sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Dangerous "



14.   DANGEROUS


(Escrita e composta por Michael Jackson, Bill Bottrell e Teddy Riley.
Produzida por Teddy Riley e Michael Jackson.
Gravada por Jean-Marie Harvat, Bruce Swedien, Teddy Riley e Thom Russo.
Mixada por Bruce Swedien e Teddy Riley.
Arranjo rítmico por Teddy Riley.
Arranjo de sintetizadores por Teddy Riley.
Arranjo de vocais por Michael Jackson.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Sintetizadores: Teddy Riley, Brad Buxer e Rhett Lawrence)


O álbum fecha com o new jack funk industrial de “Dangerous”, uma das mais resistentes, e mais impressionantemente, faixas dançantes produzidas de Jackson. Ela foi também usada para uma das mais memoráveis performances ao vivo dele , em 1995, no MTV Music Awards.

Jackson gravou a primeira versão com Bill Bottrell (um mix da era Bad, conduzida por teclado, que pode ser ouvida no Michael Jackson: The Ultimate Collection), mas o cantor sentiu que algo estava faltando. Não tinha a sensação áspera ou contemporânea que ele estava tentando alcançar. 

Ele, subsequentemente, decidiu trabalhar nela com Teddy Riley. “Eu disse a Michael”, recorda Riley, “Eu gosto de Bill. Eu gosto da produção dele e tudo sobre ele. Mas este é o seu álbum, Michael. Se este é o tom certo, eu posso usar o que você tem no seu canto. Deixe-me mudar todo este fundo e colocar o novo soalho nele. ’ Ele disse ‘Tente isso. Eu suponho que nós temos que usar o que nós adoramos. ’ E nós fizemos. Eu estava muito certo de que se ninguém mais tivesse vindo com uma ‘Dangerous’ melhor, [Michael] teria usado aquela. Portanto, não é sobre mim ou Billy [Bottrell]; é sobre a música. Eu sempre digo que a música é a estrela.”

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

BLISS



BLISS


(FELICIDADE)

Escrito por Peacelover Mcol 

Era uma vez um anjo chamado Bliss.
Brilhante, brilhante e esplendidamente brilhante! 
Rodopiando, voando além das estrelas, 
girando e dançando na lua, 
Cantando em voz celestial! 
Encantando o Universo todo! 

Um dia, Bliss clamou a Deus, 
"Pai Celestial! A terra está morrendo! 
Há crianças perdidas, órfãs e famintas 
E morrendo de AIDS !! 
Seus choros estão rompendo meu coração !! 
As gangues estão tentando matar um ao outro! 
Há ódio e intolerância 
E guerras entre raças e credos! 
Você tem me abençoado com tantos dons, 
Por favor, deixe-me preencher seus coraçãos com alegria e risos. 
Eu sei que posso CURAR O MUNDO! "

Mas Deus disse: "Muitos antes foram em meu nome 
E o mundo ignorou-os". 

"Mas eu vou obter a atenção deles primeiro!" exclamou Bliss! 

"Ah, o espírito está pronto, mas a carne é fraca", disse Deus, 
"Como um homem de livre arbítrio, você vai conhecer muitas tentações e 
limitações. Você deixará de ser invencível. Perderá 
sua capacidade de voar."

Bliss assegurou a Deus, “Eu ficaria feliz em desistir de tudo 
para ensinar-lhes que eles são todos uma parte de você e de mim 
e uns aos outros!"

Então Deus levantou um espelho e disse: "Você perderá seu semblante angelical. Não importa o quão duro você tente, 
Você nunca será capaz de recriar o seu
brilho celestial. "

"Então vou ensiná-los como mudar!" disse Bliss. 

"Você aprenderá que a Fama é Perigosa. 
Posses terrenas o tentarão. 
Conhecerá a solidão no meio de uma multidão. 
Não saberá em quem confiar. 
As pessoas vão querer lucrar com os seus dons.” Deus advertiu. 

Bliss respondeu: "Então vou ensiná-los a compartilhar!" 

"Mas", Deus disse: "há muitas crianças para somente 
uma pessoa fazer a diferença."

"Então lembrarei a todos de que eles são o mundo 
e devem amar um ao outro.” Disse Bliss. 

"Querido Bliss”, Deus suspirou, "seu coração é grande demais para um corpo humano. 
A Natureza humana pode ser tão cruel! 
Você conhecerá o amor e a alegria, 
Mas também a tristeza, 
Provações e tribulações, 
Dúvidas e frustrações, 
Violência e turbulência, 
Dor e angústia, 
Zombaria e rejeição, 
Fadiga, doença, 
E até mesmo a morte. "

"Então, vou ensiná-los a SORRIR”, disse Bliss radiante.

"O mundo vai lhe ferir e lhe perseguir. Olhe o que fizeram ao meu filho." 

"Então, como seu filho, vou ensiná-los a perdoar." 

"Se você se tornar um homem", perguntou Deus ", que raça você prefere?"

Bliss respondeu: "Não importa, vou fazê-los ver que 
a cor da pele não faz diferença. É o que está em seu coração que conta. "

"Uma última pergunta, Bliss, Se eu te enviar à Terra, 
Há alguma coisa que você desejaria?"

