Disse um amigo.
“Não há nem uma gota de maldade nele.” June Chandler disse sobre Michael Jackson.
Tudo ia bem entre Michael e os novos amigos, até que o pai biológico do menino, Evan Chandler, começasse a interferir.
Evan Robert Charmatz nasceu no Bronx em 1954. Mudou-se para West Palm Beach em 1973 para exercer a profissão de dentista e mudou seu nome para Chandler por considerar que Charmatz soava muito judaico. Contou um colega.
Ele seguiu os passos do pai e irmãos e se tornara um dentista, mas detestava essa profissão. “Ele sempre quis ser um escritor”. Disse um amigo.
Com o sonho de se tornar um roteirista Evan Chandler se mudou para Los Angeles nos anos setenta. Estava casado com June Wong com quem teve Jordan.
A carreira de dentista de Evan nem sempre foi estável. Em 1978 quando trabalhava em uma clínica de baixa renda de L.A., a Crenshaw Family Dental Center, ele fez restaurações em dezesseis dentes de um paciente durante uma única consulta.
O Conselho de Examinadores Odontológicos considerou-o ineficiente e ignorante em sua profissão. Sua licença foi revogada. Porém, a revogação foi suspensa e o Conselho decidiu afastá-lo por noventa dias e o colocou sobobservação por dois anos e meio.
Arrasado Chandler foi para Nova York. Escreveu um roteiro de cinema, mas não conseguiu vendê-lo.
Ele retornou a Los Angeles com a esposa meses depois e voltou a trabalhar como dentista. Em 1980, quando Jordan nasceu o casamento do casal estava chegando ao fim.
“Uma das razões para June deixar Evan foi seu temperamento.” Diz um amigo da família. O divórcio ocorreu em 1985. A custódia de Jordan foi concedida integralmente a June e uma pensão alimentícia de 500 dólares por mês, foi fixada em benefício da criança. Mas conforme documentos, Evan até 1993, quando surgiu o escândalo contra Michael Jackson, devia 68 mil dólares a ex-esposa. Dívida que ela acabou perdoando.
Em 1991, um ano antes de conhecer Jackson, Chandler teve outro problema em sua profissão. Uma modelo o processou por negligência odontológica, depois que Evan restaurou alguns dos dentes dela.
Em sua defesa, Evan alegou que a mulher tinha assinado um documento em que reconhecia os riscos envolvidos. Mas quando o advogado dela, desconfiando da autenticidade de tal documento exigiu que fosse apresentado o original, Chandler disse que a maleta onde se encontrava tinha sido roubada do porta-malas de seu Jaguar.
“Isso é como dizer ‘O cachorro comeu meu dever de casa.”. Disse Edwin Zinman, o advogado, da modelo.
Apesar dos percalços, Evan tinha uma profissão bem sucedida em Beverly Hills.
A primeira chance no cinema ocorreu em 1992 quando Jordan teve a ideia de fazer uma paródia sobre Robin Hood, que acabou sendo rodado e recebeu o título de Robin Hood, Men in Tigths (Homens em Calças Justas).
Embora retratado pela mídia como um pai corajoso lutando por seu filho, Evan Chandler na verdade era um pai ausente, que fazia promessas, que jamais cumpria, ao menino, como a de comprar um computador para que escrevessem roteiros juntos.
Ele tinha se casado de novo, com uma advogada, e com ela teve outros dois filhos, além de ter de cuidar de um consultório que o mantinha ocupado. Portanto, não lhe sobrava tempo para Jordan, pelo menos, ele não lhe dedicava esse tempo. A verdade é que Evan somente se interessou pelo filho, quando soube amigo de quem ele tinha se tornado.
Mesmo sendo ausente, Evan não gostou da presença de outro homem que estava se tornando tão importante e influente na vida de seu filho. Ele logo passou a demonstrar ciúme. Quando Michael deu a Jordan um computador, ele ficou furioso, pois disse que queria fazer isso ele mesmo. O computador então ficou no apartamento de Michael e Jordan só podia usá-lo quando ia até lá.
O primeiro encontro entre Evan e Michael ocorreu na casa da ex-esposa daquele, no final de junho de 1993.
Em 22 de maio de 1993, Michael compareceu ao aniverário de cinco anos de Nikki, filho mais novo de Evan, deixando os convidados de queixo caído, pela surpreendente surpresa. Os amigos de Evan comentavam entre si, incrédulos. “Ele é amigo de Michael Jackson?!
Naquela noite Michael dormiu na casa de Evan Chandler, no quarto com Nikki e Jordan. Os garotos dividiram um beliche, enquanto Michael dormiu em um saco de dormir. Depois que assistiram Peter Pan, Evan contou que entrou no quarto para desligar os aparelhos e colocá-los para dormir.
Evan sempre afirmou que jamais viu Michael fazer qualquer coisa inapropriada com seus filhos.
Evan se gabava da amizade com o cantor para seus amigos e sócios e até passou a incentivar a convivência do artista com o menino.
Leia aqui o que diz uma cilente de Evan. Carrie Fisher, sobre o fato:
http://theuntoldside...dler-conta.html
Chandler podia implicar quando era deixado de fora, mas sempre gostava quando Michael se hospedava em sua casa. Quando Michael ficou com eles em maio de 1993, Evan lhe sugeriu que construísse um anexo a casa para que pudesse ficar lá sempre que fosse a Los Angeles. Essa proposta foi levada a sério, a ponto de consultarem o departamento de zoneamento. Quando soube que a ampliação não poderia ser feita, Evan pediu a Michael simplesmente que lhe comprasse uma casa maior.
Ainda no mês de maio, Jordan, sua mãe e irmã viajaram com Michael para Mônaco para participarem do WMA (uma premiação de música) “Evan começou a ficar enciumado e se sentiu deixado de lado”. Disse Freeman, advogado de June Chandler naquela época.
Mary Fischer, jornalista da GQ, escreveu um artigo intitulado “Was Michael Jackson Framed” (Michael Jackson foi vítima de conspiração?) (colocar link para o artigo original). Ela relata nesse artigo que “quando retornaram de Mônaco, Jackson e o menino ficaram novamente com Evan para uma visita de cinco dias. Na qual dividiam o mesmo quarto. Michael dormia no chão, em um saco de dormir, Jordan e Nikki dividiam um beliche. Evan afirmou que sempre que os via juntos na cama, estavam vestidos. Evan Chandler nunca alegou ter testemunhado algo de errado.”
Apesar disso, Evan não demorou a começar expor seu desconforto com o relacionamento entre Michael e Jordan, chegando a mencioná-lo a alguns amigos. Um deles, Carrie Fishier conhecia o médico de Michael, Arnold Klein e ligou para Klein para perguntar se havia algo de errado naquele envolvimento. Klein, respondeu-lhe imediatamente que Michael era uma criança grande, muito doce e generoso e absolutamente correto. Não havia nada com que se preocupar. Aliás, disse Klein, afastar os dois seria um grande erro.
Alguns amigos de Evan, como Mark Torbiner, no entanto, continuou a expor suas opiniões preconceituosas, dizendo a ele que não era comum uma amizade entre um adulto e um adolescente. E que não estava certo dividirem o mesmo quarto. Torbiner, no entanto, não é uma pessoa de caráter ilibado.
Leia sobre Torbiner aqui:
http://theuntoldside...ma-de_8717.html
Evan ficou cada vez mais instável e passou a tomar atitudes que afastavam Jackson, June, e até o padrasto do garoto, Dave Schwartz, que até então era amigável com ele.
Mas se Evan nunca viu nada, de onde vieram as desconfianças?
Elas não vieram de lugar algum.
Quando Michael voltou de Mônaco, em maio de 1993 com June Jordan e Lily, O Tablóide The National Enquaire publicou uma foto deles na capa dizendo que “Michael Jackson tinha adotado uma nova família” e insinuou que Michael e June estavam tendo um romance. Claro que isso chateou Evan e Dave.
Por ciúme, certamente, Dave pediu a June que se afastasse de Michael. Ele pensava que o cantor estava levando embora sua família. Mas June disse que não se afastaria, pois gostava de Michael. Embora chateado com a forma como o tablóide retratou a situação, Dave Schwartz não se antagonizou com o cantor, pelo contrário. O ciúme logo passou e ele voltou a se entender bem com a mulher e Michael.
Evan Chandler, por outro lado, tomava atitudes dúbias. Ele alegou que suas suspeitas já tinham começado por essa época e como relatado acima, ele manifestou-as a amigos como Carrier Fishier. Assim, por que razão, Evan convidou Michael para ficar em sua casa logo que ele voltou de Mônaco, se ele tinha suspeitas de que o filho estava sendo molestado pelo astro?
E mais: por que Evan sugeriu que Michael ampliasse a casa para que pudesse ficar lá com eles, sempre que fosse a Los Angeles, com mais conforto?E quando soube que não poderia ser construído o anexo que sugeriu, pediu a Michael que lhe comprasse uma casa maior? Essa é a atitude de quem suspeita que o filho esteja sofrendo abuso sexual? Trazer o agressor para mais perto? Seria uma atitude lógica?
Só se pode concluir que nunca houve suspeita alguma. Evan apenas preparava terreno para seu plano, quando falava sobre essas “suspeitas” com seus amigos. O que realmente o incomodava era ser deixado de lado. E ele demonstrou isso em uma conversa com o padrasto de Jordan, gravada por Dave, no dia 9 de julho de 1993.
“Eu tinha uma boa comunicação com Michael. Eu o admirava e respeitava. Não há razão para ele deixar de me ligar. Nós tivemos uma conversa e eu disse a ele o que eu gostaria que deixasse de acontecer nessa amizade, eu disse a ele o que eu quero. Não entendo porque ele não retorna minhas ligações.”
O que levou as acusações de abuso sexual infantil, então?
é preciso analisar bem os fatos para responder a essa pergunta.
Evan Chandler era um homem violento, diagnosticado como bipolar, ele estava sob tratamento para essa doença. Mas nem sempre o seguia à risca.
O jornalista J. Randy Taraborrelli, que escreveu a biografia não autorizada de Michael “A Magia e a Loucura”, admitiu ter usado o próprio Evan Chandler como fonte e ter se encontrado às escondidas com ele por diversas vezes durante o escândalo de acusação de abuso sexual envolvendo Michael.
Em seu blog, Taraborrelli escreveu:
"Eu encontrei com ele várias vezes na década de 1990. Eu tive muitos encontros secretos com Evan Chandler, tentando chegar ao fundo do que estava acontecendo. Eu era muito jovem, inesperiente e desejava de tivesse meu atual nível de conhecimento para aplicar na época. Tenho histórias sobre aquele cara que nunca cheguei a publicar. Ele era tão inconsistente quando elas vieram. Ele estava tão determinado a conseguir meu apoio, eu achava que ele era um pouco assustador. Se você ler o meu livro , terá idéia de como eu me sentia, me sinto, sobre ele. Quando saiu, ele me ligou gritando por eu não ter simplesmente comprado sua história 100%.Na verdade, ele me ameaçou, e eu pensei ... amigo, ok, agora eu sei quem você realmente é. Eu desejva que tudo tivesse acontecido diferente. Para ser honesto, eu gostaria que MJ nunca tivesse feito acordo, e eu disse a Michael isso, diversas vezes.Mas ... ele sentia que tinha de salvar sua vida, e eu entendi isso também. Ele realmente estava mal. No entanto, eu gostaria que tivesse ido a julgamento, para que pudéssemos ter provas concretas apresentadas em um tribunal de justiça - como o absurdo caso Arvizo - onde realmente foram capazes de atravessar isso e chegar a algumas decisões concretas. Tudo parece tão inútil agora, porém, não é? E uma vergonha."
