segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Quando Michael esteve aqui..








O QUE OS EMPREGADOS VIRAM NA INTIMIDADE DE JACKSON

Milhares de tietes venderiam a alma para esfregar o chão da suíte presidencial do hotel Sheraton Mofarrej no lugar da arrumadeira Gildete da Silva Santiago. No último dia 14, chamada para acabar com uma meleca de balas e refrigerantes espalhados no recinto, ela passava um pano úmido pela principal sala do apartamento 2201.

Concentrada na tarefa, Gildete, 42 anos, tomou o maior susto de sua vida. Era ele! Depois de uma visita curta e tumultuada à fábrica de brinquedos Estrela, Michael Jackson resolveu voltar mais cedo. Foi aí que deu de cara com a arrumadeira. “Fiquei com tremedeira e uma vontade louca de abraça-lo”, lembra a funcionária, que recebeu do ídolo um sorriso de recordação. “Ele é uma gracinha, nem parece de verdade”.

Enquanto batalhões de admiradores mantinham um incansável plantão na porta do hotel, sonhando com um simples aceno da janela (um garoto mais ousado tentou invadir o prédio pela tubulação do ar e acabou preso no almoxarifado), os empregados do Mofarrej tiveram seus fugazes privilégios.

Poucos dos 160 funcionário, é verdade, conseguiram ver o cantor de perto. Durante seu cinco dias de permanência em SP, os seguranças montaram uma barreira intransponível na porta do elevador com acesso à suíte que ocupa todo o 22 andar.

Lá, nos 750 metros quadrados, o equivalente a 14 quartos normais – são 2900 dólares a diária -, Michael e as 3 crianças que o acompanham pelas viagens da turnê Dangerous bebiam refrigerantes, empanturravam-se de doces e brincavam dentro de uma cabaninha de camping, que ele mesmo mandou comprar.

Por causa dessa distância, quem chegou perto do hóspede inacessível faz questão de exibir o troféu. O mordomo , Pedro Biasa, 24 anos, circulava na semana passada com a foto tirada ao lado de Michael. “Levanta o moral aparecer com ele”, exultava o funcionário, um dos únicos a conseguir essa graça. Se não quis posar para muitas pessoas, ao menos o cantor deixou vários suvenires no hotel.

Os objetos serão doados à Santa Casa de Misericórdia, que os deve leiloar em breve. Ele esqueceu na suíte – ou jogou fora – uma camiseta e um pé de meia usado. Deixou também uma toalha de mesa em que rabiscou um rosto, escreveu Heal the World e assinou seu nome.

O pintor Salvador Dali tinha igualmente o costume de desenhar em toalhas de bares e restaurantes. Às vezes a levava embora, às vezes a deixava lá mesmo como forma de pagamento da conta. Michael Jackson presenteou a sua ao hotel, mas seus assessores acertaram as despesas na saída. Entre diárias e serviços de quarto, as setenta pessoas da sua comitiva desembolsaram mais de 100.000 dólares na caixa do Hotel.

Na suíte ocupada pelo astro, já dormiram, entre outros, a cantora Tina Tuner e o ex presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev. Trata-se de um complexo com três suítes, duas salas, um escritório e uma cozinha. Ali a diária mais barata gira em torno de 300 dólares. “Hospedar gente do nível de Michael Jackson ajuda a divulgar nossos serviços e a qualidade do apartamento presidencial”, considera Alan. Essa propaganda teve um preço.

As telefonistas do hotel quase ficaram loucas com o número de trotes. A cada minuto, eram feitas até 6 chamadas de fãs que imaginavam ser possível falar com Michael Jackson. Muitos se identificavam com nomes de pessoas famosas. “Xuxa” ligou incontáveis vezes. Assim como sua empresária "Marlene Mattos”. Um anunciou-se como assessor do presidente Itamar Franco. Outro imitou o vozeirão do prefeito Paulo Maluf. Claro que os truques não funcionaram.

Os quatro ramais instalados no apartamento 2201 estavam bloqueados. Duas linhas diretas, uma delas para fax, foram instaladas na suíte. A encarregada de telefonia Rose Santos, 33 anos, era uma da únicas pessoas com acesso ao número, de prefixo 253, que fazia soar o aparelho na cabeceira do cantor. Certa noite, a telefonista bilíngue não resistiu à tentação. Ligou para lá, dizendo ser uma fã. Conversaram durante 2 minutos. “Ele tem uma voz infantil”, conta Rose, que tremia ao telefone. “É supersimpático, perguntou minha idade e se eu iria ao Show”.

Houve quem chegasse mais perto ainda. Na noite de sábado, véspera do último show na cidade, a lavanderia do hotel recebeu um lote de roupas da suíte presidencial. Para Vera Helena Pereira, 37 anos, uma das funcionárias do departamento, não havia dúvida da procedência daquelas sete camisetas, três pijamas, dois pares de meia e quatro cuecas. “É lógico que eram do Michael”, assegura.

Para que já cuidou das roupas de Julio Iglesias e Rod Stewart, entre outros, as peças de Michael não causaram frisson. “Eu esperava mais”, afirma Vera. “As cuecas brancas dele podiam ser mais novinhas”.

A exemplo das roupas íntimas, certos hábitos do cantor decepcionaram quem esperava no mínimo uma bolha de isolamento dentro do quarto. Michael Jackson trouxe a São Paulo um cozinheiro particular, o italiano Sadhana Khalsa, mas não pediu nada de outro mundo no cardápio. Sua dieta básica era frango e batatas fritas, acompanhado de arroz japonês.

Como qualquer ser humano, na noite do dia 16 descuidou-se e trancou o quarto com a chave dentro.

A supervisora de andares, Maria Ferreira de Oliveira, 46 anos, foi convocada para resolver o problema. Encontrou-o sem maquiagem e de cabelos presos. Vestia um singelo pijama azul-marinho, com estampa de bichinhos. “Fiquei tremula, não sabia o que fazer, diz Maria, que lembra ter escutado um thank you pelo seu trabalho. ”Se eu falasse inglês, pediria um autógrafo naquela hora, lamenta-se. Fica para a próxima.

(Revista Veja 1993/ The Essential)


Fonte: Facebook Nina Rosa

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Michael Jackson visita a família Chaplin



Michael visita a família Chaplin em duas ocasiões diferentes.