"Meu único pedido, Pai Celestial, é nascer em uma família que conheça VOCÊ 
e que Te ame. Tudo mais se resolverá. "Bliss fez reverência. 

Assim Deus proclamou...
"Vou enviá-lo a uma família, na Jackson Street, 2300 em Gary, Indiana, EUA 
Você será Michael Joseph Jackson 
Nascido para divertir, para inspirar e encantar! "

E, como o espírito de Bliss partiu do céu para a Terra, Deus sussurrou em seu ouvido, 
"Lembre-se... 
Você não está sozinho, estou sempre em seu coração!"


...............

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Gone To Soon "


13.  GONE TO SOON

(Música de Larry Grossman, letra de Buz Kohan.
Produzida por Michael Jackson; coproduzida por Bruce Swedien.
Gravada e mixada por Bruce Swedien.
Vocal solo: Michael Jackson.
Orquestra arranjada e conduzida por Marty Paich.
Prelúdio composto, arranjado e conduzido por Marty Paich.
Arranjo rítmico por David Paich. Teclados: David Paich.
Sintetizadores: David Paich, Steve Porcaro e Michael Boddicker.
Baixo: Abranh Laboriel.
Percussão: Paulinho Da Costa)


Depois da morte de Michael Jackson, essa tranquila balada foi, de repente, infundida com novos significados. A original inspiração dela foi Ryan White, um adolescente americano de Kokomo, Indiana, que foi diagnosticado com HIV/AIDS, em 1984, quando ele tinha apenas treze anos de idade. 

White era frequentemente provocado e ameaçado na escola, e quando as ameaças se tornaram violência, a família dele foi forçada a deixar a sua cidade natal. 
White, subsequentemente, tornou-se um porta-voz para educação sobre AIDS (AIDSera profundamente incompreendida e temida naquela época.)

Jackson se tornou amigo de Ryan White em 1989. Nos anos finais da curta vida de White, os dois passaram muitos dias juntos em Neverland, formando um laço de amizade profundo. 

“Ele não se importava sobre a raça que você era, qual cor você era, qual era sua deficiência, qual era sua doença”, recordou a mãe de White, Jeanne. “Michael simplesmente amava todas as crianças.”

White morreu em 1990, exatamente antes da graduação escolar. “Gone Too Soon” e o vídeo que a acompanha, uma montagem da vida de White, foi um tributo de Jackson à vida e à causa dele.

Um dos mais sentimentais vocais de Jackson, essa canção simples (escrita por Buz Kohan), em uma sequencia de metáforas, transmite a fragilidade e transcendência da vida. “Nascido para divertir, para inspirar, para encantar/Aqui, um dia/ Foi-se, uma noite.” 


“Alguém pode nunca escolher esquecer quanto ódio mordaz foi vomitado contra os pacientes de AIDS no auge da transmissão do vírus”, escreveu Jason King. “Jackson lançou o tributo dele em um momento nos anos 90, quando, eu não posso lembrar muitos, se algum, artista do hip-hop desejava falar ou discutir sobre AIDS publicamente. ‘Gone Too Soon’ pode ter sido sentimental, mas era autentica, foi tenra e terrivelmente comovente, uma genuína expressão da paixão e cuidado de Jackson por uma pessoa jovem que tinha sido vitimada.”

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Keep the Faith "



12.           KEEP THE FAITH

(Escrita e composta por Glen Ballard, Siedah Garret, e Michael Jackson.
Produzida por Michael Jackson; coproduzida por Bruce Swedien.
Gravada e mixada por Bruce Swedien.Arranjo por Glen Ballard, Jerry Hey e Rhett Lawrence.
Arranjo do coro pelo Coro Andraé Crouch.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Vocais de fundo: Siedah Garret e Shanice Wilson.
Piano e baixo: Jai Winding.Bateria, percussão e sintetizadores: Reth Lawrance.
Bateria e percussão: Bruce Swedien.Sintetizadores: Michael Boddicker.
Guitarra: David Williams)



“Keep the Faith” reúne o mesmo time (exceto Quincy Jones) que criou “Man in the Mirror”. 


Como a predecessora dela, “Keep the Faith” é uma música sobre superar barreiras e acreditar na habilidade de alguém em fazer diferença no mundo. 

Enquanto a letra pode ser um pouco clichê, a execução vivaz de Jackson aumenta o motivacional fervor gospel da faixa. Na verdade, para apreciar completamente a música, é preciso entender o papel que igreja negra – e a música gospel – tem desempenhado na história americana, como uma força de solidariedade, apoio e fortalecimento em face da opressão e injustiça. 
Com raízes na dor e na emoção de espirituais e blues, músicas gospel contam uma história de sofrimento e resistência. Elas conectam o presente com o passado. 
Como W.E.B. Du Bois escreveu na virada do século: “A música da religião Negra ainda mantem-se a mais original e bela expressão da vida humana e saudade já nascida no solo americano… 
Intensificada pela trágica vida da alma de escravos… ela se tornou uma verdadeira expressão do sofrimento, desespero e esperança de um povo”. Infusão Gospel de “canções de liberdade”, é claro, também desempenharam um papel chave no movimento dos direitos civis.
Jackson, dessa forma, está tocando em um gênero com um profundo e rico passado, o entendimento dele sobre isso começou coma mãe dele, que foi criada no Sul. Ele também cresceu escutando artistas como Sam Cooke, Ray Charles e James Brown, todos os quais tinham raízes no gospel, mas misturaram isso ao soul e ao rhythm and blues e a tornou acessível a um público “pop” mais amplo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Will You Be There "