Taraborelli, em sua edição de 2010 da biografia não autorizada de Michael, também escreve que Evan Chandler o ligou depois que sua edição de 2003 foi publicada e disse: "Você me deve. Se algum dia eu te vir de novo, não vai ser bom para você. é melhor você esconder porque eu estou indo atrás de você".
Segundo os documentos judiciais arquivados em 2006, (nos quais constam que Jordan Chandler processou seu pai e obteve uma ordem de restrição permanente contra ele) Evan Chandler bateu em seu filho por trás com um peso de 1 quilo, o que significa que não houve chance de defesa. Em seguida o acertou nos olhos e tentou sufucá-lo. A data do incidente é mais do que interessante. Agosto de 2005.
Michael Jackson foi absolvido de todas as acusações feitas pelos Arvisos em 13 de junho de 2005. Mas a mídia, que foi negativamente criticada por sua antiética, antiprofissional e tendenciosa, cobertura tabloidiana, continuou a mentir sobre o cantor e não deu atenção ao ocorrido.
Evan estaria irado porque Jordan decidiu não depor contra Michael Jackson?
Se Jordan tivesse defendido MJ, Evan poderia ter enfrentado acusações de extorsão. Mas se ele tivesse ido ao tribunal para reiterar as acusações feitas em 1993, poderia ter sido muito ruin para Michael. Mas ele se recusou a testemunhar e disse que se o promotor Sneddon insistisse nisso, encontraia uma forma legal de se livrar.
Se Jordan tivesse decidido depor contra Michael, a defesa possuia testemunhas que contraditariam suas alegaçãos. Colegas de escola e faculdade, a quem Jordan disse diversas vezes que tinha acusado Michael por que seu pai o obrigara. Disse Tom Mesereau, advogado de Michael, em um semonário na universidade de Harvard, onde o caso MJ foi discutido.
Leia o discurso de Mesereau qui:
http://theuntoldside...bre-raca-e.html
Mas Jordan não foi encontardo pelos promotores. Ele fez as malas e saiu dos Estados Unidos antes que Tom Sneddon, promotor responsável pelo caso, conseguisse um meio legal de colocá-lo no banco de testemunhas.
Jordan não quis depor contra o homem a quem acusara de tê-lo molestado. E por que não? Ele não estaria perdendo a chance, e pela segunda vez, de colocar na prisão um criminoso? Ou ele não tinha coragem de repetir mentiras diante de um tribunal?
Jordan não depôs em 1993, o advogado Larry Feldman fez tudo para evitar isso. Lógico que ele não iria cometer o erro de ir menir sobre Michael em 2005, tampouco poderia dizer a verdade e se comprometer ou comprometer o pai. Mas Evan, provavaelmente, pensava que ele podia e devia, ter ido ao tribunal para fazer falsaas acusações contra Michael de novo. Não se pode compreender Evan Chanlder. Controle emocional e racionalidade não parecem ter feito parte do caráter dele. Não supreende que ele tenha se matato com um tiro na cabeça em 2009. Poucos meses depois da morte de Michael Jackson. Intrigante, não?
Mas June Chnadler esteve no tribunal, ela testemunhou, mas nada do que disse prejudicou Michael. Ela não tinha nada a dizer, realmente. Muito pelo contrário. Em determinado momento, ela chegou a afirma que nunca se sentiu desconfortável por Michael Jackson estar perto do filho dela.
Ela também afirmou que a primeira vez que Jordan dormiu no quarto de Michael foi em Neverland, a pedido do menino, que, segundo ela insistiu dizendo: “Tem outras crianças aqui que ficam no quarto dele, por que eu não posso?” Ela deu permissão e nunca houve motivo para não fazê-lo.
Uma das coisas mais chocantes que June reafirmou no julgameto de michael foi que, quando ela disse a Evan que Michael Jackson tinha se tornado um amigo do filho deles, Evan, feliz, disse: "Então Jordan nunca mais terá com o que se preocupar pelo resto da vida."
Michael Jackson tinha genuíno carinho por June, pelo menos no início, mas nunca se sentiu bem perto de Evan Chandler, ele nunca sentiu que o pai de Jordan era sincero. Entre uma briga entre pai e filho, Jordan disse a Evan que Michael sabia que ele, Evan, apenas fingia gostar dele.
Uma das razões para Evan não ser sincero era que apesar de ser um pai ausente, ele sentia ciúme do relacionamento entre Michael e Jordan. O menino se afeiçoou ao cantor e com ele se entendia muito melhor, pois Michael, apesar de ser um astro multimilionário com uma agenda lotada de compromissos, dedicava-lhe muito mais atenção.
Não é difícil entender por que uma criança se relacionava tão bem com Michael Jackson. Ele não era apenas um artista extraordinário, original, e extremamente criativo e cativante, ele tinha o espírito infantil. Gostava de brincar, gostava das mesmas coisas que as crianças gostam, ele as compreendiam e elas o compreendiam muito bem.
Em entrevista a Larry King em 2000, Lisa Presley, então divorciada de Michael respondeu a pergunta de Larry sobre o envolvimento de Michael com crianças: “Ele é uma criança e outras crianças percebem isso.” “Ele realmente tem uma conexão com crianças, com bebês.”
Não são poucas as pessoas que descrevem Michael como uma criança. Como um homem com alma de criança, um coração infantil no corpo de um adulto. Nem todos viam isso de forma positiva e o descrevem não apenas como um menino, mas um menino mimado e difícil. Para alguns a recusa em crescer era um problema psicológico provocado pelos traumas de infância, ou simplesmente por não ter vivido a infância de forma plena, que deveria ser tratado.
Para outros, Michael simplesmente gostava demais da infância e dela não queria sair. Muitos consideravam o lado infantil de Michael, o que ele tinha de mais adorável, como o advogado de Michael, Johnny Cochran.
Seja qual for a opinião sobre o que fez de Michael um homem-criança, o fato é que são muitas as pessoas que tinham essa percepção dele como um menino. O que não significa que ele tivesse a mente de uma criança. Longe disso. Michael Jackson era um homem extremamente inteligente, que comandava cada detalhe de sua carreira com muita competência. O que fazia de Jackson um menino, segundo aqueles que com ele conviveram de perto, era a sua capacidade de ser manter puro, com coração inocente e jovial.
Foram os três, Frank, Ed, e Nicole, que vieram com Michael ao Brasil, quando ele gravou o clipe para música They Don’t Care About Us.
O relacionamento de Michael com Jordan Chandler e sua família não era diferente, nem mais especial do que o relacionamento entre o astro e todas as outras famílias que já foram mencionadas.
Como fazia com qualquer criança que entrava para seu circulo de amizades, Michael deu a Jordan e a sua irmã alguns presente. E também a mãe deles, por quem ele tinha sincero apreço.
Os presentes não eram uma forma de seduzir ou comprar o afeto, mas uma forma de demonstrar carinho. Michael presenteava seus amigos não importando quão rico eles fossem. Ao contrário do que se insinua na imprensa, ele não vivia na companhia de crianças desprivilegiadas, para se aproveitar da condição de pobreza delas. Michael gostava de crianças, simplesmente. Sem distinção de classe, raça idade ou sexo. Apenas crianças.
Para alguns pode parecer estranho que um homem adulto aprecie a companhia de meninos e meninas, mas não é difícil compreender Michael, quando você o coloca dentro do contexto de sua própria infância, diz Mary Fisher em seu artigo intitulado “Was Michael Jackson Framed”, de 1995.
Tendo começado a vida artística aos cinco anos, Michael Jackson foi forçado a abrir mão de uma infância normal, em troca de muito trabalho, vivendo cercado por adultos que exigiam dele nada menos que a perfeição. A começar pelo pai, Joseph Jackson, um homem inegavelmente rude e violento, que ao descobrir o talento dos filhos, sobretudo o extraordinário talento do pequeno Michael, passou a guiar os meninos como um empresário tirano, esquecendo seu papel de pai.
Não é estranho que um homem, embora adulto, goste da companhia de crianças, quando ele mesmo aprecia as distrações e brincadeiras próprias dessa fase. Se colocado de lado o preconceito, o que se vê é um homem de alma alegre, pura e infantil, que não queria ficar preso a convenções, que não pensava que por ter 30, 40 ou 50 anos, não poderia mais subir em árvores, ou fazer guerras de balões de água.
Os adultos envolvidos não se opunham de forma alguma ao relacionamento entre Michael e as crianças, ao contrário. E por quê? Seria absurdo julgarmos que todos estivessem cegos ou fascinados pela fortuna do cantor, a ponto de ignorar atos impróprios por parte dele em relação aos seus filhos. Portanto, só se pode concluir que os pais não se opunham, porque confiavam em Michael e confiavam porque podiam.
Joy Robson, em seu depoimento no julgamento de Michael, em 2005 disse que confiava no cantor com seus filhos absolutamente. Pois Michael não era uma pessoa comum “ele é um menino puro. Conhecê-lo é amá-lo e confiar nele”. Ela não era a única a pensar assim.
June Chandler gostava muito de Michael. “Ele era o homem mais gentil que ela conheceu.” Disse um amigo.
“Não há nem uma gota de maldade nele.” June Chandler disse sobre Michael Jackson.
Tudo ia bem entre Michael e os novos amigos, até que o pai biológico do menino, Evan Chandler, começasse a interferir.
Evan Robert Charmatz nasceu no Bronx em 1954. Mudou-se para West Palm Beach em 1973 para exercer a profissão de dentista e mudou seu nome para Chandler por considerar que Charmatz soava muito judaico. Contou um colega.
Ele seguiu os passos do pai e irmãos e se tornara um dentista, mas detestava essa profissão. “Ele sempre quis ser um escritor”. Disse um amigo.
Com o sonho de se tornar um roteirista Evan Chandler se mudou para Los Angeles nos anos setenta. Estava casado com June Wong com quem teve Jordan.
A carreira de dentista de Evan nem sempre foi estável. Em 1978 quando trabalhava em uma clínica de baixa renda de L.A., a Crenshaw Family Dental Center, ele fez restaurações em dezesseis dentes de um paciente durante uma única consulta.
O Conselho de Examinadores Odontológicos considerou-o ineficiente e ignorante em sua profissão. Sua licença foi revogada. Porém, a revogação foi suspensa e o Conselho decidiu afastá-lo por noventa dias e o colocou sobobservação por dois anos e meio.
Arrasado Chandler foi para Nova York. Escreveu um roteiro de cinema, mas não conseguiu vendê-lo.