1988

Michael Jackson visitou incógnito a família Chaplin, em Corsier (Suíça). Era 17 junho de 1988 e Rolf Knie não esqueceu nada.

Geraldine Chaplin, a filha mais velha de Oona e de Charlie Chaplin, foram a um show de Michael e o conheceram, o cantor lhe disse o quanto admirava seu pai. Geraldine telefonou para Rolf Knie, um velho amigo da família e frequentador de Manoir. _”Michael vai a Corsier. Você pode organizar algo?”
Naquele dia, Rolf serviu como guia na famosa mansão de Ban habitada pela família Chaplin, em Corsier-sur-Vevey.

“Eu me lembro da delicadeza extrema de Michael, sua calma, sua timidez. Lembro-me da maneira que ele esperava que Oona Chaplin sentasse para fazer o mesmo, como ele não se atrevia a pedir primeiro uma Pepsi. São esses detalhes que denotam alguém. Era apenas normal. Desde então, eu continuo em sua defesa, quando atacado. Os jornalistas inventaram horrores sobre ele.”

Na passagem de Michael em Basel, Rolf Knie telefonou para o hotel e falou com seu agente, Frank DiLeo. “Alguns amigos me disseram que era louco e impossível … Meia hora depois, no entanto, ele fala com o próprio Michael: “Ele estava muito feliz. Nós marcamos para uma sexta-feira às 15 horas.”
Nesse dia, as famílias Knie e Chaplin aguardavam a estrela. O tempo passa, e isso não acontece. “Cerca de 15 h 30, o porteiro veio correndo, dizendo:
“ALGUÉM ACABOU DE LIGAR E NÃO PEGUEI O NOME DELE.”
Era Michael. “Peguei o telefone. Estava muito constrangido, desculpou-se mil vezes. Ele se perdeu e ele estava ligando de uma estação de serviço em Vevey.
O porteiro foi procurá-lo. O cantor chegou sem guarda-costas, apenas acompanhado pelo seu assistente, um senhor de certa idade.
“As lembranças são maravilhosas.Ele brincou no parque com meu filho Gregory.
Eu acho que com as crianças ele é como é, ele pode, finalmente, se mostrar normal. Ele se manteve como uma.”




Outro aspecto de Michael: “Ele sabia perfeitamente a vida de Chaplin, um verdadeiro dicionário. As datas dos filmes, os nomes dos atores, tudo. A ideia de um tipo inculto, era totalmente falsa.
O paralelo entre Jackson e Chaplin parece natural para ele. Crianças pobres, inclusive ações judiciais contra eles.
Eles emitem a mesma onda e eles tiveram problemas semelhantes com o mundo, quando eles têm em comum o bem de todos. Ambos não davam entrevistas. Eles responderam com seus filmes e suas músicas. Se eles se conhecessem, eles teriam gasto todo dia juntos.


Dois meses depois, Michael Jackson chama Oona Chaplin e Rolf Knie para seu concerto em Lausanne. “Antes do show, visitamos seu vestiário. Havia longas mesas cobertas com caviar e salmão. Michael deu de ombros: “Ah, não é para mim, mas minha equipe está com fome ... ”




No final, Rolf e Oona assistiram à partida precipitada de Michael:
“A música ainda soava, quando ele foi rapidamente cercado por um carro, por trás da cena. Nós o seguimos e temíamos: Milhares de fãs nos cercaram. Percebi o que Michael vivia cada dia. Ele era um prisioneiro de seu sucesso.
Hoje eu estou com raiva contra aqueles que não tiveram misericórdia para com ele. E feliz que ele encontrou a paz. ” Rolf Knie



Fonte: www.mjackson.fr

1999
Depoimento da neta ….Laura Chaplin



Eu tinha cerca de 12 anos de idade e morava na casa ao lado da minha avó, Oona.
Um dia, estava dando uma volta e havia um helicóptero em seu jardim. Eu fui visitá-la e Michael estava sentado lá.
Eu estava apavorada, porque ele era o meu ídolo absoluto e eu estava realmente segurando o meu boneco Michael Jackson nas mãos, naquele momento.
Eu não pude contar a ele sobre como eu era sua grande fã. Ele estava lá porque ele era um fã do meu avô Charles Chaplin.
Depois me chamava sempre para conversar.
Me enviava presentes de aniversário incríveis. Caixas enormes.
Entrei no palco com ele em Genebra. Era um grande amigo da família’. Michael Jackson pousou de helicóptero no jardim da mansão. ‘ eu estava muito bem impressionada’, Diz Laura. O rei do pop também, por causa dos cães de guarda. ‘ Tínhamos nove cães e a ele davam medo. Tivemos de os fechar antes que chegasse’.
À hora do almoço, ao ver a grande mesa, Jackson foi sentar-se com as crianças. ‘ Ele era muito tímido. Fez piruetas no jardim, brincou com o Play Station… Era uma criança grande’. ‘Smile’, Composta por meu avô, era uma das suas músicas preferidas.

Fonte: Solange Bertho compartilhada em seu Facebook

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O figurino de Michael Jackson para This Is It.





"Michael definiu tantos momentos importantes de estilos, o qual possuía um estilo próprio que criou ao longo de sua carreira. Bom, durante toda a vida de Michael, o seu estilo o acompanhou, ditando moda ou não, criou sua personalidade. Neste post vou falar um pouco sobre o figurino da turnê de This Is It que infelizmente nunca veremos Michael usar.

Michael Bush trabalhou durante 31 anos como figurinista, fez vários figurinos para Michael ele sabia o que realmente Michael Jackson gostava mais para esse novo trabalho ele trouxe um novo designer de Nova York, Zaldy.

Então Michael Bush e Zaldy criaram as idéias para todos os figurinos de Michael em apertados 2 meses verdadeiros gênios e claro muita competência assim como Michael Jackson, confira:








Starting Something


Em “Starting Something” Michael saia de um robô de 3 metros coberto por imagens, foi dai que o figurinista teve a idéia de um traje espacial futurista, o traje e inteiro de cristal Swarovski e acrílico, tem ombreiras e todas as suas peças e os sapatos são feitos por encomenda, os óculos escuros que ele iria usar era coberto por cristais.