11. WILL YOU BE THERE

(Escrita e composta por Michael. Produzida por Michael Jackson.
Coproduzida por Bruce Swedien.
Gravada e mixada por Bruce Swedien e Matt Forger.
Arranjo do coro por Andraé e Sandra Crouch, apresentando o Coro Andraé Crouch.
Orquestra arranjada e conduzida por Johnny Mandel.
Arranjo rítmico por Michael Jackson e Greg Phillinganes.
Arranjo dos vocais: Michael Jackson.
Tecado: Greg Phillinganes e Brad Buxer.
Sintetizadores: Michael Boddicker.
Sintetizadores e programação de sintetizadores: Rhett Lawrance.
Bateria e percussão: Paulinho Da Costa.
Prelúdio: Nona Sinfonia de Beethoven em D Minor, Opus 125.
Performada pelo Coro da Orquestra de Cleveland, dirigida por Robert Shawn e conduzida por George Szell)







“Will You Be There” levou Michael Jackson para dentro de outro território artístico. A peça de quase oito minutos é, essencialmente, uma épica trilha sonora de filme, com raízes noblack gospel, mas fundido com música clássica e rhythm and blues. Ela é, ainda, outro exemplo da extraordinária habilidade de Jackson em criar a partir de díspares estilos musicais e fazê-los funcionar juntos. 


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Give In To Me "



10. GIVE IN TO ME

(Escrita e composta por Michael Jackson e Bill Bottrell.
Produzida por Michael Jackson e Bill Bottrell.
Gravada e mixada por Bill Bottrell.
Guitarras gravadas por Jim Mitchell, assistida por Craig Brock.
Especial performance de guitarra por Slash.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Baixo, bateria, mellotron e guitarra: Bill Bottrell. Guitarra: Tim Pierce)


Como “Who Is It”, “Give In To Me” vem de um lugar de profundo conflito interior. Ela é uma faixa furiosa, mercurial, que começa com um zumbido Mellotron e uma lenta guitarra dedilhada, antes de explodir em iluminados borbotões de agressões reprimidas. Jackson tinha feito rock antes, mas não assim. Músicas como “Beat It” e “Dirty Diana” eram mais teatrais; “Give In To Me”, em contraste, era crua e grungy, com elementos que vão dos Rolling Stones e David Bowie a Guns ‘N’ Roses e Nirvana.

Jackson começa desenvolvendo a música com Bill Bottrell em 1990. “[‘Give In To Me´] foi uma revelação”, recorda Bottrell. “Michael caminhou pela sala e eu, por acaso, tinha uma guitarra em minha mão e eu toquei o riff principal para ela e ele disse: ‘Bill, esse é um ótimo som’. Daí, ele cantarolou a melodia pra mim”. A música desenvolveu a partir disso, embora Bottrell, agora, lamente que eles não tenham ficado com uma anterior versão simplificada. “Nós sentamos em dois banquinhos no Record One e nós tocamos essa música”, lembra Bottrell da versão anterior. “Eu deveria ter deixado isso quieto. Era absolutamente deslumbrante.”

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Who Is It "




9. WHO IS IT

(Escrita e composta por Michael Jackson, produzida por Michael Jackson e Bill Bottrell.
Gravada e remixada por Bill Bottrell.
Arranjos de teclados por Brad Buxer e David Paich.
Arranjo de corda por George del Barrio.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Arranjos por Michael Jackson.
Bateria: Bryn Loren e Bill Bottrell.
Baixo: Bill Bottrell (sintetizadores) e Louis Johnson (baixo-guitarra).
Performance e programação de teclado: Brad Buxer, Michael Boddicker, David Paich, Steve Porcaro e Jai Winding.
Solo do violoncelo: Larry Corbett.
Voz soprano: Michael Jackson e Linda Harmon Concert master: Endre Granat)



“Who is It” tem sido sempre ligada a “Billie Jean” e é fácil ver por quê. Ambas as músicas são maravilhas sonoras; ambas contêm tema sombrio, tormentoso, enigmático; e ambas têm incríveis linhas de baixo. Mas enquanto “Billie Jean” tem sido, largamente, reconhecida como a obra-prima que ela é, “Who is It” continua, relativamente, ignorada. 

Adam Giham, do Sputnickmusic, a descreveu como uma “música criminalmente menosprezada”. 
Na verdade, em um álbum cheio de músicas extraordinárias, “Who Is It” fez um forte argumento por ser a melhor de todas.Jackson concebeu a faixa em 1989, não muito depois de retornar da Bad World Tour. “Eu apenas me lembro dele vindo até mim e cantando isso, cantando a linha de baixo para mim, e o clima que ele queria”, recorda Bill Bottrell. “E isso meio que cresceu daí.” 
Bottrell e Jackson trabalharam com Brad Buxer e David Paich para conseguir o som e o arranjo exato. “As partes vieram quase instantaneamente’, recorda Buxer. Quase não houve nenhum processo de pensamento.” A percussiva abertura e finalização de Jackson permaneceram amplamente intocadas. “O processo é criar um vocal rítmico para um metrônomo– o que é um som, uma batida rítmica”, Jackson explicou o processo beatboxing dele. “E você está fazendo esses barulhos com a boca para essa batida. Esses sons podem ser enlaçados de acordo com como você os experimenta no computador de novo e de novo. Essa é a sua fundação para toda a faixa – tudo toca disso. Esse é o ritmo… Toda música que eu tenho escrito, desde que eu era muito pequeno, eu tenho feito assim. Eu continuou fazendo desse jeito.”Jackson, na verdade, demonstrou o fundamento para a música em uma improvisada performance, a capella, na entrevista dele, em 1993, com Oprah Winfrey.