Ele retornou a Los Angeles com a esposa meses depois e voltou a trabalhar como dentista. Em 1980, quando Jordan nasceu o casamento do casal estava chegando ao fim.
“Uma das razões para June deixar Evan foi seu temperamento.” Diz um amigo da família. O divórcio ocorreu em 1985. A custódia de Jordan foi concedida integralmente a June e uma pensão alimentícia de 500 dólares por mês, foi fixada em benefício da criança. Mas conforme documentos, Evan até 1993, quando surgiu o escândalo contra Michael Jackson, devia 68 mil dólares a ex-esposa. Dívida que ela acabou perdoando.
Em 1991, um ano antes de conhecer Jackson, Chandler teve outro problema em sua profissão. Uma modelo o processou por negligência odontológica, depois que Evan restaurou alguns dos dentes dela.
Em sua defesa, Evan alegou que a mulher tinha assinado um documento em que reconhecia os riscos envolvidos. Mas quando o advogado dela, desconfiando da autenticidade de tal documento exigiu que fosse apresentado o original, Chandler disse que a maleta onde se encontrava tinha sido roubada do porta-malas de seu Jaguar.
“Isso é como dizer ‘O cachorro comeu meu dever de casa.”. Disse Edwin Zinman, o advogado, da modelo.
Apesar dos percalços, Evan tinha uma profissão bem sucedida em Beverly Hills.
A primeira chance no cinema ocorreu em 1992 quando Jordan teve a ideia de fazer uma paródia sobre Robin Hood, que acabou sendo rodado e recebeu o título de Robin Hood, Men in Tigths (Homens em Calças Justas).
Embora retratado pela mídia como um pai corajoso lutando por seu filho, Evan Chandler na verdade era um pai ausente, que fazia promessas, que jamais cumpria, ao menino, como a de comprar um computador para que escrevessem roteiros juntos.
Ele tinha se casado de novo, com uma advogada, e com ela teve outros dois filhos, além de ter de cuidar de um consultório que o mantinha ocupado. Portanto, não lhe sobrava tempo para Jordan, pelo menos, ele não lhe dedicava esse tempo. A verdade é que Evan somente se interessou pelo filho, quando soube amigo de quem ele tinha se tornado.
Mesmo sendo ausente, Evan não gostou da presença de outro homem que estava se tornando tão importante e influente na vida de seu filho. Ele logo passou a demonstrar ciúme. Quando Michael deu a Jordan um computador, ele ficou furioso, pois disse que queria fazer isso ele mesmo. O computador então ficou no apartamento de Michael e Jordan só podia usá-lo quando ia até lá.
O primeiro encontro entre Evan e Michael ocorreu na casa da ex-esposa daquele, no final de junho de 1993.
Em 22 de maio de 1993, Michael compareceu ao aniverário de cinco anos de Nikki, filho mais novo de Evan, deixando os convidados de queixo caído, pela surpreendente surpresa. Os amigos de Evan comentavam entre si, incrédulos. “Ele é amigo de Michael Jackson?!
Naquela noite Michael dormiu na casa de Evan Chandler, no quarto com Nikki e Jordan. Os garotos dividiram um beliche, enquanto Michael dormiu em um saco de dormir. Depois que assistiram Peter Pan, Evan contou que entrou no quarto para desligar os aparelhos e colocá-los para dormir.
Evan sempre afirmou que jamais viu Michael fazer qualquer coisa inapropriada com seus filhos.
Evan se gabava da amizade com o cantor para seus amigos e sócios e até passou a incentivar a convivência do artista com o menino.
Leia aqui o que diz uma cilente de Evan. Carrie Fisher, sobre o fato:
http://theuntoldside...dler-conta.html
Chandler podia implicar quando era deixado de fora, mas sempre gostava quando Michael se hospedava em sua casa. Quando Michael ficou com eles em maio de 1993, Evan lhe sugeriu que construísse um anexo a casa para que pudesse ficar lá sempre que fosse a Los Angeles. Essa proposta foi levada a sério, a ponto de consultarem o departamento de zoneamento. Quando soube que a ampliação não poderia ser feita, Evan pediu a Michael simplesmente que lhe comprasse uma casa maior.
Ainda no mês de maio, Jordan, sua mãe e irmã viajaram com Michael para Mônaco para participarem do WMA (uma premiação de música) “Evan começou a ficar enciumado e se sentiu deixado de lado”. Disse Freeman, advogado de June Chandler naquela época.
Mary Fischer, jornalista da GQ, escreveu um artigo intitulado “Was Michael Jackson Framed” (Michael Jackson foi vítima de conspiração?) (colocar link para o artigo original). Ela relata nesse artigo que “quando retornaram de Mônaco, Jackson e o menino ficaram novamente com Evan para uma visita de cinco dias. Na qual dividiam o mesmo quarto. Michael dormia no chão, em um saco de dormir, Jordan e Nikki dividiam um beliche. Evan afirmou que sempre que os via juntos na cama, estavam vestidos. Evan Chandler nunca alegou ter testemunhado algo de errado.”
Apesar disso, Evan não demorou a começar expor seu desconforto com o relacionamento entre Michael e Jordan, chegando a mencioná-lo a alguns amigos. Um deles, Carrie Fishier conhecia o médico de Michael, Arnold Klein e ligou para Klein para perguntar se havia algo de errado naquele envolvimento. Klein, respondeu-lhe imediatamente que Michael era uma criança grande, muito doce e generoso e absolutamente correto. Não havia nada com que se preocupar. Aliás, disse Klein, afastar os dois seria um grande erro.
Alguns amigos de Evan, como Mark Torbiner, no entanto, continuou a expor suas opiniões preconceituosas, dizendo a ele que não era comum uma amizade entre um adulto e um adolescente. E que não estava certo dividirem o mesmo quarto. Torbiner, no entanto, não é uma pessoa de caráter ilibado.
Leia sobre Torbiner aqui:
http://theuntoldside...ma-de_8717.html
Evan ficou cada vez mais instável e passou a tomar atitudes que afastavam Jackson, June, e até o padrasto do garoto, Dave Schwartz, que até então era amigável com ele.
Mas se Evan nunca viu nada, de onde vieram as desconfianças?
Elas não vieram de lugar algum.
Quando Michael voltou de Mônaco, em maio de 1993 com June Jordan e Lily, O Tablóide The National Enquaire publicou uma foto deles na capa dizendo que “Michael Jackson tinha adotado uma nova família” e insinuou que Michael e June estavam tendo um romance. Claro que isso chateou Evan e Dave.
Por ciúme, certamente, Dave pediu a June que se afastasse de Michael. Ele pensava que o cantor estava levando embora sua família. Mas June disse que não se afastaria, pois gostava de Michael. Embora chateado com a forma como o tablóide retratou a situação, Dave Schwartz não se antagonizou com o cantor, pelo contrário. O ciúme logo passou e ele voltou a se entender bem com a mulher e Michael.
Evan Chandler, por outro lado, tomava atitudes dúbias. Ele alegou que suas suspeitas já tinham começado por essa época e como relatado acima, ele manifestou-as a amigos como Carrier Fishier. Assim, por que razão, Evan convidou Michael para ficar em sua casa logo que ele voltou de Mônaco, se ele tinha suspeitas de que o filho estava sendo molestado pelo astro?
E mais: por que Evan sugeriu que Michael ampliasse a casa para que pudesse ficar lá com eles, sempre que fosse a Los Angeles, com mais conforto?E quando soube que não poderia ser construído o anexo que sugeriu, pediu a Michael que lhe comprasse uma casa maior? Essa é a atitude de quem suspeita que o filho esteja sofrendo abuso sexual? Trazer o agressor para mais perto? Seria uma atitude lógica?
Só se pode concluir que nunca houve suspeita alguma. Evan apenas preparava terreno para seu plano, quando falava sobre essas “suspeitas” com seus amigos. O que realmente o incomodava era ser deixado de lado. E ele demonstrou isso em uma conversa com o padrasto de Jordan, gravada por Dave, no dia 9 de julho de 1993.
“Eu tinha uma boa comunicação com Michael. Eu o admirava e respeitava. Não há razão para ele deixar de me ligar. Nós tivemos uma conversa e eu disse a ele o que eu gostaria que deixasse de acontecer nessa amizade, eu disse a ele o que eu quero. Não entendo porque ele não retorna minhas ligações.”
O que levou as acusações de abuso sexual infantil, então?
é preciso analisar bem os fatos para responder a essa pergunta.
Evan Chandler era um homem violento, diagnosticado como bipolar, ele estava sob tratamento para essa doença. Mas nem sempre o seguia à risca.
O jornalista J. Randy Taraborrelli, que escreveu a biografia não autorizada de Michael “A Magia e a Loucura”, admitiu ter usado o próprio Evan Chandler como fonte e ter se encontrado às escondidas com ele por diversas vezes durante o escândalo de acusação de abuso sexual envolvendo Michael.
Em seu blog, Taraborrelli escreveu:
"Eu encontrei com ele várias vezes na década de 1990. Eu tive muitos encontros secretos com Evan Chandler, tentando chegar ao fundo do que estava acontecendo. Eu era muito jovem, inesperiente e desejava de tivesse meu atual nível de conhecimento para aplicar na época. Tenho histórias sobre aquele cara que nunca cheguei a publicar. Ele era tão inconsistente quando elas vieram. Ele estava tão determinado a conseguir meu apoio, eu achava que ele era um pouco assustador. Se você ler o meu livro , terá idéia de como eu me sentia, me sinto, sobre ele. Quando saiu, ele me ligou gritando por eu não ter simplesmente comprado sua história 100%.Na verdade, ele me ameaçou, e eu pensei ... amigo, ok, agora eu sei quem você realmente é. Eu desejva que tudo tivesse acontecido diferente. Para ser honesto, eu gostaria que MJ nunca tivesse feito acordo, e eu disse a Michael isso, diversas vezes.Mas ... ele sentia que tinha de salvar sua vida, e eu entendi isso também. Ele realmente estava mal. No entanto, eu gostaria que tivesse ido a julgamento, para que pudéssemos ter provas concretas apresentadas em um tribunal de justiça - como o absurdo caso Arvizo - onde realmente foram capazes de atravessar isso e chegar a algumas decisões concretas. Tudo parece tão inútil agora, porém, não é? E uma vergonha."
Taraborelli, em sua edição de 2010 da biografia não autorizada de Michael, também escreve que Evan Chandler o ligou depois que sua edição de 2003 foi publicada e disse: "Você me deve. Se algum dia eu te vir de novo, não vai ser bom para você. é melhor você esconder porque eu estou indo atrás de você".
Segundo os documentos judiciais arquivados em 2006, (nos quais constam que Jordan Chandler processou seu pai e obteve uma ordem de restrição permanente contra ele) Evan Chandler bateu em seu filho por trás com um peso de 1 quilo, o que significa que não houve chance de defesa. Em seguida o acertou nos olhos e tentou sufucá-lo. A data do incidente é mais do que interessante. Agosto de 2005.