A roupa toda tem três milhões de cristais no total era necessário usar óculos escuros para colocar os cristais, foi gasto milhares de dólares nesse traje.









Medley do Jackson 5


Esse traje era mais casual com canutilhos e cristais nos ombros e na faixa da cintura. Para os sapatos desse traje foram feitas botas com polainas flexíveis para facilitar quando Michael dançava, o paletó tinha um zíper por trás para facilitar a troca durante o show.










Black or White


O traje de “Black or White” era inspirado nos trajes de samurais que reflete força como a música que tem uma pegada mais forte, o traje feito em couro e tachas niqueladas pesa entorno de cinco quilos. Também foi colocado tachas niqueladas nos sapatos que foram feitos especialmente para Michael, que sempre usava o mesmo modelo de sapato, ele tinha vários do mesmo jeito.








Billie Jean


O traje de “Billie Jean” se manteve fiel ao original que ele usou no show de 25 anos da Motown onde fez pela primeira vez o moonwalker, só que com lantejoulas menores e mais refinadas do que o original.

Junto com a Phillips os figurinistas criam uma nova tecnologia especialmente para Michael, uma nova tecnologia eletrônica nos tecidos permitindo que a roupa se iluminar-se por completo, fazendo um jogo de cores em forma de arco-íris conforme a música.













Thriller

“Thriller” foi outro traje que se se manteve fiel ao original com alguns detalhes a mais nos ombros parece que tem sangue escorrendo no tecido a calça e incrustada de cristais Swarosvskia. A camisa que fica por baixo do casaco tem as letras MJ pontilhadas em cristais Swarovski.


















Heal The World e We Are The World


A idéia era ter um estilo global. O casaco foi feito com técnicas diferentes de varias partes do mundo, bordado Chinês, jóias bordadas algo típico da Índia, patch work inspirados em indígenas americanos e o nome em Árabe “CURE O MUNDO”. As pontas do casaco tem forma de pulseira de vários países, pois Michael adorava usar pulseiras.







Man In The Mirror


“Man In the Mirror” seria o casaco final, que apareceria no show, manteve o estilo militar tradicional de Michael, mas um pouco modificado foi feito varias camadas de massa de cristais Swarovski em alguns pontos do casaco. Michael adorou o casaco. Falou para o figurinista: “É como um tesouro secreto, um tesouro escondido”.











O figurino que seria usado na turnê de This Is It provalmente foi o melhor figurino que Michael já teve.

Eram dignos de um Rei uma estrela do rock, eram clássicos de Michael em novas formas, era um figurino e tanto, pena que não chegamos a ter a visão completa deles que seria quando Michael vestisse os figurinos nas apresentações dos shows, mais o que vale é imaginar como ficaria o nosso querido Michael Jackson com essas roupas maravilhosas."


Créditos: 
http://michaeljacksonumahistoriasemfim.blogspot.com.br/2012/06/conheca-as-roupas-que-michael-jackson.html



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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A magia de Michael Jackson





Michael Bush 


Michael pensava mais além dos parâmetros, que nem vocês nem eu poderíamos imaginar nem nos nossos sonhos mais ousados. Às vezes era absolutamente assustador... Estar na presença de semelhante génio significava que não sabíamos o que vinha a seguir, até que o telefone tocasse no meio da noite.


“Bush, se a minha jaqueta Thriller acendesse, isso seria o máximo.”
“Bush, quero desaparecer no meio do espetáculo diante dos olhos de todo o mundo.”
“Bush, quero um par de sapatos feitos completamente em metal prateado. Nunca ninguém usou sapatos de metal.”
“Bush, quero sair voando do palco, sei que podes conseguir isso.”

Eu não era técnico de efeitos especiais, mas tinha que pensar como um eles quando estava desenhando os trajes para estes números. Algumas noites desejei que ele simplesmente nos pedisse para que o enviássemos à lua… Porém esse rasgo da sua personalidade sem limites era parte da magia de Michael.

"The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush


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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Aprendendo com Michael Jackson



"O site americano 'Hollywood Jesus' é um portal direcionado ao segmento de serviços e produtos religiosos, e possui uma página que oferece material em vídeo com comentários sobre a obra. A surpresa foi observar a entrada de 'This is it' no catálogo, sendo seguido de um comentário escrito por um pastor cristão, que é comentarista do portal.
Com o lançamento em DVD de This is it e o sucesso absoluto de vendas em todo o mundo, estão postados na internet um infindável conteúdo de 'críticas' sobre o filme. Existem opiniões para todos os gostos, mas a maioria considera o documentário digno de uma homenagem póstuma para um Rei.
A crítica do Hollywood Jesus porém, se diferencia ao colocar um olhar humanizado no documentário, e faz observações emocionantes."
(http://michaelloveyou.blogspot.com.br/p/this-is-it-um-olhar-humano-sobre.html)


Seguem alguns trechos da crítica do Pastor Mike Furches :


"Muitos críticos de Michael Jackson desejam mergulhar em seu passado, nas acusações, das quais ele foi absolvido. Eu simplesmente vou expor minha opinião aqui, essa discussão não é o trabalho de um crítico, talvez o trabalho de alguém do sistema judicial ou notícias de imprensa. Mas, enquanto todos podemos ter opiniões, este filme não endereça essas questões, e eu pelo menos estou feliz que não. Para ter feito o contrário teríamos que nos concentrar em várias coisas, principalmente especulação. O que eu vou comentar é sobre o filme."


"Alguns podem perguntar por que este filme foi tão espiritual para mim. É muito simples: em um mundo cheio de mediocridade, especialmente dentro da subcultura cristã, eu fui abençoado (raramente uso essa palavra) para poder  ver um exemplo de alguém (Michael Jackson)que tomou sua vida, seus dons tão seriamente. De ver essa pessoa, querer compartilhar aqueles dons com os outros ao seu redor foi uma inspiração de muito propósito de que as dádivas são para: não serem mantidas em nós mesmos, mas para serem compartilhadas com os outros. Nós recebemos os dons e talentos, e, em seguida, é nossa responsabilidade compartilhar essas coisas. Duvido que alguns artistas ou celebridades públicas façam isso, assim tão bem como Michael Jackson."