O momento provocou uma reação tão forte que a Sony decidiu lança-la como o próximo single do álbum (no lugar da planejada “Give In To Me”). (Greg Tate, do Village Voice, mais tarde, escreveu sobre o momento: “Meu oficial favorito clipe de Michael em todos os tempos é aquele dele no viciante beatboxing, na Oprah [o estimulante som 808 dele poderia facilmente castrar até mesmo o de Rahzel!] e livremente fazendo uma nova jam em criação – instantemente conectando Michael em uma sincopada batida cardíaca para estes tributos espirituais, que Langston Hughes descreveu, aqueles ‘são velhos como o mundo e mais velhos que o fluxo do sangue humano em veias humanas’. O cerne da questão: qualquer um que desafie Michael Jackson com um teste racial definitivo, vindo com um evento real de batalha rythman-and blues terão a bunda real deles engraxada.”)

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Black or White "



8.    BLACK OR WHITE

(Escrita e composta por Michael Jackson;
produzida por Michael Jackson e Bill Bottrell.
Gravada e mixada por Bill Bottrell.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Bateria: Bryan Loren. Letra do rap por Bill Bottrell.
Percussão: Brad Bruxer e Bill Bottrell.
Baixo: Bryan Loren (moog) e Terry Jackson (guitarra-baixo).
Teclado: Brad Buxer, John Barnes e Jasen Martz.
Guitarra Bill Bottrell.
Guitarra heavy Metal: Tim Pierce.
Sequenciador de velocidade: Michael Boddicker e Kevin Gilbert.
Rap performando por L.T.B.
“Introdução”: Especial performance de guitarra por Slash.
Dirigido por Michael Jackson.
Composta por Bill Bottrell.
Engenharia de som e designer: Matt Forger.
Filho interpretado por Andres Mckenzie.
Pai interpretado por L.T.B.)



“Black or White” foi o maior single de Jackson, na América, desde “Billie Jean”. Ela ficou no #1 da Billboard Hot 100 por sete semanas e se tornou o rock single mais vendido dos anos noventa. Ela também foi o maior sucesso global dele, atingindo o topo dos charts em vinte países, incluindo o Reino Unido, Austrália, Áustria, Bélgica, Cuba, Dinamarca, Finlândia, França, Israel, Itália, Japão, México, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Zimbabwe.

Com o instantaneamente identificável riff de guitarra dela, “Black or White” foi uma explosiva fusão pop-rock-rap, com uma mensagem de harmonia racial e uma corrente de indignação. Isso foi em um momento em que tensões raciais estavam elevadas, após o espancamento de Rodney King, pela polícia, e os subsequentes motins em Los Angeles. O curta-metragem, do mesmo modo, é, sem dúvidas, o mais envolvente vídeo musical da carreira de Jackson. O crítico cinematográfico Armond White o chamou de “um dos melhores vídeos musicais já feitos”.

Como muitas músicas de Jackson, “Black or White” teve um longo processo de gestação. Ele esteve mexendo em partes dela desde as sessões de Bad. “Tão logo nós chegamos noWestakle [Studio], a primeira coisa que Michael cantarolou para mim foi “Black or White”, recorda o produtor Bill Bottrell. “Ele cantou para mim o riff principal sem especificar qual instrumento seria tocado.” Bottrell, por fim, escolheu uma guitarra Guibson LG2, de 1940, para “criar esta grande parte, pungente, de velha guitarra de rock & roll acústica”. Enquanto Bottrell adorou o som, ele não estava certo se Jackson consideraria. Jackson também adorou. “Ele aceitou quando ele escutou pela primeira vez”, disse Bottrell, “e eu fiquei realmente feliz em colocar aquele tipo de som clássico em um álbum de Michael Jackson”. Tem sido suposto por muitos que o famoso riff de guitarra da música foi tocada por Slash, mas a parte de Slash foi, na verdade, no prelúdio (durante a briga entre pai e filho, o que, como “Heal the World”, foi orquestrado por Matt Forger).