Michael Jackson foi absolvido de todas as acusações feitas pelos Arvisos em 13 de junho de 2005. Mas a mídia, que foi negativamente criticada por sua antiética, antiprofissional e tendenciosa, cobertura tabloidiana, continuou a mentir sobre o cantor e não deu atenção ao ocorrido.
Evan estaria irado porque Jordan decidiu não depor contra Michael Jackson?
Se Jordan tivesse defendido MJ, Evan poderia ter enfrentado acusações de extorsão. Mas se ele tivesse ido ao tribunal para reiterar as acusações feitas em 1993, poderia ter sido muito ruin para Michael. Mas ele se recusou a testemunhar e disse que se o promotor Sneddon insistisse nisso, encontraia uma forma legal de se livrar.
Se Jordan tivesse decidido depor contra Michael, a defesa possuia testemunhas que contraditariam suas alegaçãos. Colegas de escola e faculdade, a quem Jordan disse diversas vezes que tinha acusado Michael por que seu pai o obrigara. Disse Tom Mesereau, advogado de Michael, em um semonário na universidade de Harvard, onde o caso MJ foi discutido.
Leia o discurso de Mesereau qui:
http://theuntoldside...bre-raca-e.html
Mas Jordan não foi encontardo pelos promotores. Ele fez as malas e saiu dos Estados Unidos antes que Tom Sneddon, promotor responsável pelo caso, conseguisse um meio legal de colocá-lo no banco de testemunhas.
Jordan não quis depor contra o homem a quem acusara de tê-lo molestado. E por que não? Ele não estaria perdendo a chance, e pela segunda vez, de colocar na prisão um criminoso? Ou ele não tinha coragem de repetir mentiras diante de um tribunal?
Jordan não depôs em 1993, o advogado Larry Feldman fez tudo para evitar isso. Lógico que ele não iria cometer o erro de ir menir sobre Michael em 2005, tampouco poderia dizer a verdade e se comprometer ou comprometer o pai. Mas Evan, provavaelmente, pensava que ele podia e devia, ter ido ao tribunal para fazer falsaas acusações contra Michael de novo. Não se pode compreender Evan Chanlder. Controle emocional e racionalidade não parecem ter feito parte do caráter dele. Não supreende que ele tenha se matato com um tiro na cabeça em 2009. Poucos meses depois da morte de Michael Jackson. Intrigante, não?
Mas June Chnadler esteve no tribunal, ela testemunhou, mas nada do que disse prejudicou Michael. Ela não tinha nada a dizer, realmente. Muito pelo contrário. Em determinado momento, ela chegou a afirma que nunca se sentiu desconfortável por Michael Jackson estar perto do filho dela.
Ela também afirmou que a primeira vez que Jordan dormiu no quarto de Michael foi em Neverland, a pedido do menino, que, segundo ela insistiu dizendo: “Tem outras crianças aqui que ficam no quarto dele, por que eu não posso?” Ela deu permissão e nunca houve motivo para não fazê-lo.
Uma das coisas mais chocantes que June reafirmou no julgameto de michael foi que, quando ela disse a Evan que Michael Jackson tinha se tornado um amigo do filho deles, Evan, feliz, disse: "Então Jordan nunca mais terá com o que se preocupar pelo resto da vida."
Michael Jackson tinha genuíno carinho por June, pelo menos no início, mas nunca se sentiu bem perto de Evan Chandler, ele nunca sentiu que o pai de Jordan era sincero. Entre uma briga entre pai e filho, Jordan disse a Evan que Michael sabia que ele, Evan, apenas fingia gostar dele.
Uma das razões para Evan não ser sincero era que apesar de ser um pai ausente, ele sentia ciúme do relacionamento entre Michael e Jordan. O menino se afeiçoou ao cantor e com ele se entendia muito melhor, pois Michael, apesar de ser um astro multimilionário com uma agenda lotada de compromissos, dedicava-lhe muito mais atenção.
Não é difícil entender por que uma criança se relacionava tão bem com Michael Jackson. Ele não era apenas um artista extraordinário, original, e extremamente criativo e cativante, ele tinha o espírito infantil. Gostava de brincar, gostava das mesmas coisas que as crianças gostam, ele as compreendiam e elas o compreendiam muito bem.
Em entrevista a Larry King em 2000, Lisa Presley, então divorciada de Michael respondeu a pergunta de Larry sobre o envolvimento de Michael com crianças: “Ele é uma criança e outras crianças percebem isso.” “Ele realmente tem uma conexão com crianças, com bebês.”
Não são poucas as pessoas que descrevem Michael como uma criança. Como um homem com alma de criança, um coração infantil no corpo de um adulto. Nem todos viam isso de forma positiva e o descrevem não apenas como um menino, mas um menino mimado e difícil. Para alguns a recusa em crescer era um problema psicológico provocado pelos traumas de infância, ou simplesmente por não ter vivido a infância de forma plena, que deveria ser tratado.
Para outros, Michael simplesmente gostava demais da infância e dela não queria sair. Muitos consideravam o lado infantil de Michael, o que ele tinha de mais adorável, como o advogado de Michael, Johnny Cochran.
Seja qual for a opinião sobre o que fez de Michael um homem-criança, o fato é que são muitas as pessoas que tinham essa percepção dele como um menino. O que não significa que ele tivesse a mente de uma criança. Longe disso. Michael Jackson era um homem extremamente inteligente, que comandava cada detalhe de sua carreira com muita competência. O que fazia de Jackson um menino, segundo aqueles que com ele conviveram de perto, era a sua capacidade de ser manter puro, com coração inocente e jovial.
As pessoas que conheciam Michael de perto e o descrevem como um adulto de coração infantil, não são idiotas ou cegos adoradores. São pessoas inteligentes e nada ingênuas. Em entrevista a Larry King, o empresário Donald Trump, amigo de longa data de Michael, afirmou que o cantor frequentava sua casa, onde passava tarde inteiras brincando com os filhos do empresário. Trump considerava ridículas as acusações de pedofilia contra Michael, pois segundo ele, Michael era uma criança, e afirmou ter certeza absoluta de que ele jamais cometera abuso contra qualquer criança.
Quince Jones, que trabalhou com Jackson nos álbuns Off The Wall, Thriller e Bad, dedicou várias páginas de sua autobiografia ao cantor. Dentre outros pontos interessantes, Jones fala da amizade entre Michael e sua filha, Kidada. Na época em que o produtor e Michael começaram a trabalhar juntos, o astro tinha vinte anos de idade, a menina, oito. Segundo conta Quince, Michael e Kidada passava as tardes inteiras brincando e quando era preciso tratar de trabalho o pai a pedia que lhe emprestasse Michael por alguns instantes. Kidada era tão ligada a Michael que chegou a efetuar noventa interurbanos para ele em um único mês. Para Quince, Kidada e Michael se davam tão bem porque tinham a mesma alma pura e infantil.
Intrigante que a imprensa nunca tenha dado muita atenção à amizade entre Michael Jackson e crianças do sexo feminino, embora fossem muitas.
Keith Badgery, que foi motorista de Jackson durante a Dangerous Tour, escreveu o livro “Baby You Can Drive My Car” onde fala da experiência incrível de trabalhar para o cantor, com quem desenvolveu uma sincera a amizade. Em seu livro, Keith fala na amizade entre Michael com crianças, afirmando não ser verdade o que a imprensa dizia que Michael preferia a companhia de crianças, mas sim, que ele preferia a companhia de pessoas que ele conheciau desde que elas eram crianças e, portanto, podia confiar.
Durante uma viagem a Londres, relatada pelo cinegrafista que acompanhou Michael e Uri Geller em suas excursões, Michael esteve o tempo todo na companhia de uma jovem inglesa que se hospedou no mesmo hotel que ele. Dias depois, Macaulay Culkin se juntou ao grupo.
Mas se buscarmos por reportagens daquela época, encontraremos fotos de Michael e Macaulay por toda parte, fazendo compras, se divertindo, mas não veremos a garota. E por que não?
Haveria algum interesse em convencer o público de que Michael era homossexual? Como se isso fosse um ponto negativo? Um argumento na tentativa de convencer o público de que ele era pedófilo? Como se homossexualismo e pedofilia andassem juntos? Homoxesualidade não implica pedofilia, nem vice-versa. de qualquer forma, Michael sempre afirmou que não era gay, e seus amigos reafirmam o que ele disse:
Quince Jones, que trabalhou com Jackson nos álbuns Off The Wall, Thriller e Bad, dedicou várias páginas de sua autobiografia ao cantor. Dentre outros pontos interessantes, Jones fala da amizade entre Michael e sua filha, Kidada. Na época em que o produtor e Michael começaram a trabalhar juntos, o astro tinha vinte anos de idade, a menina, oito. Segundo conta Quince, Michael e Kidada passava as tardes inteiras brincando e quando era preciso tratar de trabalho o pai a pedia que lhe emprestasse Michael por alguns instantes. Kidada era tão ligada a Michael que chegou a efetuar noventa interurbanos para ele em um único mês. Para Quince, Kidada e Michael se davam tão bem porque tinham a mesma alma pura e infantil.
Intrigante que a imprensa nunca tenha dado muita atenção à amizade entre Michael Jackson e crianças do sexo feminino, embora fossem muitas.
Keith Badgery, que foi motorista de Jackson durante a Dangerous Tour, escreveu o livro “Baby You Can Drive My Car” onde fala da experiência incrível de trabalhar para o cantor, com quem desenvolveu uma sincera a amizade. Em seu livro, Keith fala na amizade entre Michael com crianças, afirmando não ser verdade o que a imprensa dizia que Michael preferia a companhia de crianças, mas sim, que ele preferia a companhia de pessoas que ele conheciau desde que elas eram crianças e, portanto, podia confiar.
Durante uma viagem a Londres, relatada pelo cinegrafista que acompanhou Michael e Uri Geller em suas excursões, Michael esteve o tempo todo na companhia de uma jovem inglesa que se hospedou no mesmo hotel que ele. Dias depois, Macaulay Culkin se juntou ao grupo.
Mas se buscarmos por reportagens daquela época, encontraremos fotos de Michael e Macaulay por toda parte, fazendo compras, se divertindo, mas não veremos a garota. E por que não?
Haveria algum interesse em convencer o público de que Michael era homossexual? Como se isso fosse um ponto negativo? Um argumento na tentativa de convencer o público de que ele era pedófilo? Como se homossexualismo e pedofilia andassem juntos? Homoxesualidade não implica pedofilia, nem vice-versa. de qualquer forma, Michael sempre afirmou que não era gay, e seus amigos reafirmam o que ele disse:
O fato é que Michael Jackson gostava de crianças, meninos ou meninas. Mas sua amizade com meninas não ganhava capas de revistas
A mesma manipulação dos fatos pode ser constatada quando a mídia mostra Michael na companhia de crianças, sem a presença dos pais, embora eles estivessem por perto. Como quando ele viajou na companhia dos Cascios para Europa. Michael foi fotografado com os garotos, mas o pai, Dominic, não aparece nas fotografias, embora estivesse lá com eles.
2º parte:
O Plano
Voltemos a nossa pergunta: se jamais presenciou um gesto malicioso, lascivo, da parte de Jackson, por que Evan Chandler passou a acreditar que Michael molestava Jordan?