"Podemos ver exemplos onde o produtor de Jackson daria sugestões, mas é muito claro, a única pessoa responsável por performances de Michael Jackson, sua música, sua dança, e mais a produção, era Michael Jackson. Ninguém controlava o homem, mas o homem encontrou uma maneira incrível de expor suas opiniões, ouvir os outros, e dar correção aos outros com amor, de modo não-ameaçador. Que grande exemplo até mesmo para alguém como eu, que trabalho como um pastor."

"Eu posso dar elogios após elogios para This Is It, e antes de assistir ao filme, eu gostava das músicas de Michael Jackson, mas eu não era realmente o que eu chamaria de um fã. Sou agora, no entanto. É triste agora, porque não temos mais Michael conosco, a não ser nas filmagens e na música. Embora isso seja alguma coisa, eu vejo coisas como esta e meu coração quebra porque muitos na sociedade não entenderam ou não deram uma chance para este verdadeiro, ativo, ser humano que teve problemas, e em vez de tentar compreender essas questões fomos tão rápidos para atirar pedras."

"Poucos de nós jamais mergulharemos em perfeição, em qualidade, a fim de compartilhar com outras pessoas no modo, como Michael Jackson fez. Podemos olhar para isso de várias maneiras, mas para mim, espero que eu possa recordar este filme quando eu pensar em tomar atalhos. Quando eu pensar em fazer algo incompleto, como dar crédito a mim mesmo em vez de respeitar os que me rodeiam e lhes dar o meu melhor, peço que Deus me perdoe."

"O que penso sobre Michael Jackson hoje? É realmente muito simples. Agradeço a Deus por me dar esse lembrete. Não importa o quão imperfeito Michael Jackson foi, agradeço a Deus por me mostrar, através dele, o que significa tomar o meu ofício e os corações daqueles que estão envolvidos nele, mais a sério. Que todos nós possamos aprender essa lição."

"Em uma escala de 1 a 10, para o número de letras no esplendor da palavra, dou muito merecido e abençoado 10." 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

"THIS IS IT" - DESPERTANDO CONSCIÊNCIAS -


Entendendo a ausência de Michael Jackson 



This Is It é um filme, sempre foi um filme. Um filme que tem uma intenção tão surreal que o mundo sequer ousa imaginar e consegue vê-lo apenas como uma coletânea de ensaios de um show que não aconteceu.

Tanto quanto surreal é a suposta morte de Michael, cuja intenção é se fazer presente além do palco. A mensagem é: eu lhes ensinei pastorear, agora vão atrás de seus rebanhos, que formarão outros rebanhos, e outros rebanhos, e mais rebanhos... até que o mundo seja curado.


Light-Man, o Homem-Luz, e seu exército de girassóis, curando o mundo nos quatro anos que nos restavam desde 25 de junho de 2009 até 2012... isso é THIS IS IT!

O despertar das consciências

"O filme This Is It teve um grande impacto em mim. Assisti o filme 11 vezes. Desde então, tudo na minha vida mudou. Eu não posso parar de desenhar Michael Jackson agora. Sou designer editorial e também trabalho com ilustração. Estou muito feliz em poder dedicar minha vida a desenhar Mike". (Hitomi Osanai - disigner japonesa - Fonte: cartasparamichael.blogspot.com)

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"Enquanto eu admirava seu trabalho, eu não poderia me chamar de fã e eu certamente não tenho momentos importantes do meu passado associados com as músicas de Michael. [...] Até que fui ver o filme This Is It. Algo aconteceu. Chame a isto de curiosidade, chame de encantamento, não importa; mas fui atraída de alguma forma para olhar mais de perto a vida desse homem e do seu trabalho[...]
Aqui estou, neste momento, em uma encruzilhada no caminho, que se tornou a coisa mais importante para mim. Se você tivesse me colocado frente-a-frente com Dalai Lama para aprender sobre o amor no mundo, eu teria celebrado. Se tivesse me dito que Sri Sri Ravi Shankar ou Ganga Ji se tornariam meus guias espirituais, eu teria ficado surpresa, mas satisfeita. Mas se você me dissesse que eu iria me encontrar aos pés de alguém que usa meias que brilham e fica na ponta dos pés em seus sapatos, eu teria sorrido e recusado. No entanto, tivesse você mencionado que o meu guia seria Michael Jackson, eu teria corrido pela minha vida". (Reverenda B. Kauffmann - escritora, educadora e ativista)

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"Vocês vão achar estranho o que vou dizer, mas eu olho para This Is It na globalidade e chego à conclusão de que a essência desse filme não é nova. Depois de começar a analisar, pensar, descobrir o significado disto e daquilo; de ver os gestos e as canções, eu chego ao final e constato que o filme não é novo. Eu já o vi antes. Olhem bem para This Is It e para tudo o que você conhece sobre a vida de Michael Jackson... Você não está tendo um dejà vu?! 
É que eu olho para Michael, para sua vida e para sua obra e reconheço nele esse cara aqui:



 É a mesma vida, a mesma história, as mesmas alegrias, as mesmas dificuldades e a mesma mensagem!
O título do filme é 'This Is It - descubra o homem que nunca conheceu'. No entanto, no final destas análises, acabei por constatar que ando a amar, conhecer, desvendar e ajudar a divulgar a mensagem deste Homem há mais de dois mil anos.
Eu apenas espero que daqui a dois mil anos a Humanidade já tenha apreendido a mensagem dele e esteja a viver em um Mundo onde apenas exista a Luz de Deus. Um Mundo onde os seres humanos se amem uns aos outros como irmãos, onde haja paz, alegria e respeito por tudo que existe e venha a existir".
(Fonte: speechlesslovemj.blogspot.com)






Fonte e créditos:  http://almaceltica.blogspot.com.br/2011/12/this-is-it-despertando-consciencias.html


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Por mais que tento, não consigo expressar nem a décima parte de tudo que This is it me transmite.
Essa é uma obra gigantesca de Michael. Embora todas sejam geniais, esplendorosas e evolventes.
Tenho a impressão que o filme This is it,  foi programado para ser um filme/documentário, para despertar o mundo.  E despertou uma grande parte dele, com toda certeza!
É uma pena que nem todos conseguiram sentir a magnitude de TII, por falta de sensibilidade, falta de atenção, ou de tempo, talvez.
Ao assistir TII, sai do cinema em transe...levitando. Vi e senti em Michael uma entidade sagrada,  que estava ali conversando comigo bem de pertinho.
É assim que vejo TII, Michael conversando conosco, nos falando coisas importantíssimas, nos deixando a par de toda situação. A mensagem que Michael nos deixou em TII, foi além da conscientização da cura do mundo, foi também para a conscientização da cura de nós mesmos, sobre a dor que vivenciaríamos. Essa dor que Michael nos fez experimentar foi como um chacoalhão  para nos despertar, para que possamos dar mais atenção e amor em tudo que está ao nosso redor, antes que seja irreversível.
Michael tirou de um sono profundo e forçado, milhares de pessoas de um mundo totalmente anestesiado, insensivel..
TII é a mudança necessária, é o despertar, é isso!
This is it!!!