Jackson e Bottrell continuaram a voltar à faixa durante os próximos dois anos, construindo-a peça por peça. “Este é o tipo de coisa que ele faz”, recorda Bottrell. “Isso parece meio aleatório, mas é como se ele fizesse as coisas acontecerem por omissão. Não há ninguém mais e é como se ele soubesse que é isso que você está enfrentando e lhe desafia a fazer isso.” Interessantemente, enquanto a faixa tomou anos, Jackson (que, geralmente, gravava os vocais centenas de vezes antes de estar satisfeito) determinou o vocal na primeira tomada. “O cara é absolutamente natural”, recorda Bottrell, “e, para mim, a melhor coisa sobre ‘Black or White’ era que o vocal improvisado dele continuou intocado durante o ano seguinte [de trabalho em Dangerous] e terminou sendo usado na música finalizada… Eu considerei esse vocal brilhante, tão solto, backgrounds imperfeitamente postos em camadas; era perfeitamente encantador. Em oposição a algumas das outras pessoas que trabalharam com Michael, naquela época, quando eu era autorizado a produzir, eu iria, consistentemente, tentar ir para vocais simples, compilando-os de duas ou três tomadas, com soltos backgrounds e sentimentos mais instintivos. Nesse caso, ele veio com vocal guia e faixa background tão encantadores, que eu realmente resolvi continuar isso. É claro, tinha que agradá-lo ou ele nunca teria me deixado seguir em frente com isso.”

Jackson gostava do jeito que a música estava se desenvolvendo, mas ainda tinha algumas lacunas, uma da quais ele queria completar com um solo de rap. Jackson, inicialmente, tentou trazer Heavy D. ou LL Cool J para fazer o trabalho (ambos os quais fizeram o rapem outras músicas durantes esse período), mas depois de ouvir a amostra da versão de Bill Bottrell, ele sentiu que estava perfeito do jeito que estava. “De minha parte”, brinca Bottrell, “eu não pensava muito em rap branco… [mas] eu toquei para Michael no dia seguinte e ele ficou: ‘Ohhh, eu adorei, Bill, eu adorei. Deve ser esse. ’ Eu continuei dizendo: ‘Não, nós temos que conseguir um rapper de verdade’, mas assim que ele ouviu minha performance ele ficou cometido por ela e não poderia considerar usar ninguém mais.” A ponte, igualmente, foi completada com o impetuoso ataque vocálico de Jackson sobre afluentes acordes de guitarra.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Heal the World "


7. HEAL THE WORLD


(Escrita e composta por Michael Jackson.
Produzida por Michael Jackson.
Coproduzida por Bruce Swedien.
Gravada e mixada por Bruce Swedien e Matt Forger.
Arranjo do coro por John Bahler apresentando os Cantores de John Bahler.
Orquestra arranjada e conduzida por Marty Paich.
Arranjo rítmico por Michael Jackson.
Arranjo vocálico por Michael Jackson e John Bahler.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Vocal solo final: Crista Larson.
Garota no playground: Ashley Farell.
Teclado: David Paich e Brad Buxer.
Sintetizadores: Michael Boddiecker, David Paich, e Steve Porcaro.
Bateria: Jeff Porcaro. Percussão: Bryan Loren)


Diferentemente de “We Are The World”, que é amplamente aclamada pela mensagem humanitária e propósito dela, “Heal the World” foi recebida com generalizado cinismo, particularmente nos Estados Unidos. O New York Times a chamou de “pegajosamente doce” e “banal”, enquanto All Music Guide se referiu a ela como “suavidade de classe média”. 

Esta dramática mudança na resposta, todavia, pareceu ser mais um indicador do contexto cultural (o pessimismo e desilusão geral do grunge e do rap dominavam a cena musical em 1992), que qualquer diferença nos méritos das músicas.

“Heal the World”, como outros hinos da natureza dele, pode ser visto como sentimental e idealista. Entretanto, para Jackson, o ponto de um hino humanitário era muito simples. Ele queria uma música com uma mensagem simples e uma melodia simples: algo que o mundo inteiro poderia cantar, independentemente de linguagem, raça ou cultura. Em particular, ele queria que as crianças desfrutassem e se beneficiassem disso. “Heal the World” era o veículo para esses objetivos sociais.

A música foi uma das primeiras a serem escritas e gravadas durante as sessões de Dangerous. 
Jackson veio com a melodia e letra em 1989 e começou a trabalhar nela, no estúdio, com Matt Forger e Brad Buxer, entre outros. Para a introdução, ele teve Forger saindo para “gravar crianças apenas sendo crianças”. Ele queria que elas dissessem algo sobre a situação do mundo/planeta/meio-ambiente de uma perspectiva de uma criança, e ele queria que isso fosse natural e não roteirizado. Isso acabou sendo uma tarefa mais desafiadora do que parecia ser. “Eu devo ter gravado mais de cem crianças”, recorda Matt Forger. 
 “Eu liguei para todos os parentes que eu conheço. Finalmente, eu entrevistei a filha de uma amiga de minha esposa. Eu comecei fazendo a ela perguntas sobre a terra e ela disse estas linhas: "Nós temos que pensar em nossos filhos e nos filhos de nossos filhos…" isso foi totalmente sincero. Sem qualquer pretensão ou instrução.” 
Forger trouxe isso para Michael e ele achou que estava perfeito. “Eu comecei editando isso para tirar algo do gaguejo e Michael disse: "Não, não, deixe isso."
Ele adorava esse tipo de espontaneidade e inocência e é isso que ele queria capturar.”

