"É fácil confundir ser inocente com ser ingênuo ou infantil. Todos queremos parecer sofisticados; todos queremos habilidades de sobrevivência. Ser inocente é não ser isso. [...] É ser simples e confiável como uma criança: nada de julgamento ou comprometido com apenas um ponto de vista. Se você está preso em um modelo de pensar e responder, sua criatividade se bloqueia. Você perde o vigor e a magia do momento. Aprenda a ser inocente novamente, e esse vigor jamais sumirá" (Michael Jackson, in Dancing The Dream).
Ser inocente passa longe de ser infantil. A inocência é o estado de pureza da essência, o jeito descomplicado de existir sem ser irresponsável ou negligente. Eu diria que é a única forma de ser feliz.
Inocência é não culpar e muito menos cobrar; simplesmente compartilhar sem expectativas.
Por isso se diz que a criança é inocente, pois ela não tem crenças, não tem códigos de comportamento pré-estabelecidos, não tem preocupação (pré-ocupação = ocupar-se inutilmente antes da hora), não pensa - portanto, não é escrava da mente; tudo para ela é novo, é explorável, é conquistável, é excitante. Vive somente o momento presente, como se não existissem ontem e amanhã; é sempre um papel em branco pronto para receber o conhecimento que sua curiosidade sadia lhe proporciona.
"Quando se está plenamente presente e desperto na verdade da vida, se está em um estado de inocência, existindo em um estado de não-conhecimento, como se estivesse experienciando e tocando tudo pela primeira vez." (Leonard Jacobson - 2010). Isso equivale dizer que resgatar a inocência é romper com a tirania da mente (passado) e entregar-se à vida vivida na realidade alegre do momento presente.
Inocência é não manipular para falsear uma imagem possível de aceitação coletiva. É bancar ser quem se é, mesmo sabendo que o mundo irá surrá-lo tentando fazê-lo encaixar-se nos padrões sociais, culturais ou religiosos.
Inocência é achar graça em desenhos animados, emocionar-se com um conto de fadas, ver beleza no desenho torto e incompreensível de uma criança, é ter lágrimas nos olhos e uma estranha sensação de felicidade só por estar de mãos dadas com o ser amado.
É preencher um álbum de figurinhas aos 50 anos de idade ou pisar a poça d'água só para ver o chão chorar para cima; é rir de si mesmo, soltar pipa, pular amarelinha, andar de roda-gigante sem se importar com o julgamento dos outros e sem medo de que ela possa cair...
Geralmente, quando nos tornamos adultos, passamos a ter medo de viver porque tudo se torna perigoso, tudo configura risco = neurose! Passamos a temer o outro e nos isolarmos internamente, a temer a natureza e nos dissociarmos dela, a temer o castigo e nos distanciarmos da Divindade. O adulto mata o Deus que habita em si.
Inocência é ainda conseguir perceber e se inebriar com as cores de um por-do-sol ou a carícia de uma leve brisa; e principalmente ser capaz de agradecer pelo fato de ainda podermos usufruir dos benefícios do sol e do ar.
Resgatar a inocência é abandonar o ego, é desfazer a caricatura do aceitável, é desmontar a pressão de ser o que não se é para se encaixar na exigência do outro. É não querer mudar o outro para que se encaixe nos seus ideais de excelência.
É não ter medo de parecer ridículo, esquisito, fora da fôrma imposta pelo social; é rejeitar neurotizar-se para parecer adulto.
Resgatar a inocência é tirar a máscara de ferro do tenho que ser e simplesmente ser; a máscara de ferro do normal e simplesmente ser natural.
SER INOCENTE É SIMPLESMENTE SER ASSIM...
NATURALMENTE LIVRE E FELIZ!
NATURALMENTE LIVRE E FELIZ!
Fonte: http://almaceltica.blogspot.com/
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