ALL FOR LOVE!!


Michael...I love you more...L.O.V.E.
Amor incondicional sempre!!!


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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Honrando o Espírito de Criança - Capítulo 16 - Último Capítulo - " Dia Mundial das Crianças e Jantares em Família "




Nota: 

Tradução livre para divulgação de conteúdo sem fins lucrativos.

Destinada apenas para apreciação de fãs.



Sem Fins Lucrativos



HONRANDO O ESPÍRITO DE CRIANÇA

SHMULEY BOTEACH

Em conversas com MICHAEL JACKSON





DIA MUNDIAL DAS CRIANÇAS E JANTARES EM FAMÍLIA


“Seria o amor da minha vida ter um Dia Mundial das Crianças.”


SB: Uma das coisas que você me disse que deseja criar é um Dia Mundial das Crianças, que seria um dia internacional, onde todos os pais largariam o trabalho só para estarem com seus filhos.

MJ: As crianças não têm voz na sociedade e não têm um líder ou alguém para falar por elas e seus direitos e para protegê-las, e isso é muito triste, não é? Isso me mata. Eu não consegui reunir artistas quando essa coisa aconteceu em Kosovo, porque as pessoas não se importaram da maneira que eu me importei. Eles diziam: "É?" Eu dizia: "Você não vê o que está acontecendo com todas essas crianças?" E eles não se importavam o suficiente para quererem fazer alguma coisa. Eu não entendo isso. Sentei-me no meu quarto e chorei. Parei de gravar meu álbum por vários dias porque fiquei muito chateado com isso.

Precisamos fazer deste um feriado mundial. . . no mundo inteiro, desta forma, tomamos o dia de folga.  Não pode ser no verão, não pode ser um fim de semana. Terá que ser um dia em que as pessoas parem e digam: "Oh, sim, não podemos ir ao trabalho ou à escola amanhã, porque tenho que estar com os meus filhos e dar-lhes o dia todo sem interrupção." Teria que ser assim ou então não seria importante. Seria o amor da minha vida ter um Dia Mundial das Crianças.

[O discurso na Universidade de Oxford] será importante, porque posso realmente falar da minha alma e dizer como realmente me sinto sobre estas questões. Meu sonho é ter crianças dizendo: "Não faz nenhuma diferença se você é preto ou branco." Eu sempre quis ouvir as crianças dizerem isso. Ou "Curar o Mundo".
Não falamos sobre [anexar uma música com o dia] que eu possa escrever e possamos trazer todas as celebridades, levantar muito dinheiro, como "We Are the World". Mas vincular uma canção nele, assim em todos os países cantariam a mesma canção, embora em seu idioma.

Necessitamos seriamente deste feriado, este é o meu sonho. Devemos mencioná-lo a ONU. [Michael estava esforçando-se duramente no momento para tornar-se um Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas para as crianças. Tivemos uma série de reuniões com alguns funcionários da ONU, mas isto não se concretizou.]
Para mim, é crime não reconhecer as crianças. Nosso bem maior... Se existisse o dia das crianças quando eu era pequeno, expressaria ao meu pai: "Tudo bem, papai, Joseph, o que faremos hoje?" Sabe o que isso significaria para mim? Ele diria, "Bem, você quer ir ao cinema?" Isso teria significado muito para mim. . . Você só precisa de um momento de atenção, eu acho, você não acha?

SB: Sim, absolutamente.

MJ: Desejo muito isso, Shmuley. Esse é o meu sonho.

SB: Sabe de uma coisa. Quando nos encontrarmos com o presidente Clinton amanhã, devemos dizer-lhe isso. Imagine se convencermos o presidente Clinton que esta deveria ser a última coisa grandiosa que ele pode fazer em sua presidência? [Clinton, na época, tinha seis semanas restantes para deixar o cargo.] Para simplesmente tentar estabelecer além do Dia das Mães e Dia dos Pais - o Dia da Criança, onde os pais passariam um dia ininterrupto com seus filhos. Clinton nunca conheceu seu próprio pai. Isto poderia ser muito significativo para ele.

MJ: Isso seria lindo. Eu adoraria isso, homem.

SB: Agora que você me explicou, entendi isso. Você está certo. Neste momento, os pais teriam suas crianças vindo até eles e dizendo: "Ei, Pai. É o meu dia. O que faremos?"

MJ: Sim! E quando se tornarem adultos, completarão o círculo e cuidarão de seu pai e sua mãe, devidamente como foram tratados quando eram jovens. Veja, o que pode ser mais belo do que isso? Sabe, acho isso lindo. Precisamos trazer de volta a família.
Por isso quero o dia da criança, o dia das crianças, para fazer isso. Temos de reconhecer que temos crianças e dar-lhes o amor. Seria tanto para o futuro dessas crianças e seus pais e filhos dessas crianças.
Se eu tivesse tido um dia assim com o meu pai, nosso relacionamento seria totalmente diferente agora. Eu teria lembranças maravilhosas de quando ele me levava ao parque, a uma loja de brinquedo ou ao cinema toda vez que chegasse o dia das crianças. Tenho somente aquela única lembrança dele me colocando naquele pônei.

SB: E você repete muito essa memória em sua mente?

MJ: É tudo que tenho, não posso pensar de nenhum outro momento. Nenhum jogo, nenhum divertimento, nada.




FIM.


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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Honrando o Espírito de Criança - Capítulo 15 - "Segurança"




Nota: 

Tradução livre para divulgação de conteúdo sem fins lucrativos.

Destinada apenas para apreciação de fãs.