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Can’t Let Her Get Away "



6. CAN’T LET HER GET AWAY


(Escrita e composta por Michael Jackson e Teddy Riley.
Produzida por Teddy Riley e Michael Jackson.
Gravada e mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley, Dave Way e Jean-Marie Harvat.
Sequenciamento e programação: Wayne Cobham.
Arranjo rítmico por Teddy Riley.
Arranjo de sintetizadores por Teddy Riley.
Arranjo vocálico por Michael Jackson.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Teclado e sintetizadores: Teddy Riley)



Enquanto as performances vocais de Jackson em músicas como “Jam” e “She Drives Me Wild” mostram clara influencia do “Padrinho do Soul”, “Can’t Let Her Get Away” é, talvez, o mais próximo que Jackson chega em homenagear o ídolo de muito tempo dele, James Brown. Geralmente considerada como a menos memorável música do álbum, esta sussurrada faixa rítmica é, todavia, um precoce e pioneiro experimento em fundir o primitivo funk da era anos 60 com hip-hop. O crítico musical Bem Beaumont-Thomas elogia a música como “diabolicamente complexa, carregada com múltiplas camadas*scratching de programação de bateria, e batidas reluzentes de *brass hiperartificial. Na mecânica complexidade e tensa precisão funky dela, ela espelha e amplifica a exatidão corpórea e vocálica de Jackson”.

Quando Jackson não está grunhindo e arquejando, ele está cantando em um elevado falsete e até mesmo fazendo rap. “A engasgada estática e gritos de Michael são ainda maravilhas da natureza”, escreve o crítico musical Chuck Eddy. “‘Can’t let Her Get Away’, uma ininterrupta, não linear, enxurrada de explosões *bopguns pops e zunidos de abelha,*vamps, guinchos e gorgolejos, flechas de Cupido voam pelo espaço e o que, a um ponto, poderia ser uma torneira gotejando, tem mais energia disco que qualquer outra coisa que Jackson registrou desde Off te Wall.”


domingo, 12 de outubro de 2014

Seu Mundo – Sua Neverland



O que é um inocente?

O que isso significa?

Quando penso em uma pessoa que é "inocente", penso em alguém pura de coração, que não deixou o mundo mancha-lo. Penso em alguém que ainda acredita em magia; alguém que abraça árvores porque ele ou ela sabe que elas adoram abraços; talvez ele seja alguém que ouve a música em sua cabeça o tempo todo, cantarola-a e, em seguida, faz uma música e compartilha; Eu acho que de alguém que sempre vê o copo meio cheio e vê o mundo da mesma maneira. E quando o mundo não parece meio cheio, ela arregaça as mangas e faz o que pode com o dom que lhe é dado.

A todo mundo é dado um dom. A todo mundo é dado o seu próprio dharma (razão para estar aqui e trajetória de sua vida.) Meu dharma não é o seu dharma e da mesma forma o seu não é meu para fazer. Mas é seu para fazer.

Imagino alguém que encontraria o mundo necessitando em alguma área, encontraria uma maneira de compartilhar a sua visão de um mundo unificado e pacífico e faria tudo em seu poder para pintar esse mundo para os outros, com suas palavras e suas ações. 


"We Are the World"

Penso em alguém que, em vez de ser cínico, acredita no potencial da humanidade para determinar a sua própria evolução em direção a um ser amável e mais iluminado que pensa com o coração de muitos e não a partir da sombra da escassez.

Penso em alguém que ...

"Jam".

Alguém vem à mente?




Por Barbara Kaufmann
Fonte: http://www.innermichael.com/2014/10/your-world-your-neverland/


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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " Remember The Time "


5. REMEMBER THE TIME

(Escrita e composta por Teddy Riley, Michael Jackson e Bernard Belle.
Produzida por Teddy Riley e Michael Jackson.
Gravada e mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley e Dave Wayne Cobham.
Arranjo rítmico por Teddy Riley.
Arranjo de sintetizador por Teddy Riley.
Arranjo vocálico por Michael Jackson.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Teclado e sintetizadores: Teddy Riley)


Como clássicos anteriores (“Rock With You” e “The Way You Make Me Feel”), “Remember the Time” é um puro, inalterado, êxtase pop. Ela é, também, indiscutivelmente, a culminação do som new jack swing: suave, meticulosamente trabalhada R&B construída em um enérgico contratempo, com vocais emotivos. Teddy Riley a chamou de favorito trabalho colaborativo dele com Jackson. A música chegou ao #1 nos charts R&B e # 3, noHot 100 em 1992. Com a forte sensação analógica dela e vintage groove de órgão, “Remeber the Time”, sabiamente, transmite o calor e nostalgia da letra da música. Jackson canta em um registro notavelmente baixo, um “suave tenor [que] vibra sobre requintada harmonias de fundo”.
Ele também remete à divertida improvisação de Off the Wall, com alguma scratting na ponte.

“Uma das maiores coisas com as quais Michael realmente me surpreendeu com o álbum Dangerous foi o vocal dele apresentado em ‘Remember the Time’”. recorda Teddy Riley. “Isso realmente me surpreendeu. Eu vim para esse projeto com essa faixa. Este era o som que eu estava pensando para esse álbum… e ele adorou – adorou desde o começo.” Jackson e Riley começaram a trabalhar na faixa imediatamente. 