Importante ressaltar que Jordan jamais fizera uma queixa contra Michael até ficar sob o domínio do pai e afastado do restante de sua família. Quando questionado sobre se Michael o havia tocado, ou se já tinham se visto nus, Jordan negou reiteradas vezes, e mostrou-se aborrecido com as perguntas.
é compreensível que crianças muito pequenas se calem em relação a este tipo de violência. é natural que elas não saibam como agir. Mais complexa é a situação quando o agressor é um membro da família, quando é o próprio pai, pois a criança se sente desamparada. Mas Jordan não era uma criancinha. Era um adolescente de 13 anos, inteligente, esperto, capaz de escrever um roteiro de cinema, recheado de piadinhas sexuais. E Michael não era um membro de sua família. Então, por que o garoto suportaria qualquer abuso calado?
Depois da semana em que Michel se hospedou na casa de Evan, a convite do próprio, Evan Chandler começou a falar mais abertamente de suas “suspeitas”, embora ele sempre tenha afirmado que NADA inapropriado aconteceu durante aquela estadia.
Aos poucos, Evan foi tomando medidas no intuito de fastar Jordan de Michael e de June. Entre elas, exigiu que a ex-mulher assinasse um documento onde se comprometia a não tirar Jordan de Los Angeles. Ora, Neverland fica em Los Olivos, Santa Maria, município de Santa Brabara, assim sendo, Jordan não poderia ir nem sequer a Neverland, sem autorização de Evan.
Depois de conseguir que Jordan passasse um fim de semana com ele, como visita, Evan se recusou a levar o menino de volta para June e por isso ela o processou. Os dois entraram em uma batalha judicial ferrenha pela custódia, mas Evan nunca disse ao juiz daquela causa que havia suspeita de abuso sexual. Por que não? Não seria a coisa mais sensata para um pai fazer? Bem, Evan não disse nada e perdeu a causa e a ordem judicial foi que devolvesse a criança à mãe. Mas ele já tinha um plano traçado.
Instruído pelo advogado Barry Rothman, Evan levou Jordan ao psiquiatra, Mathis Abrams, que acabou denunciando Michael Jackson após ouvir a estória muito duvidosa de Jordan. Ressalte-se que Abrams não é um especialista em abuso sexual infantil e nem mesmo é um pediatra. Ele também nunca teve a chace de examinar Michael Jackson nem voltou a ver Jordan Chandeler. O médico foi apenas uma peça no taboleiro. Ele tinha o dever de denunciar qualquer suspeita por mais absurda que fosse e assim o fez.
Antes de levar Jordan ao psiquiatra, porém, Evan já tinha conseguido um “laudo” méidico de Abrams. Rothman ligou para o psiquiatra e por telefone contou-lhe uma estória fictícia na base do “O que seria se isso estivesse acontecendo?” Com o laudo em mãos, Evan talvez devesse ter ido à polícia, não? Mas não foi isso que ele fez. Ele procurou Michael e exigiu dinheiro. Evan nunca quis colocar Michael na prisão. Tudo que ele queria, desde o início, eram os vinte milhões de dólares.
Quando os Chandlers resolveram acusar Michael, alegaram que as relações sexuais ocorreram em Mônaco, durante a viagem para participar do WMA. Jordan estava na companhia de sua mãe, como sempre esteve. E por que razão o menino se calaria sobre um fato tão sério quanto este? Por que ele negaria quando questionado pelo investigador particular Antony Pellicano se Michael o tinha tocado?
Se Jordan jamais disse uma palavra contra Jackson e se os adultos que faziam parte da vida do garoto nunca viram nada de errado, o que levou às acusações de abuso sexual?
Junte ao ciúme de Evan, seu temperamento instável, sua ambição e desejo por se tornar uma roteirista de cinema, e encontrará a resposta para a pergunta.
Em 1991 Jordan teve uma ideia: fazer uma paródia sobre Robin Hood, e disse isso ao pai. Os dois entraram em contato com o Rei da Paródia, Mel Brooks, que aceitou produzir o roteiro escrito por pai e filho.
O Los Angeles Times publicou em 13 de junho de 1993:
“Vocês todos já ouviram falar sobre médicos roteiristas. Bem, aqui vai uma novidade: dentista roteirista. Um dentista de Beverly Hills, Evan Chandler, o homem que foi contratado para cuidar dos dentes de Sherry Lansing, Christian Slater, Valéria Golino, entre outros, encontrou um novo paciente na cadeira, numa manhã, interessado em ouvir algumas idéias de seu filme. O paciente foi o roteirista J. David Shapiro, a idéia veio realmente de seu filho, então com 11 anos de idade Jordie Chandler. O filho de Evan Chandler se virou para o pai e disse: “Sabe o que seria uma grande idéia? Uma paródia de Robin Hood. O Rei das Paródias Mel Brooks, gostou do roteiro que a dupla lhe enviou, e decidiu torná-lo seu próximo filme. Ele foi estrelado por Costner, no papel do herói atirador de flechas, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Brooks e Chandler tinham um amigo em comum, Saphiro. O filme recebeu o título de ‘Robin Hood, Men in Tights’”.
Brooks apoiou o menino sobre a questão dos créditos, pois ele, o pai e Saphiro discutiam a esse respeito. Brooks pensava que Jordan e o pai deveriam receber o crédito pela história; ele e Saphiro, pelo roteiro (A questão era se incluíam ou não Jordie, nos créditos ao final do filme).
"Mesmo o garoto estando 12 ou 14 anos atrasado, ainda era uma boa idéia”, disse o autor de paródias como Blazing Saddles e Young Frankstein.
Evan e Jordan Chandler foram capazes de escrever um roteiro de Hollywood. Uma história fictícia que se tornou um filme. A ideia era de Jordan, e ele participou da redação do roteiro. Quem já viu "Robin Hood: Men in Tights" sabe que ele está cheio de piadas e insinuações sexuais. June Chandler teve uma discussão com Evan Chandler, porque ele não quis dar a seu filho parte do dinheiro ganho pelo script. Ela disse que ele lhe devia US$ 5.000.00.
Embora Jordan tenha co-escrito o roteiro, ele não recebeu créditos por isso, nem parte do dinheiro. O que levou sua mãe a cobra de Evan. Segundo ela o ex-marido estava passando o próprio filho para trás.
A amizade com Michael poderia ser a grande alavanca para o mundo do cinema. E Evan contava com isso.
David Noradahl, um pintor que trabalhou no esboço do logotipo para a empresa de produções cinematográficas que Michael estava criando, revelou em uma entrevista concedida, em 2010, a Deborah L. Kunesh, algo interessante:
"Eu estava trabalhando em esboços para a sua empresa de produção cinematográfica, chamada de" Lost Boys Productions ".... A Sony tinha dado a ele (Michael) $ 40 milhões para iniciar esta empresa de produção e o pai do menino (Evan Chandler), considerou mostrar algum material par de um roteiro... ele se imaginava um roteirista de Hollywood e por se considerar um amigo de Michael Jackson, assim como seu filho, esse cara acreditava que Michael iria colocá-lo em sua empresa de produções, que iria torná-lo um sócio nesta empresa de produções cinematográficas e é aí que a idéia dos 20 milhões dólares veio. Ele queria ½ do dinheiro da Sony. Foi comprovado. Foi uma extorsão. Michael ouviu seus assessores e todos eles lhe disseram para calar a boca e ir para a Coréia, vá em frente com sua turnê, você está no meio de uma turnê. Nós vamos cuidar disso...”.
(nota da escritora: você pode ouvir essa entrevista no Reflections On The Dance)
http://www.reflectio...vidnordahl.html
Também foi mencionado no Los Angeles Times de 28 de agosto de 1993:
“Fontes da indústria cinematográfica disseram que o pai do menino pediu US$ 20 milhões para a produção de filmes, do dinheiro que foi ofertado a Michael Jackson pela Sony em contrato de financiamento. Embora o pai do menino não tenha se pronunciado publicamente sobre esta acusação ou qualquer outro aspecto do caso, ele tem dito a amigos que a acusação de extorsão não é verdadeira.”
O pedido de Evan para a parceria no cinema não era um segredo nos círculos da indústria cinematográfica. Segundo seu irmão, Ray Charmatz, ele discutiu sobre o assunto com sua esposa, Natalie. Nessa conversa Evan Chandler diz que seu filho, Jordan, pediu a Michael que lhe desse um emprego em sua produtora cinematográfica.
Mas Michael não tinha intenção de tornar Evan Chandler seu sócio, ele sequer confiava naquele homem. Evan, pelo que demonstra sua conversa telefônica com Dave Schwartz, gravada por esse último, deixou claro a Michael o que esperava daquela amizade e quando teve certeza de que Michael não o daria, partiu para o ataque.
Michael se afastou de Evan, assim como June e Jordan, também. Nenhum deles queria falar com ele e estavam todos unidos contra ele.
Na referia conversa telefônica entre Evan Chandler e Dave Schwartz, Evan deixou claro que tentara diversas vezes falar com a ex-mulher e com Michael, mas eles o evitavam. Ele afirma ter marcado encontros aos quais eles não compareceram e que June havia sido rude com ele. Ele reclama da indiferença de Michael e diz querer a atenção do cantor. Dave Schwartz gravou a conversa e no dia 9 de julho de 1993. Em seguida, ele e a esposa, June, mostraram a fita a Michael.
De fato, June e Dave há algum tempo estavam tentando alertar Michael de que Evan estava tramando algo, mas ele disse estar acostumado com aquilo, que era algo que sempre acontecia a celebridades e que as pessoas estavam sempre tentando tirar dinheiro dele. Michael não pensava que Evan tramaria algo tão diabólico contra ele, mas ao escutar a fita, ele mudou de opinião.
àquela altura, Michael já tinha pedido ao seu advogado Bert Fields que tomasse algumas providências para protegê-lo de Evan. Bert Fields contratou o investigador particular Antony Pellicano. Antony estava com Michael quando escutaram a gravação.
“Depois de ouvir a fita durante dez minutos, eu sabia que era um caso de extorsão”. Diz Pellicano.
Segue-se a transcrição daquela conversa:
Chandler: Deixe-me colocar as coisas desta maneira, eu tenho certas palavras que irei usar, eu fui instruído a fazer dessa forma.
Schwartz: Sim
Chandler: Ok? Porque eu não quero dizer nada que possa ser usado contra mim.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então eu sei exatamente o que eu posso dizer. é por isso que eu estou falando.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu tenho algumas coisas em papel para mostrar a algumas pessoas.
Schwartz: Sim.
Chandler: E é isso. Minha parte inteira vai levar dois ou três minutos,
e eu vou me virar e... (irregularidades na fita) E é isso. Não será nada mais que eu possa dizer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu darei uma volta e eles terão uma decisão a tomar.
Schwartz: Sim.
Chandler: E com base nessa decisão, eu vou decidir se vamos ou não vamos falar novamente ou se isso irá adiante.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu tenho que fazer um telefonema. Assim que eu sair, vou ao telefone.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu farei uma chamada telefônica.