Sem Fins Lucrativos



HONRANDO O ESPÍRITO DE CRIANÇA

SHMULEY BOTEACH

Em conversas com MICHAEL JACKSON






SEGURANÇA


“[As crianças] são mais seguras porque... suas mentes, seus corações e seus sentimentos estão no lugar certo.”



SB: As crianças, pelo menos inicialmente, são totalmente livres da pressão de grupo. É claro que, mais tarde, a pressão dos colegas torna-se uma das coisas mais difíceis em suas vidas. Mas quando elas são muito jovens, não se importam com o que as pessoas pensam. Porque não se importam com o que as pessoas pensam sobre elas? Todos nos importamos com o que as pessoas pensam sobre nós. Mas as crianças não se importam tanto. Elas não são conscientes da imagem até que se tornem mais velhas.

MJ: Elas são ensinadas.

SB: Por que nos importamos com o que as outras pessoas pensam sobre nós? Porque crescemos mais inseguros à medida que envelhecemos, queremos que as pessoas nos aprovem? Por que as crianças são mais seguras do que os adultos?

MJ: Basicamente, são mais seguras, porque elas vêm deste lugar Divino, este outro sistema solar, onde suas mentes, seus corações e seus sentimentos estão no lugar certo.

SB: Então são seguras porque estão ligadas à fonte. E como você se torna mais e mais distante, sentimos a qualidade da luz diminuir dentro de nós e assim sendo precisamos de outras pessoas para brilhar a sua luz em nós.

MJ: É verdade. Tenho que me vigiar algumas vezes, porque vejo que às vezes, posso infligir meus sentimentos sobre Prince e Paris, porque tenho pavor de cães e me sentia mal fazendo isso a eles, então comprei um golden retriever.
As pessoas diziam assim: "Não, eu não posso acreditar que você está fazendo isso." Eu dizia: "Eu sei, mas eles precisam dele." Parentes, amigos, minha mãe. Eles ficaram chocados porque há esse mantra sobre os cães. Não quero nenhum por causa da minha má experiência. Essa é uma das formas de racismo e preconceito. Mas seria errado da minha parte aliená-los dessa forma. Eu quero que eles descubram isso por eles mesmos. Eu digo a Prince, "Não confiamos nos cães de outras pessoas, mas confiamos neste cão."
Estive em casos em que um cão comeu o fígado de uma menina, comeram o pulmão dela, morderam toda a lateral do rosto de um menino, portanto, eles são assim. . . Prince e Paris pensam que podem ir até qualquer cão e fazer "Grrrr" para eles. Eu digo: "Não, não, não, volte. Não faça" Grrrr "para eles."

SB: Você decidiu que não queria infligir seus medos sobre às crianças.

MJ: Isto não ocorre no cão e a criança como uma hipótese ou um teste, mas em tantas outras áreas. Fazemos isso e não nos damos conta que estamos fazendo. Os pais precisam procurar dentro de si e perceberem [levanta a voz] o quanto estão fazendo seus filhos exatamente como eles e eles não têm que fazer isso. Devem deixá-los ser quem são, deixá-los encontrar o seu lugar. Podemos oferecer-lhes os erros e acertos, mas só porque você teve uma infância ou uma vida bagunçada não significa que eles tenham que ter.

SB: Isso passa muito por sua cabeça, que você compara a sua infância e diz que isso não vai acontecer a Prince e Paris. Você usa sua infância como um teste decisivo?

MJ: Absolutamente. "decisivo" é uma boa palavra para usar. Sei que nunca irão caminhar através do fogo da maneira que já passei por isso. Sei que eles nunca saberão o que é trabalhar muito, muito duro. Embora estejam indo  para trabalhar, ter  responsabilidades, vou começar a treinar Prince e logo depois Paris. Mas eles nunca vão passar pelo que passei. Não quero condená-los por isso ou fazê-los sofrer por isso. Tenho que ter cuidado.

SB: Mas a principal coisa que você quer que eles saibam é que eles têm um pai que os ama?

MJ: Se eu posso ser, e esta é a minha meta mais importante, ser um pai maravilhoso. Isso é o que quero mais que tudo. Quero ser, um pai maravilhoso, maravilhoso. Eles serão perguntados, por pessoas que escrevem livros e outras coisas, então vão poder dizer: "Ele é apenas um pai maravilhoso. Sempre esteve lá por nós quando não tinha que estar e realmente nos amou." Só quero que eles sintam em seu coração dessa forma. Se puderem sair no mundo e compartilhar seus talentos com a humanidade, chorarei lágrimas de felicidade. 

Eu adoraria isso. Todos nós queremos isso para os nossos filhos.

SB: Mas a principal coisa que você quer que eles saibam é que seu pai os amou e que sempre foi um bom pai para eles?

MJ: Mais do que qualquer coisa.




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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Honrando o Espírito de Criança - Capítulo 14 - "Abertura e Vulnerabilidade "




Nota: 

Tradução livre para divulgação de conteúdo sem fins lucrativos.

Destinada apenas para apreciação de fãs.



Sem Fins Lucrativos



HONRANDO O ESPÍRITO DE CRIANÇA

SHMULEY BOTEACH

Em conversas com MICHAEL JACKSON





ABERTURA E VULNERABILIDADE


“Eu amo como uma criança é tão honesta.”



SB: O que você parece estar descrevendo-me é que a criatividade envolve a liberdade. Ao contrário dos adultos, que têm de submeter-se a pressão, as crianças são realmente livres. Elas dizem o que querem. Fazem o que querem e não se intimidam. Os adultos são quase como prisioneiros. Encarceram-se nas restrições e expectativas sociais que lhes são impostas.

MJ: Sim, eles estão tentando ser o que a sociedade espera deles, e as crianças são apenas felizes, caprichosas e amam o divertimento.
Elas têm essa excitação, esse brilho em seus olhos. Já estive em situações em reuniões com grupo de advogados e às vezes, uma criança entraria na sala e eles continuariam falando. Fiz com que todos parassem e falassem: "Olá", ou mostrassem respeito, para fazer a criança se sentir especial. E os advogados não entendiam isso. Para mim, Deus exatamente entrava na sala e tínhamos que mostrar respeito.
Eu amo como uma criança é tão honesta. Se elas estão enciumadas, elas lhe dirão. Se elas estão zangadas com você, elas vão te dizer. . . "Você gosta dele mais do que de mim." Adultos não dirão isso. Eles vão ser vingativos e encontrar outra maneira de feri-lo por causa de seu ciúme.