“Michael perguntou se ele poderia cantar o gancho”, recorda o engenheiro de gravação, Dave Way, “o que era tudo o que estava escrito para a letra, naquele momento, e ele foi e cantou o primeiro refrão, primeira nota (melodia). Agora, o produtor (Teddy Riley) e eu estávamos habituados em cantar o refrão uma vez com todas as partes dele, então, voamos para outros refrãos. Portanto, quando o primeiro refrão foi terminado, eu parei a gravação e Michael, espantado com isso, disse: ‘Por que você parou? ’ Daí nós explicamos o voo e etc. Ele disse: ‘Bem, eu gosto de cantar cada parte por todo o caminho’. Assim, nós voltamos, começamos a música do início e observamos Michael cantar cada nota e harmonia, duas vezes, três vezes, e, então, talvez, quatro vezes – cada vez cantando perfeitamente, vibratos encaixando perfeitamente, perfeitamente sintonizado, ritmicamente perfeito, sabendo exatamente o que ele queria fazer o tempo todo. Nós estávamos fazendo todos os ganchos mais rápido do que se eu os tivesse selecionado. Perfeito. Aquele foi um dia”.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " She Drives Me Wild "



4. SHE DRIVES ME WILD


(Escrita e composta por Michael Jackson e Teddy Riley.
Produzida por Teddy Riley e Michael Jackson.
Gravada e mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley, Dave Way e Jean-Marie Harvat.
Sequência e programação: Wayne Cobhan.
Arranjo rítmico por Teddy Riley.
Arranjo de sintetizadores por Teddy Riley.
Letra do rap por Aqil Davidson.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Teclado e sintetizadores: Teddy Riley. Rap performando por Wreckx -N- Effect)



“Speed Demon” demonstrou o perspicaz uso de sons cotidianos, por Jackson, para criar música envolvente, “She Drives Me Wild” estende ainda mais esse interesse, colocando Dangerous dentro de um tipo de atualização do álbum de inspiração urbana Pet-Sounds. 


No lugar de instrumentos tradicionais, Jackson desenvolveu uma faixa rítmica inteira com buzinas de carros, motores, sirenes, portas batendo e outros “barulhos” da rua. “Até mesmo o baixo é uma buzina de carro”, diz Teddy Riley.

Frequentemente estigmatizado como um artista preocupado apenas com viabilidade comercial, músicas de Jackson, como esta, demonstra o interesse dele em experimentar e inovar. 

Como Chuck Edy, do Village Voice, escreveu em uma crítica, em 1991, “se não há nada novo acontecendo nesse álbum, como certos tolos tem alegado (como alguns dos mesmos tolos alegaram quando Bad, o que eles gostam agora, saiu), como eles explicam todo este barulho? Logo depois de [‘In the Closet’], [‘She Drives me Wild’] abre com musique concretè, ‘Summer in the City’/Espressway to Your Heart’, ruído de tráfego…exatamente que ‘tendência’ ele está tentando ‘acompanhar’ aqui?”

Na verdade, a faixa não apenas utiliza uma série de interessantes efeitos sonoros, mas também, espertamente, justapõe veros funky, contundentes, com harmonias suaves, texturizadas, no refrão. 

Por toda a música, as cordas de Jackson fornecem uma tensão cinematográfica, capturando a sensação de dirigir por uma sombria rua da cidade. Ela antecipou algumas músicas de artistas de hip-hop do West Coast, como Tupac e Dr. Dre. Na ponte, Aqil Davidson, do Wreckx – N- Effect, oferece um solo de rap, que Jackson fecha com um percussivo “hoooo!” de time perfeito.

Em Bad, Jackson estava ainda relutante em inserir hip-hop no trabalho dele, mas aqui – e em um punhado de outras faixas de Dangerous – ele estabelece um esboço para a fusão rap-pop.






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terça-feira, 7 de outubro de 2014

LIÇÃO DIFÍCIL ESSA...


Tantos passaram por aqui, procurando nos ensinar sobre o amor... Mas a humanidade não estava pronta para entender o verdadeiro sentido dessa palavra.
Muitos foram maravilhosos, mas nenhum deles conjugou tão bem, numa só vida, tantas qualidades, tantos talentos, como Michael.
Michael conseguiu vir a este mundo e unir forças do céu e da terra numa harmonia perfeita.

Da cintura pra baixo ele é totalmente ligado à terra, que é o que lhe dá sensualidade, coragem, ousadia, impulso de vida.
Da cintura pra cima, ele é ligado ao céu, que lhe dá um coração genuinamente bom, uma mente privilegiada, voltada para as forças muito evoluídas.

Meditando, me veio à mente, a mensagem que Michael tentou passar desde o dia 25/06.
Muitos de nós, já tinha conhecimento que estava para acontecer algo muito grande, que iria mexer com a mente da humanidade inteira.
Jamais pensávamos que isso partiria de alguém que já conhecíamos.

Deus esperou, acreditou em nós, no nosso empenho em aprender mais sobre esse sentimento que é o maior poder do Universo. O Amor Incondicional.
Ele acreditou que nos esforçaríamos por sermos menos distraídos com fatos e assuntos que fossem mais importantes para nós e o mundo.
Ele esperou que trabalhássemos nossos pontos fracos, de forma a diminuir nosso ego, e com isso a paz dentro e fora de nós se daria mais facilmente.

sábado, 4 de outubro de 2014

Michael Jackson - Palestra em Oxford



(O discurso de Michael em Oxford está abaixo desse texto)

"Relembrando 2001, não podemos deixar passar que no último ano Michael desfilou com dois amigos curiosos: Uri Geller, de quem foi padrinho de casamento, e o rabino Shmuley Boteach. Há quantas andam estas amizades hoje, não sabemos. O fato é que, com o rabino, Michael chegou a fundar a Heal the Kids, uma fundação com o propósito de aproximar pais e filhos, sobre a qual simplesmente não se tem ouvido mais falar, depois de muito alarde.