Schwartz: Sim.
Chandler: E direi "vá em frente" ou direi “não vá em frente, ainda”, é assim.
Schwartz: Sim.
Chandler: Assim que será. Eu fui orientado sobre o que fazer e eu tenho que fazer. Eu não sou... Acontece que eu sei o que está acontecendo, entende? Eles não querem falar nada comigo. Vocês têm se recusado a falar comigo. Mas agora terão que me ouvir. Esta é a minha posição. Pense sobre isso. Eu não estou dizendo nada de ruim sobre Michael, ok? Eu tenho tudo isso no papel.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu vou entregar o papel e inadvertidamente eu não (irregularidade na fita), eu entregarei o papel a Michel e direi “Michael, aqui está seu papel”. “June, aqui está o seu papel”.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Compare os papeis. Leia tudo que está aí. Isso é o que eu sinto sobre isso. Vocês querem conversar mais? Vamos conversar novamente.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Se vocês não"... (inaudível), mas, veja tudo o que eu estou tentando fazer agora, eles me forçaram a ir... (inaudível) no papel e entregar a eles para que leiam.
Schwartz: Sim.
Chandler: Porque... (inaudível). Quero dizer, não é lamentável? Ora, por que eles querem cortar-me, para ir tão longe, gastar tanto dinheiro, gastar tanto tempo em minha vida chorando, ficando fora de meu trabalho, não pagando... (irregularidades na gravação) ninguém mais? Por que eles querem me deixar assim?
*******************************************
Chandler: Bem, eu tenho que contar os dias, porque eu não quero que isso dure para sempre. Mas, eles estão indo para Turnê no dia 15 de agosto. Eles vão embora. Eles ficarão fora do país.
Schwartz: Sim.
Chandler: Por quatro meses.
Schwartz: Isso é ruim?
Chandler: Bem, eu não poderei me comunicar com eles sobre isso quando eles tiverem partido, poderei?
Schwartz: Eu quero dizer, mas você pensa que...
Chandler: Mas, na verdade, eles não irão.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eles não sabem ainda, mas eles não vão.
Chandler: Será mais uma tentativa, e essa é a única razão, porque este advogado que eu encontrei, eu quero dizer, eu entrevistei muitos e peguei o mais sórdido filho da puta que eu pude encontrar.
Schwartz: Sim.
Chandler: E tudo que ele mais quer e tornar isso público, o mais rápido que puder, com o maior impacto que puder.
Schwartz: Sim.
Chandler: E humilhar tantas pessoas quanto puder, e ele é mau... (inaudível).
Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: (falam simultaneamente, incompreensível) que ele está me custando muito dinheiro.
Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: Eu acho isso ótimo. Eu acho isso terrível. O melhor. Porque quando alguém, quando alguém lhe diz “eu não quero falar com você...”
Schwartz: Sim
Chandler: é verdade. Quero dizer, será um massacre se eu não conseguir o que eu quero, mas eu acredito que essa pessoa conseguirá o que ele quer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então, ele não adoraria... (inaudível) nada melhor que isso vá adiante. Ele é sórdido, ele é mau... (conversa simultânea) nada melhor que...(Incompreensível)
Schwartz: Sim.
Chandler: Ele é muito inteligente... (irregularidade) e ele está com fome de publicidade... (irregularidade) melhor para ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então é assim que será.
Schwartz: Você não acha que todo mundo perderá?
Chandler: (simultânea, inaudível) humilhá-lo totalmente, em todos os sentidos.
Schwartz: Isto. Todo mundo não sairá perdendo com isso?
Chandler: Isso não é o problema. Veja, a questão é que se eu tiver que ir tão longe...
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não posso parar e pensar "Quem ganha e quem perde?"
Schwartz: Sim.
Chandler: Tudo o que posso pensar é: “Eu só tenho um objetivo, e o objetivo é chamar a atenção deles.”
Schwartz: Sim.
Chandler: Então isto (inaudível) preocupações são... (inaudível) e enquanto eles continuam não querendo falar comigo, eu não posso dizer a eles quais são as minhas preocupações, então, tenho que ir passo a passo, cada hora de escalada do mecanismo de chamar a atenção, e isso é tudo que me interessa, uma forma de chamar a atenção. Infelizmente, depois disso, é totalmente fora de (irregularidades). Vai sair do nosso controle, isso será realmente enorme, vai seguir por si mesmo e estará completamente fora de controle. Vai ser extremamente enorme, e eu não vou ter alguma maneira de pará-lo. Ninguém mais poderá nesse momento. Quer dizer, uma vez que eu faça aquele telefonema, esse cara vai destruir todos que estiverem no caminho, de forma mais suja, desonesta, cruel, que ele possa. Eu dei a ele carta branca para fazer isso. Isto será depois de manhã, quer dizer, eu tenho feito tudo o possível, de minha parte, para dizer a eles para sentarem e conversarem comigo; e se eles continuarem... (inaudível) eu escalarei aquele mecanismo de chamar a atenção. Ele é o próximo, eu não posso ir a alguém legal... (inaudível). Isso não funciona com eles. Eu já descobri isso. Eu tentei falar com eles e eles me disseram “Vá se foder”.
Schwartz: Sim.
Chandler: Basicamente, o que eles precisam saber, verdadeiramente, é que a vida deles acabou. Se eles não se sentarem. De uma forma ou de outra isso será o próximo passo ou (inaudível) Eu não irei parar até conseguir a atenção deles. Eu não vou parar até eu chamar a atenção deles.
Chandler: As outras vezes que eu tentei falar com eles que precisávamos conversar tudo o que eu consegui foi: "Vá se foder. Nós não estamos falando com você”. Então, agora, eu tinha que deixá-los saber e fazer com que eles soubessem com certeza, que eles têm (inaudível) eles vão se machucar. Então (inaudível) Eu tenho que fazer (inaudível). Se eles não se sentarem e conversarem comigo, eles vão se machucar. Eles não podem continuar dizendo para eu ir me foder. Eles precisam conversar. Eu quero conversar com eles. Não quero machucar ninguém. Eles estão me forçando a fazer isso. Eles estão me forçando a fazer isso por se recusar a sentar e falar comigo. Isso é tudo que eu peço. “Vocês se sentam e falam comigo (irregularidades na fita) lado da estória. Eu escutarei vocês, daí, todos sentamos e conversamos sobre como isso pode ser resolvido”.
Schwartz: Sim. Então é isso...
Chandler: Isso é tudo que eu pedi.
Schwartz: Mas quando você diz “vencedor”, o que você quer dizer com “vencer”?
Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero e eles serão totalmente... eles serão destruídos para sempre. Eles serão destruídos. June perderá Jordie. Ela nunca mais terá o direito de vê-lo.
Schwartz: Sim. Será que isso ajuda...
Chandler: A carreira de Michael acabará.
Schwartz: Isso ajuda o Jordie?
Chandler: A carreira de Michael chegará ao fim.
Schwartz: E isso ajuda o Jordie?
Chandler: Isso é irrelevante para mim. Isso é bobagem. Não. Michael tem que estar lá. Ele é o principal. Ele é o único que eu quero. Deixe-me colocar-lhe dessa forma, Dave. Ninguém nesse mundo foi autorizado a vir para esta família e se colocar entre June, Jordie e eu. Se eu passar por isso, eu ganho um grande momento. Não há maneira de eu perder. Eu chequei todos os lados, de dentro para fora.
Schwartz: Mas quando você diz "vencedor", o que você quer dizer com “vencer”?
Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero.
*****************************
Chandler: Você sabe, você tem que me perdoar por uma coisa, mas fui orientado por meu... (advogado?). Se eu disser algo a alguém...
Schwartz: Sim. Tudo bem.
Chandler: não me incomodar em chamá-lo de novo. Ele disse que este caso está apenas aberto (irregularidade na fita) “Se você abrir sua boca e soltar isso, não me procure mais”.
Schwartz: Tudo bem. Eu respeito isso. Tudo bem.
Chandler: Não que eu não confie em você ou nada.
*************************************
Schwartz: Mas por que não? Por que não poderíamos ir conversar sobre isso...
Chandler: Porque a coisa já... A coisa já foi posta em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Irá acontecer amanhã entre 08h30min e 08h36min.
Schwartz: Sim.
Chandler: Está fora das minhas mãos. Não faço mais nada.
Schwartz: Sim.
Chandler: Após 08h36min de amanhã. Tudo foi definido, automaticamente posto em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não voltarei a entrar em contato...
Schwartz: Sim.
Chandler: ...com essa pessoa. Essa coisa é...
Schwartz: Deixe-me perguntar isso, então...
Chandler: (simultânea, incompreensível) 08h36min, a menos que eu ligue...
Schwartz: Sim
Chandler: ...e diga-lhe que não faça isso.
Schwartz: Então por que você não liga e diz isso?
Chandler: Porque eu não vou.
Schwartz: Por quê? Por que você não vai comigo? Quero dizer, nós confiamos um no outro. Nós respeitamos um ao outro. Por que você não pode ir comigo e nós decidimos juntos.
Chandler: Porque eu não quero falar com você sobre isso.
Schwartz: Por quê?
Chandler: Eu quero falar com June, Jordie e Michael. (simultânea, inaudível) Michael Jackson – A carreira de Michael Jackson acabou, Dave. Este homem vai ser inacreditavelmente humilhado. Você não acreditará. Ele não vai acreditar no que está preste a acontecer com ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Será pior que o pior pesadelo dele. (inaudível)... Não vender mais nenhum disco.
Schwartz: sim.
Chandler: Com certeza. E eu, eu quero dizer... eu estou (inaudível) isso apenas tem que acontecer em ordem para conseguir...para continuar (inaudível) e isso não terá de acontecer, se eles aparecerem amanhã.
Schwartz: Sim.
Chandler: Mas se eles não aparecerem, e eu quero deixar isso bem claro, eu tenho tentado tornar isso bem claro, esta é a última chance de conversar. “Se vocês conversarem, nós temos uma chance, se nós não conversarmos, está acabado. Está fora de minhas mãos. Eu quero dizer, o que mais eu posso fazer? Então por que você não me apóia agora e vamos nos livrar de Michael Jackson? Há outras pessoas envolvidas, estão esperando meu telefonema, que será dado em certo momento.
Schwartz: Sim.
Chandler: - [irregularidade fita]. Eu pagou a elas para fazer isso. Eles estão fazendo seu trabalho. Eu apenas tenho que ir em frente com isso, no tempo certo.
Schwartz: Hmm Hum.
Chandler: Refiro-me ao tempo previsto. Tudo está acontecendo de acordo com um determinado plano, que não é só meu. Há outras pessoas envolvidas.
Continua....
Fonte:
http://theuntoldside...ndler-1993.html
A mesma manipulação dos fatos pode ser constatada quando a mídia mostra Michael na companhia de crianças, sem a presença dos pais, embora eles estivessem por perto. Como quando ele viajou na companhia dos Cascios para Europa. Michael foi fotografado com os garotos, mas o pai, Dominic, não aparece nas fotografias, embora estivesse lá com eles.