SB: Eles de modo evidente escondem ou mascaram seu ciúme.

MJ: Sim. Sim. Simplesmente amo crianças, porque existe uma Divindade natural sobre elas. Elas adoram estar juntas. Uma criança que nunca conheceu a outra antes  será amiga em dois segundos e começarão a falar uma com a outra. Não se consegue adultos que façam isso. Se você pegar os bebês e colocá-los em uma cama e espalhá-los quando eles estão dormindo, dentro de uma hora, inconscientemente, em estado alfa, ou algo assim, eles vão encontrar uma maneira de se amontoarem. Filhotes fazem isto, gatinhos fazem isso e as crianças fazem isso. Elas encontram uma maneira. Elas acabam bem próximas umas das outras e isso é tão doce. Elas encontram umas as outras em seu sono. Mas nós, estamos ocupados tentando estabelecer barreiras e barricadas. "Você sente-se ali, e você sente-se lá." Essa é a parte triste, não é?

SB: As crianças não têm nenhum desses preconceitos, nenhuma dessas barreiras. Então, quando você encontra uma criança, você está dizendo, existe familiaridade imediata. Você não tem que trabalhar em amizade ou parentesco. Enquanto que com os adultos, inicialmente há um pouco de constrangimento e tem que começar a confiar um no outro porque o estado natural é a desconfiança.

MJ: As crianças simplesmente se abrem comigo.

SB: Mas e se alguém lhe dissesse que isso não é real, que o mundo é um lugar horrível e você tem que sair ou porque Neverland é uma ilusão, um mundo de fantasia? E se alguém dissesse: "Michael, eu concordo com tudo que você diz sobre as crianças, mas isto simplesmente não é real. Depois de um tempo você só tem que se acostumar com o fato de que o mundo é horrível e as pessoas são más. E se você é uma criança, isso significa que está muito mais vulnerável e desprotegido e somente estará se abrindo para a possibilidade de dor,  ataques e ferimentos." Você lamenta o estado pueril que conservou? Um cara que cresce, torna-se um guerreiro, ele se protege, se arma. Mas você decidiu não fazer isso. Você decidiu estar em torno de crianças e você decidiu proteger a sua criança interior. Você se arrepende por isso?

MJ: Eu me arrepender de ser do jeito que sou? Não, jamais poderia.

SB: Ainda que diga que é mal interpretado por isso? Apesar das pessoas poderem pensar que você é estranho?

MJ: Há tanta beleza e glória. Vejo isso em minha criação, no que faço. Todas as ideias começam a fluir para a minha música e evocam grandes pensamentos e tudo isso vem disso.

SB: Você diz: "Eu preciso das crianças. Antes de um show, preciso das crianças.". Você não fica receoso ao usar a palavra "necessidade". Porém, "necessidade" é uma expressão de quatro cartas para a maioria das pessoas, porque para a maioria dos adultos isso expressa deficiência. O que você quer dizer com: “eu preciso?"

MJ: Acho que os adultos mascaram suas necessidades. Porque eles precisam de amor e têm seus companheiros na cama à noite. Mas condicionam-se a colocar barricadas e usam a psicologia, como: "Eu não preciso de você." Mas, na verdade estão fingindo, eles jogam. É tudo o que falamos antes. Eles colocaram todas essas barricadas mentais, fingindo não precisar. . . é uma guerra psicológica.

SB: Apreciamos a nossa independência. Mas as crianças não têm receio de agarrarem o vestido da mamãe e se agarrarem a ela, elas não têm medo de mostrar carência. Podemos aprender a carência das crianças? Você acha que as crianças ensinam os adultos a não ter receio de estar carente?

MJ: É claro que elas ensinam.

SB: Agora, o amor e o medo são opostos. A postura fundamental do amor é estender-se, para expor seu ponto fraco. Quando você abraça alguém, literalmente cria um espaço dentro de si mesmo para alguém existir. Você tornar-se vulnerável. Mas a postura fundamental do medo é o oposto. Deve puxar suas extremidades, para trazer seus braços e suas pernas para protegerem o seu tronco. Com amor você se expande, mas com medo você se contrai e volta a um estado embrionário.
Como você ensinará a Prince e a Paris a aceitação, quando também tem que ensiná-los a ser cautelosos?

MJ: Há um certo equilíbrio. Mas não quero ensiná-los a julgar as pessoas, "Oh, parece que ele vai me machucar." É difícil. Quero que eles sejam espertos. Acho que é minha tarefa julgar por eles. Minha tarefa.

SB: Uma das responsabilidades paternais para garantir que não prejudiquem seus filhos é protegê-los de modo que eles não tenham de se proteger. Você pode fazer isso por eles. Mas só por um tempo. Mais tarde, eles vão ter que aprender a protegerem-se. A maioria dos pais ensinaria a criança: "Se você vir este tipo de pessoa deverá ficar longe delas." Você decidiu deixá-los amar a todos e é seu trabalho de protegê-los.

MJ: Absolutamente. Acredito nisso.

SB: Essa é uma lição muito importante para todos os pais, Michael. Eu também não quero ensinar aos meus filhos o medo.

MJ: Isso é o que tem prejudicado muito as nossas crianças, colocando-as em uma situação onde começam a ficar críticas ou preconceituosas sobre a forma como se vestem ou têm seus cabelos, e isso não é genuíno. Os pais não deveriam fazer-lhes isso, deveriam deixá-las apenas verem o que acontece. . . . Quando as crianças surgem, tenho visto as mais difíceis, as pessoas mais duras humilharem seus guarda costas porque a luz entrou na sala.

SB: Então as crianças nos ensinam a aceitação, não só mentalmente, mas experimentalmente.

MJ: Absolutamente.

SB: Você se sente mais livre em volta das crianças? Por exemplo, você disse que sendo uma celebridade, não tem sua vida própria e as pessoas tiram fotos de você e você não pode andar na rua e tem que usar um disfarce. Sente-se mais livre em torno das crianças, mais natural, mais libertado?