Na modesta opinião desta coluna, que bem pode estar cometendo o pecado da maledicência, tudo que Boteach parecia querer era poder dizer: “Sou eu este aí na foto, ao lado de Michael Jackson”. Talvez Michael tenha se dado conta disso a tempo. De qualquer forma, este tipo de conversa de comadres não nos interessa aqui. De significativo em tudo que envolveu o projeto Heal the Kids, foi a palestra ministrada por Michael em Oxford.

Mas quantas pessoas, fora os fiéis fãs, se lembram que Michael Jackson esteve em Londres, não para cantar, não para receber algum prêmio, não para acompanhar Liz Taylor em alguma homenagem, mas para uma conferência em uma das principais universidades do mundo? Com dois ossos quebrados no pé, Michael chegou a aparecer em cadeira de rodas, mas, na maior parte do tempo, preferiu as muletas, as quais usou de um modo um tanto quanto desajeitado, diga-se de passagem.

A aparência, de um modo geral, era a de um homem cansado e fragilizado, se esforçando para cumprir o compromisso que havia assumido e ainda ser polido com os fãs. Com dificuldades, a palestra foi ministrada em pé. Michael fez questão. A imprensa, do lado de fora por ordem de Michael, reagiu como esperado. Deboche, cinismo e distorções do texto lido por Michael. Assim, o que Michael ganhou com isso?

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Man In The Music: Capítulo 4 - Dangerous - " In The Closet "



3. IN THE CLOSET


(Escrita e composta por Michael Jackson e Teddy Riley.
Produzida por Teddy Riley e Michael Jackson.
Gravada e mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley e Jean-Marie Harvat e Dave Way.
Sequência e programação: Wayne Cobham.
Arranjo rítmico por Teddy Riley.
Arranjo de sintetizadores por Teddy Riley.
Arranjos vocálicos por Michael Jackson.
Dueto: Michael Jackson e Princesa Stephanie de Mônaco.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Teclado e sintetizadores: Teddy Riley)



A tensão sexual é palpável neste pouco conhecido hit Top Ten (a música chegou a # 6 nos Estados Unidos em 1992). A faixa foi inicialmente concebida como um dueto com Madonna, mas ela passou, depois que Jackson não quis a letra dela. Entretanto, Jackson foi capaz de alcançar a ambiguidade sugestiva pela qual ele esperava. Desde o intencionalmente provocativo título, “In the Closet” joga com as expectativas sobre identidade e sexualidade. (“Somente Jackson usaria esse título para uma canção de amor heterossexual que começa dizendo: ‘Não esconda seu amor/ De mulher para homem’”, satiriza John Pareles.) Apresentando uma batida fluida, estrondosa, e as sensuais súplicas de uma garota misteriosa (performada pela Princesa Stephanie de Mônaco), Jackson canta saudosamente sobre um secreto caso de amor.

Na crítica de 1991, o New York Times descreveu a faixa como a “melhor música do álbum”: “é o tipo de música que faz Jackson um megastar, quando a era da AIDS começa”, observa Jon Pareles, “tudo sobre desejo e negação, risco e repressão, isolamento e conexão, privacidade e revelação. Mais uma vez, Jackson enfrenta uma mulher sedutoramente perigosa, incorporada por uma voz feminina dizendo coisas como: ‘Se está doendo, você tem que esfregar’. Ela não apenas quer seduzi-lo, ela quer ‘abrir a porta’, enquanto ele insiste (contrariamente à introdução dele) que eles ‘mantenham isso em segredo’. O cantor está dividido, querendo ‘dar para você’, mas se segurando; as últimas palavras sussurradas dele são ‘Desafie-me’, seguidas pelo som de uma porta – fechando, ou sendo escancarada”.

Esse é um dos inúmeros efeitos sonoros bem executados. Começando com um elegante piano e prelúdio de cordas, a música prossegue em experimentar com todo tipo de som de percussão: vidros quebrando, portas batendo, dedos estalando, e uma variedade de barulhos industriais. Jackson também usa uma série de grunhidos e gemidos para transmitir a sensualidade de álbum. A persistente, giratória batida, contudo, e a mais memorável apresentação da música. Originalmente concebida por Jackson no Dictaphone dele, ela foi aprimorada no estúdio, com coprodução de Teddy Riley. “Nós usamos uma variedade de tambores mecânicos, mas nós comprimimos todos os nossos taróis para fazer um ‘em pop’”, relembra Riley. “[Isso] foi algo que Michael trouxe, e saiu exatamente como ele queria.”

O vídeo para “In the Closet”, dirigido pelo renomado fotógrafo Herb Ritts, e filmado em um rancho balsâmico, desértico, da Califórnia, apresenta Jackson e a supermodelo Naomi Campbell capturando gota a gota da elegância, paixão e tensão sexual da música. O vídeo também mostra a extraordinária habilidade dele como um dançarino, quando ele primeiro age como sedutor (à la “The Way You Make Me Feel”) e fecha com uma fascinante série de movimentos em silhueta no espaço de uma soleira de porta.





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