2º parte:
O Plano
Voltemos a nossa pergunta: se jamais presenciou um gesto malicioso, lascivo, da parte de Jackson, por que Evan Chandler passou a acreditar que Michael molestava Jordan?
Importante ressaltar que Jordan jamais fizera uma queixa contra Michael até ficar sob o domínio do pai e afastado do restante de sua família. Quando questionado sobre se Michael o havia tocado, ou se já tinham se visto nus, Jordan negou reiteradas vezes, e mostrou-se aborrecido com as perguntas.
é compreensível que crianças muito pequenas se calem em relação a este tipo de violência. é natural que elas não saibam como agir. Mais complexa é a situação quando o agressor é um membro da família, quando é o próprio pai, pois a criança se sente desamparada. Mas Jordan não era uma criancinha. Era um adolescente de 13 anos, inteligente, esperto, capaz de escrever um roteiro de cinema, recheado de piadinhas sexuais. E Michael não era um membro de sua família. Então, por que o garoto suportaria qualquer abuso calado?
Depois da semana em que Michel se hospedou na casa de Evan, a convite do próprio, Evan Chandler começou a falar mais abertamente de suas “suspeitas”, embora ele sempre tenha afirmado que NADA inapropriado aconteceu durante aquela estadia.
Aos poucos, Evan foi tomando medidas no intuito de fastar Jordan de Michael e de June. Entre elas, exigiu que a ex-mulher assinasse um documento onde se comprometia a não tirar Jordan de Los Angeles. Ora, Neverland fica em Los Olivos, Santa Maria, município de Santa Brabara, assim sendo, Jordan não poderia ir nem sequer a Neverland, sem autorização de Evan.
Depois de conseguir que Jordan passasse um fim de semana com ele, como visita, Evan se recusou a levar o menino de volta para June e por isso ela o processou. Os dois entraram em uma batalha judicial ferrenha pela custódia, mas Evan nunca disse ao juiz daquela causa que havia suspeita de abuso sexual. Por que não? Não seria a coisa mais sensata para um pai fazer? Bem, Evan não disse nada e perdeu a causa e a ordem judicial foi que devolvesse a criança à mãe. Mas ele já tinha um plano traçado.
Instruído pelo advogado Barry Rothman, Evan levou Jordan ao psiquiatra, Mathis Abrams, que acabou denunciando Michael Jackson após ouvir a estória muito duvidosa de Jordan. Ressalte-se que Abrams não é um especialista em abuso sexual infantil e nem mesmo é um pediatra. Ele também nunca teve a chace de examinar Michael Jackson nem voltou a ver Jordan Chandeler. O médico foi apenas uma peça no taboleiro. Ele tinha o dever de denunciar qualquer suspeita por mais absurda que fosse e assim o fez.
Antes de levar Jordan ao psiquiatra, porém, Evan já tinha conseguido um “laudo” méidico de Abrams. Rothman ligou para o psiquiatra e por telefone contou-lhe uma estória fictícia na base do “O que seria se isso estivesse acontecendo?” Com o laudo em mãos, Evan talvez devesse ter ido à polícia, não? Mas não foi isso que ele fez. Ele procurou Michael e exigiu dinheiro. Evan nunca quis colocar Michael na prisão. Tudo que ele queria, desde o início, eram os vinte milhões de dólares.
Quando os Chandlers resolveram acusar Michael, alegaram que as relações sexuais ocorreram em Mônaco, durante a viagem para participar do WMA. Jordan estava na companhia de sua mãe, como sempre esteve. E por que razão o menino se calaria sobre um fato tão sério quanto este? Por que ele negaria quando questionado pelo investigador particular Antony Pellicano se Michael o tinha tocado?
Se Jordan jamais disse uma palavra contra Jackson e se os adultos que faziam parte da vida do garoto nunca viram nada de errado, o que levou às acusações de abuso sexual?
Junte ao ciúme de Evan, seu temperamento instável, sua ambição e desejo por se tornar uma roteirista de cinema, e encontrará a resposta para a pergunta.
Em 1991 Jordan teve uma ideia: fazer uma paródia sobre Robin Hood, e disse isso ao pai. Os dois entraram em contato com o Rei da Paródia, Mel Brooks, que aceitou produzir o roteiro escrito por pai e filho.
O Los Angeles Times publicou em 13 de junho de 1993:
“Vocês todos já ouviram falar sobre médicos roteiristas. Bem, aqui vai uma novidade: dentista roteirista. Um dentista de Beverly Hills, Evan Chandler, o homem que foi contratado para cuidar dos dentes de Sherry Lansing, Christian Slater, Valéria Golino, entre outros, encontrou um novo paciente na cadeira, numa manhã, interessado em ouvir algumas idéias de seu filme. O paciente foi o roteirista J. David Shapiro, a idéia veio realmente de seu filho, então com 11 anos de idade Jordie Chandler. O filho de Evan Chandler se virou para o pai e disse: “Sabe o que seria uma grande idéia? Uma paródia de Robin Hood. O Rei das Paródias Mel Brooks, gostou do roteiro que a dupla lhe enviou, e decidiu torná-lo seu próximo filme. Ele foi estrelado por Costner, no papel do herói atirador de flechas, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Brooks e Chandler tinham um amigo em comum, Saphiro. O filme recebeu o título de ‘Robin Hood, Men in Tights’”.
Brooks apoiou o menino sobre a questão dos créditos, pois ele, o pai e Saphiro discutiam a esse respeito. Brooks pensava que Jordan e o pai deveriam receber o crédito pela história; ele e Saphiro, pelo roteiro (A questão era se incluíam ou não Jordie, nos créditos ao final do filme).
"Mesmo o garoto estando 12 ou 14 anos atrasado, ainda era uma boa idéia”, disse o autor de paródias como Blazing Saddles e Young Frankstein.
Evan e Jordan Chandler foram capazes de escrever um roteiro de Hollywood. Uma história fictícia que se tornou um filme. A ideia era de Jordan, e ele participou da redação do roteiro. Quem já viu "Robin Hood: Men in Tights" sabe que ele está cheio de piadas e insinuações sexuais. June Chandler teve uma discussão com Evan Chandler, porque ele não quis dar a seu filho parte do dinheiro ganho pelo script. Ela disse que ele lhe devia US$ 5.000.00.
Embora Jordan tenha co-escrito o roteiro, ele não recebeu créditos por isso, nem parte do dinheiro. O que levou sua mãe a cobra de Evan. Segundo ela o ex-marido estava passando o próprio filho para trás.
A amizade com Michael poderia ser a grande alavanca para o mundo do cinema. E Evan contava com isso.
David Noradahl, um pintor que trabalhou no esboço do logotipo para a empresa de produções cinematográficas que Michael estava criando, revelou em uma entrevista concedida, em 2010, a Deborah L. Kunesh, algo interessante:
"Eu estava trabalhando em esboços para a sua empresa de produção cinematográfica, chamada de" Lost Boys Productions ".... A Sony tinha dado a ele (Michael) $ 40 milhões para iniciar esta empresa de produção e o pai do menino (Evan Chandler), considerou mostrar algum material par de um roteiro... ele se imaginava um roteirista de Hollywood e por se considerar um amigo de Michael Jackson, assim como seu filho, esse cara acreditava que Michael iria colocá-lo em sua empresa de produções, que iria torná-lo um sócio nesta empresa de produções cinematográficas e é aí que a idéia dos 20 milhões dólares veio. Ele queria ½ do dinheiro da Sony. Foi comprovado. Foi uma extorsão. Michael ouviu seus assessores e todos eles lhe disseram para calar a boca e ir para a Coréia, vá em frente com sua turnê, você está no meio de uma turnê. Nós vamos cuidar disso...”.
(nota da escritora: você pode ouvir essa entrevista no Reflections On The Dance)
http://www.reflectio...vidnordahl.html
Também foi mencionado no Los Angeles Times de 28 de agosto de 1993:
“Fontes da indústria cinematográfica disseram que o pai do menino pediu US$ 20 milhões para a produção de filmes, do dinheiro que foi ofertado a Michael Jackson pela Sony em contrato de financiamento. Embora o pai do menino não tenha se pronunciado publicamente sobre esta acusação ou qualquer outro aspecto do caso, ele tem dito a amigos que a acusação de extorsão não é verdadeira.”
O pedido de Evan para a parceria no cinema não era um segredo nos círculos da indústria cinematográfica. Segundo seu irmão, Ray Charmatz, ele discutiu sobre o assunto com sua esposa, Natalie. Nessa conversa Evan Chandler diz que seu filho, Jordan, pediu a Michael que lhe desse um emprego em sua produtora cinematográfica.
Mas Michael não tinha intenção de tornar Evan Chandler seu sócio, ele sequer confiava naquele homem. Evan, pelo que demonstra sua conversa telefônica com Dave Schwartz, gravada por esse último, deixou claro a Michael o que esperava daquela amizade e quando teve certeza de que Michael não o daria, partiu para o ataque.
Michael se afastou de Evan, assim como June e Jordan, também. Nenhum deles queria falar com ele e estavam todos unidos contra ele.
Na referia conversa telefônica entre Evan Chandler e Dave Schwartz, Evan deixou claro que tentara diversas vezes falar com a ex-mulher e com Michael, mas eles o evitavam. Ele afirma ter marcado encontros aos quais eles não compareceram e que June havia sido rude com ele. Ele reclama da indiferença de Michael e diz querer a atenção do cantor. Dave Schwartz gravou a conversa e no dia 9 de julho de 1993. Em seguida, ele e a esposa, June, mostraram a fita a Michael.
De fato, June e Dave há algum tempo estavam tentando alertar Michael de que Evan estava tramando algo, mas ele disse estar acostumado com aquilo, que era algo que sempre acontecia a celebridades e que as pessoas estavam sempre tentando tirar dinheiro dele. Michael não pensava que Evan tramaria algo tão diabólico contra ele, mas ao escutar a fita, ele mudou de opinião.
àquela altura, Michael já tinha pedido ao seu advogado Bert Fields que tomasse algumas providências para protegê-lo de Evan. Bert Fields contratou o investigador particular Antony Pellicano. Antony estava com Michael quando escutaram a gravação.
“Depois de ouvir a fita durante dez minutos, eu sabia que era um caso de extorsão”. Diz Pellicano.
Segue-se a transcrição daquela conversa:
Chandler: Deixe-me colocar as coisas desta maneira, eu tenho certas palavras que irei usar, eu fui instruído a fazer dessa forma.
Schwartz: Sim
Chandler: Ok? Porque eu não quero dizer nada que possa ser usado contra mim.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então eu sei exatamente o que eu posso dizer. é por isso que eu estou falando.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu tenho algumas coisas em papel para mostrar a algumas pessoas.
Schwartz: Sim.
Chandler: E é isso. Minha parte inteira vai levar dois ou três minutos,
e eu vou me virar e... (irregularidades na fita) E é isso. Não será nada mais que eu possa dizer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu darei uma volta e eles terão uma decisão a tomar.
Schwartz: Sim.
Chandler: E com base nessa decisão, eu vou decidir se vamos ou não vamos falar novamente ou se isso irá adiante.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu tenho que fazer um telefonema. Assim que eu sair, vou ao telefone.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu farei uma chamada telefônica.