MJ: Não somente sinto-me livre, mas sinto que estou em pé na frente de Deus. Sinto-me honrado, que sou um afortunado. Àquele que Deus o abençoou para estar em sua presença e que as outras pessoas não entendem, porque elas tratam-nas como se fossem descartáveis​​. Apenas chego à sala e há essa sensação de êxtase. Posso sentir isto, posso tocar nisso e isto evoca delas, porque isto é consciência, é o que é, a espiritualidade.

SB: É a cura para você?

MJ: Isso salvou a minha vida.

SB: Remove a dor quando você está na presença de crianças?

MJ: Salva a minha vida.

SB: Então, se Deus é luz, para usar a metáfora, enquanto que os adultos constroem essas barreiras que bloqueiam a luz e ficam sombrios, as crianças são translúcidas, sem barreiras conscientes entre elas e a luz. A luz de Deus brilha desobstruída através delas.

MJ: Elas são a luz. Eu dizia a Frank em outro dia, em minha opinião, Gavin representa a luz branca que vemos antes de morrermos, aquela esperança que chega. [Gavin foi o menino acometido de câncer que Michael recebeu, juntamente com sua família, em Neverland. Foi a criança que mais tarde se tornaria o acusador de Michael 2003. Michael foi absolvido de todas as acusações.] Não tenha medo, ele é como um anjo. Como não poderia ser doce e amável em sua alma? Há uma mensagem ali em algum lugar, as crianças têm isto.

SB: Mas você é capaz de ser você mesmo e, nesse sentido, você é mais livre sobre as crianças, como você disse, não se coloca todas essas barreiras.

MJ: Sinto mais liberdade quando estou com elas.

SB: Ok, outra coisa que aprendemos com as crianças é a transparência. Ao contrário dos adultos, as crianças são transparentes. Elas não são cautelosas sobre o que querem. É como se fossem feitas de vidro. Você pode ver através delas.

MJ: Posso ver diretamente através delas. Comunico-me com elas em silêncio. Olhando nos olhos, posso sentir exatamente o que dizem, logo que olham para mim, assim que o nosso contato visual é feito, porque a telepatia é realmente forte com as crianças, você pode sentir isso. São leitoras de berço. Elas podem ver quando você não está feliz. Elas leem expressões olhando em seus olhos. Não temos de dizer muito. Podemos fazer isso por meio da expressão. Mas elas estão em um lugar onde podem sentir emoções muito mais fortes do que os adultos. Muito telepática. Estão muito mais em sintonia com o universo inteiro.

SB: Se você vê o mundo através dos olhos de uma criança, o que diria que parece?

MJ: É um presente embrulhado. É mágico. É maravilha. Isto é maravilhoso e você fica curioso sobre tudo. É fantástico. É magnífico. É inspirador.

SB: Quando você vê esse mundo embrulhado para presente, você vê algumas das feiuras do mundo? Vê coisas que o magoam também? Você vê que muitas pessoas são más. Como você lida com isso?

MJ: Não entendo isso. Não compreendo isso.

SB: E você acha que, enquanto não compreender isso, isso significa que você não tem que modificar-se para adaptar-se a isto? Não é como dizer a si mesmo: "Tenho que ficar na defensiva." Ou melhor, você apenas diz para si mesmo: "Apenas não compreendo... Isso não deve ser." Para você isso ainda é um mistério, e se é um mistério, se isto permanece irracional, então isso não pode invadir a sua própria personalidade. Isso não pode penetrar em sua psique. Isso não pode afetá-lo.

MJ: Sim.

SB: Então, se você encontra alguém que seja mau, como você reage quando olha  através dos olhos de uma criança?

MJ: Dói. Quando eu era pequeno, Bill Cosby costumava me ver no corredor dos estúdios da NBC e dizia [com a voz alta e endurecida]: "Ei, o que vocês crianças estão fazendo aqui? Tirem essas crianças daqui."
Todos ficavam rindo, mas eu pensava que era sério e ficava morrendo de medo e chorava. Fiquei durante anos, na verdade, sem gostar dele. Lembro-me que estive em um clube e houve este homem que disse: "Ei, rapaz! O que você está fazendo aqui?" E ele continuaria até que eu chorasse. Eu não entendia, e isso me faria tanto medo de adultos e pessoas de estatura grande. Ficava intimidado por eles por causa disso. Eles não percebem a dor que estão causando quando tratam as pessoas assim. Isso não é engraçado.
É por isso, que quando vejo crianças sou exatamente o oposto. Sou muito, muito gentil, sensível com elas. Não quero cometer nenhum desses erros, de forma alguma. Meu pai costumava fazer isso às crianças. Ele não faz mais, mas lembro-me quando eu era pequeno [levantava a voz agressivamente]. . . "Qual é o seu nome? Onde você mora?" e elas falavam [voz embargada], "Eu moro na rua de baixo." Eu pensava: "Por que ele gosta de fazê-las chorar? Tenho certeza que isto é muito assustador." Nunca esqueci aquela sensação, nunca.

SB: Mas quando você testemunha isso, sua reação é: "Eu não compreendo isso. Por que você está fazendo isso?"

MJ: Por que está fazendo isso? Por que quer machucar alguém assim? Posso dizer quando uma criança está com medo, você pode ver isso em seus olhos e ouvir isso em sua voz. Você faria algo assim?

SB: Espero que não. O que faz você ouvi-las quando até mesmo seus próprios pais não as ouvem?

MJ: Posso sentir as crianças, posso senti-las. Se estão sofrendo, de qualquer forma quero estar lá por elas, onde quer que haja dor.

SB: Você guarda muito disso para si mesmo. Você tem, assim, uma expressão impassível. Quando saímos para jantar, ou quando você vem à nossa casa, as pessoas olham para você e pensam: "O que será que Michael está pensando?" Você guarda tudo isso lá dentro.

MJ: Sim. Mas, não, eu sinto isto. Sinto demais isto. Posso sentir a dor das pessoas.

SB: Você já ficou envergonhado por alguma coisa? As crianças, naturalmente, se sentem envergonhadas.

MJ: Sim, acho que não se deve envergonhar as crianças [provocando-as] a menos que elas possam rir também. Lembro-me de ter sido constrangido tão gravemente. Meu pai fez o pior disso comigo. Ele me batia tão forte quanto podia e, em seguida, empurrava-me para fora na frente dos meus fãs, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Uma coisa é dar disciplina, mas sem envergonhar você.



Próximo Capítulo: Segurança


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