Schwartz: Sim.
Chandler: E direi "vá em frente" ou direi “não vá em frente, ainda”, é assim.
Schwartz: Sim.
Chandler: Assim que será. Eu fui orientado sobre o que fazer e eu tenho que fazer. Eu não sou... Acontece que eu sei o que está acontecendo, entende? Eles não querem falar nada comigo. Vocês têm se recusado a falar comigo. Mas agora terão que me ouvir. Esta é a minha posição. Pense sobre isso. Eu não estou dizendo nada de ruim sobre Michael, ok? Eu tenho tudo isso no papel.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu vou entregar o papel e inadvertidamente eu não (irregularidade na fita), eu entregarei o papel a Michel e direi “Michael, aqui está seu papel”. “June, aqui está o seu papel”.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Compare os papeis. Leia tudo que está aí. Isso é o que eu sinto sobre isso. Vocês querem conversar mais? Vamos conversar novamente.
Schwartz: Sim.
Chandler: "Se vocês não"... (inaudível), mas, veja tudo o que eu estou tentando fazer agora, eles me forçaram a ir... (inaudível) no papel e entregar a eles para que leiam.
Schwartz: Sim.
Chandler: Porque... (inaudível). Quero dizer, não é lamentável? Ora, por que eles querem cortar-me, para ir tão longe, gastar tanto dinheiro, gastar tanto tempo em minha vida chorando, ficando fora de meu trabalho, não pagando... (irregularidades na gravação) ninguém mais? Por que eles querem me deixar assim?
*******************************************
Chandler: Bem, eu tenho que contar os dias, porque eu não quero que isso dure para sempre. Mas, eles estão indo para Turnê no dia 15 de agosto. Eles vão embora. Eles ficarão fora do país.
Schwartz: Sim.
Chandler: Por quatro meses.
Schwartz: Isso é ruim?
Chandler: Bem, eu não poderei me comunicar com eles sobre isso quando eles tiverem partido, poderei?
Schwartz: Eu quero dizer, mas você pensa que...
Chandler: Mas, na verdade, eles não irão.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eles não sabem ainda, mas eles não vão.
Chandler: Será mais uma tentativa, e essa é a única razão, porque este advogado que eu encontrei, eu quero dizer, eu entrevistei muitos e peguei o mais sórdido filho da puta que eu pude encontrar.
Schwartz: Sim.
Chandler: E tudo que ele mais quer e tornar isso público, o mais rápido que puder, com o maior impacto que puder.
Schwartz: Sim.
Chandler: E humilhar tantas pessoas quanto puder, e ele é mau... (inaudível).
Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: (falam simultaneamente, incompreensível) que ele está me custando muito dinheiro.
Schwartz: Você acha que isso é bom?
Chandler: Eu acho isso ótimo. Eu acho isso terrível. O melhor. Porque quando alguém, quando alguém lhe diz “eu não quero falar com você...”
Schwartz: Sim
Chandler: é verdade. Quero dizer, será um massacre se eu não conseguir o que eu quero, mas eu acredito que essa pessoa conseguirá o que ele quer.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então, ele não adoraria... (inaudível) nada melhor que isso vá adiante. Ele é sórdido, ele é mau... (conversa simultânea) nada melhor que...(Incompreensível)
Schwartz: Sim.
Chandler: Ele é muito inteligente... (irregularidade) e ele está com fome de publicidade... (irregularidade) melhor para ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Então é assim que será.
Schwartz: Você não acha que todo mundo perderá?
Chandler: (simultânea, inaudível) humilhá-lo totalmente, em todos os sentidos.
Schwartz: Isto. Todo mundo não sairá perdendo com isso?
Chandler: Isso não é o problema. Veja, a questão é que se eu tiver que ir tão longe...
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não posso parar e pensar "Quem ganha e quem perde?"
Schwartz: Sim.
Chandler: Tudo o que posso pensar é: “Eu só tenho um objetivo, e o objetivo é chamar a atenção deles.”
Schwartz: Sim.
Chandler: Então isto (inaudível) preocupações são... (inaudível) e enquanto eles continuam não querendo falar comigo, eu não posso dizer a eles quais são as minhas preocupações, então, tenho que ir passo a passo, cada hora de escalada do mecanismo de chamar a atenção, e isso é tudo que me interessa, uma forma de chamar a atenção. Infelizmente, depois disso, é totalmente fora de (irregularidades). Vai sair do nosso controle, isso será realmente enorme, vai seguir por si mesmo e estará completamente fora de controle. Vai ser extremamente enorme, e eu não vou ter alguma maneira de pará-lo. Ninguém mais poderá nesse momento. Quer dizer, uma vez que eu faça aquele telefonema, esse cara vai destruir todos que estiverem no caminho, de forma mais suja, desonesta, cruel, que ele possa. Eu dei a ele carta branca para fazer isso. Isto será depois de manhã, quer dizer, eu tenho feito tudo o possível, de minha parte, para dizer a eles para sentarem e conversarem comigo; e se eles continuarem... (inaudível) eu escalarei aquele mecanismo de chamar a atenção. Ele é o próximo, eu não posso ir a alguém legal... (inaudível). Isso não funciona com eles. Eu já descobri isso. Eu tentei falar com eles e eles me disseram “Vá se foder”.
Schwartz: Sim.
Chandler: Basicamente, o que eles precisam saber, verdadeiramente, é que a vida deles acabou. Se eles não se sentarem. De uma forma ou de outra isso será o próximo passo ou (inaudível) Eu não irei parar até conseguir a atenção deles. Eu não vou parar até eu chamar a atenção deles.
Chandler: As outras vezes que eu tentei falar com eles que precisávamos conversar tudo o que eu consegui foi: "Vá se foder. Nós não estamos falando com você”. Então, agora, eu tinha que deixá-los saber e fazer com que eles soubessem com certeza, que eles têm (inaudível) eles vão se machucar. Então (inaudível) Eu tenho que fazer (inaudível). Se eles não se sentarem e conversarem comigo, eles vão se machucar. Eles não podem continuar dizendo para eu ir me foder. Eles precisam conversar. Eu quero conversar com eles. Não quero machucar ninguém. Eles estão me forçando a fazer isso. Eles estão me forçando a fazer isso por se recusar a sentar e falar comigo. Isso é tudo que eu peço. “Vocês se sentam e falam comigo (irregularidades na fita) lado da estória. Eu escutarei vocês, daí, todos sentamos e conversamos sobre como isso pode ser resolvido”.
Schwartz: Sim. Então é isso...
Chandler: Isso é tudo que eu pedi.
Schwartz: Mas quando você diz “vencedor”, o que você quer dizer com “vencer”?
Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero e eles serão totalmente... eles serão destruídos para sempre. Eles serão destruídos. June perderá Jordie. Ela nunca mais terá o direito de vê-lo.
Schwartz: Sim. Será que isso ajuda...
Chandler: A carreira de Michael acabará.
Schwartz: Isso ajuda o Jordie?
Chandler: A carreira de Michael chegará ao fim.
Schwartz: E isso ajuda o Jordie?
Chandler: Isso é irrelevante para mim. Isso é bobagem. Não. Michael tem que estar lá. Ele é o principal. Ele é o único que eu quero. Deixe-me colocar-lhe dessa forma, Dave. Ninguém nesse mundo foi autorizado a vir para esta família e se colocar entre June, Jordie e eu. Se eu passar por isso, eu ganho um grande momento. Não há maneira de eu perder. Eu chequei todos os lados, de dentro para fora.
Schwartz: Mas quando você diz "vencedor", o que você quer dizer com “vencer”?
Chandler: Eu vou conseguir tudo que eu quero.
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Chandler: Você sabe, você tem que me perdoar por uma coisa, mas fui orientado por meu... (advogado?). Se eu disser algo a alguém...
Schwartz: Sim. Tudo bem.
Chandler: não me incomodar em chamá-lo de novo. Ele disse que este caso está apenas aberto (irregularidade na fita) “Se você abrir sua boca e soltar isso, não me procure mais”.
Schwartz: Tudo bem. Eu respeito isso. Tudo bem.
Chandler: Não que eu não confie em você ou nada.
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Schwartz: Mas por que não? Por que não poderíamos ir conversar sobre isso...
Chandler: Porque a coisa já... A coisa já foi posta em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Irá acontecer amanhã entre 08h30min e 08h36min.
Schwartz: Sim.
Chandler: Está fora das minhas mãos. Não faço mais nada.
Schwartz: Sim.
Chandler: Após 08h36min de amanhã. Tudo foi definido, automaticamente posto em movimento.
Schwartz: Sim.
Chandler: Eu não voltarei a entrar em contato...
Schwartz: Sim.
Chandler: ...com essa pessoa. Essa coisa é...
Schwartz: Deixe-me perguntar isso, então...
Chandler: (simultânea, incompreensível) 08h36min, a menos que eu ligue...
Schwartz: Sim
Chandler: ...e diga-lhe que não faça isso.
Schwartz: Então por que você não liga e diz isso?
Chandler: Porque eu não vou.
Schwartz: Por quê? Por que você não vai comigo? Quero dizer, nós confiamos um no outro. Nós respeitamos um ao outro. Por que você não pode ir comigo e nós decidimos juntos.
Chandler: Porque eu não quero falar com você sobre isso.
Schwartz: Por quê?
Chandler: Eu quero falar com June, Jordie e Michael. (simultânea, inaudível) Michael Jackson – A carreira de Michael Jackson acabou, Dave. Este homem vai ser inacreditavelmente humilhado. Você não acreditará. Ele não vai acreditar no que está preste a acontecer com ele.
Schwartz: Sim.
Chandler: Será pior que o pior pesadelo dele. (inaudível)... Não vender mais nenhum disco.
Schwartz: sim.
Chandler: Com certeza. E eu, eu quero dizer... eu estou (inaudível) isso apenas tem que acontecer em ordem para conseguir...para continuar (inaudível) e isso não terá de acontecer, se eles aparecerem amanhã.
Schwartz: Sim.
Chandler: Mas se eles não aparecerem, e eu quero deixar isso bem claro, eu tenho tentado tornar isso bem claro, esta é a última chance de conversar. “Se vocês conversarem, nós temos uma chance, se nós não conversarmos, está acabado. Está fora de minhas mãos. Eu quero dizer, o que mais eu posso fazer? Então por que você não me apóia agora e vamos nos livrar de Michael Jackson? Há outras pessoas envolvidas, estão esperando meu telefonema, que será dado em certo momento.
Schwartz: Sim.
Chandler: - [irregularidade fita]. Eu pagou a elas para fazer isso. Eles estão fazendo seu trabalho. Eu apenas tenho que ir em frente com isso, no tempo certo.
Schwartz: Hmm Hum.
Chandler: Refiro-me ao tempo previsto. Tudo está acontecendo de acordo com um determinado plano, que não é só meu. Há outras pessoas envolvidas.
Continua....
Fonte:
http://theuntoldside...ndler-1993.html
http://www.numberones.com.br/index.php?showtopic=8810
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