(Escrita e composta por Michael Jackson. Jimmy Jam e Terry Lewis.
Produzida por Michael Jackson, Jimmy Jam e Terry Lewis.
Programação de teclado: Andrew Scheps.
Programação de bateria: Jeff Taylor.
Programação adicional: Rob Hoffman.
Arranjo vocálico: Michael Jackson.
Arranjada por Michael Jackson, Jimmy Jam e Terry Lewis.
Gravada por Steve Hodge.
Vocais solo e backgrounds: Michael Jackson.
Todos os instrumentos tocados: Jimmy Jam e Terry Lewis)
“Is It Scary” é o clímax das incursões de Jackson dentro do Gótico. Ela é também, talvez, a melhor resposta dele à percepção que o público tem dele como uma combinação de espetáculo, vilão, e aberração.
Se “Childhood” é, como Jackson uma vez afirmou, a música mais pessoal dele, “Is It Scary” é o necessário contraponto.
Assustadora, evocativa e reveladora, ela é um final apropriado para a sombria obra prima conceitual de cinco músicas que é Blood on the Dance Floor.
Jackson coescreveu uma faixa anterior com Jimmy Jam e Terry Lawis no início dos anos noventa. Jackson, porém, não ficou satisfeito com o corte e continuou a moldá-la e a deixar que “ela falasse com ele” nos anos seguintes.
Comparar o inicial Dawn tempo Groove Mix com a edição do álbum fornece um vislumbre esclarecedor dentro do processo de desenvolvimento de uma música por Jackson, até ela ficar exatamente correta. A versão final não apenas acrescenta uma das mais importantes letras da música, mas dá a ela a necessária atmosfera, drama e paixão, que permitem que a “verdadeira dor e emoção” das letras ressoem.
A música começa com uma descrição quase idêntica a de “Ghosts”, imagens de aparições em volta, e fantasmas, escadas rangendo, e paredes confinantes; sonoramente, uma porta bate, o ar é comprimido e um coração começa a bater rapidamente, invocando um senso de claustrofobia, medo e pânico. Isso é uma simbólica descida para dentro de uma câmera-prisão. É aqui, significativamente, que Michael Jackson segura um espelho para a plateia dele.
“Eu serei/Exatamente o que você quer ver”, ele canta. Nesse espaço fechado, em outras palavras, ele está preparado para performar, para entreter. O que se quer ver nele ou através dele, no entanto, revelará mais sobre o observador que sobre o sujeito.
“É você que está me provocando”, ele continua, diretamente se referindo aos críticos dele, “Porque você quer que eu/Seja o estranho na noite.” O provocar, aqui, serve para marginalizar, transformar as diferenças dele em algo bizarro e irreconhecível.
Ele se tornou uma espécie de trovador dos dias modernos; a audiência arqueja, bate palma, zomba e ri, mas fundamentalmente compreende mal a natureza do artista e performance.
A crítica cultural Judith Coyle argumenta que Jackson “assimilou a personalidade de uma gama de trovadores, incluindo Long Tail Blue,Dandy Blue Jim, Zip Coo, Master Juba e, até mesmo, Jim Crow, em diferentes pontos da carreira e vida dele”.
O trovador, é claro, deve entreter de acordo com as expectativas, não em seus próprios termos. A recusa de Jackson em fazer isso subverteu o papel consignado dele. “Esta história do entretenimento americano (e o lugar do próprio Jackson nessa história) nunca está distante da mente de Jackson”, observa o crítico cultural David Yuan. “Ele tem deixado claro que ele acredita que a música afro-americana não deveria ser relegada ao status de ‘espetáculo secundário’ na história cultural americana… é importante reconhecer como a história contada tantas vezes sobre a subida de Michael Jackson ao estrelato se assemelha à institucional história do entretenimento afro-americano – e a história institucional dos shows de aberrações.”
A inabilidade ou relutância dele em satisfazer as expectativas da sociedade, tornar-se “normal”, depois, simultaneamente, mais irado, confunde e fascina as pessoas. “Michael Jackson”, Yuan continua, “é, definitivamente, a celebridade aberração dos nossos tempos… [E] para um público perplexo,… ele é visto como o agente que ‘transforma a si mesmo em uma aberração’”. Em outras palavras, a “escolha” dele em ser uma aberração agrava a reação cada vez mais.
Um perceptivo Jackson nota esse dilema e confronta os ouvintes com uma série de questões: “Eu estou divertindo você/Ou apenas confundindo você/Eu sou a besta que você visualizou.” Ele está, essencialmente, perguntando se ele é percebido como menos que humano.
O trovador, é claro, deve entreter de acordo com as expectativas, não em seus próprios termos. A recusa de Jackson em fazer isso subverteu o papel consignado dele. “Esta história do entretenimento americano (e o lugar do próprio Jackson nessa história) nunca está distante da mente de Jackson”, observa o crítico cultural David Yuan. “Ele tem deixado claro que ele acredita que a música afro-americana não deveria ser relegada ao status de ‘espetáculo secundário’ na história cultural americana… é importante reconhecer como a história contada tantas vezes sobre a subida de Michael Jackson ao estrelato se assemelha à institucional história do entretenimento afro-americano – e a história institucional dos shows de aberrações.”
A inabilidade ou relutância dele em satisfazer as expectativas da sociedade, tornar-se “normal”, depois, simultaneamente, mais irado, confunde e fascina as pessoas. “Michael Jackson”, Yuan continua, “é, definitivamente, a celebridade aberração dos nossos tempos… [E] para um público perplexo,… ele é visto como o agente que ‘transforma a si mesmo em uma aberração’”. Em outras palavras, a “escolha” dele em ser uma aberração agrava a reação cada vez mais.
Um perceptivo Jackson nota esse dilema e confronta os ouvintes com uma série de questões: “Eu estou divertindo você/Ou apenas confundindo você/Eu sou a besta que você visualizou.” Ele está, essencialmente, perguntando se ele é percebido como menos que humano.
No On Michael Jackson, de Margo Jefferson, ela escreve do contexto histórico para tal consulta. “Quando a Guerra Civil começou, [P.T.] Barnum tinha acabado de colocar um artista de circo inglês em maquiagem negra e túnica peluda, dado a ele uma selva como plano de fundo e perguntava ao público: ‘O que é isto? ’ Em 1875, ele colocou um afro-americano na peça: ‘… Isto é uma Classe Inferior de HOMEM? Ou é uma classe superior de MACACO? Ninguém pode dizer!
Talvez seja a combinação de ambos. Isso é mais que discutir A MAIS INCRIVEL CRIATURA DA NATUREZA… ’”,“Michael Jackson”, continua Jefferson, “contem oligoelementos de toda essa história… A raça dele, sexo, sexualidade, idade, são todos, absolutamente, ambíguos, difícil de classificar. Assim, ele se tornou, para muitos, um ‘O que é isto? ’”.
Esse contexto permite versos como “E se você quer ver/ Excêntricas esquisitices/ Eu serei grotesco diante dos seus olhos”, bater em um nível profundo. Ele será grotesco porque isso é o que uma cultura preconceituosa vê e quer vê. Isso é o que eles fizeram dele. Ele é um produto da cultura americana em muitos sentidos da palavra. Se eu estou assustando você, ele está dizendo, eu deveria estar; eu quero estar.
Mais tarde, entretanto, ele nos lembra de que atrás das “máscaras” esconde-se uma “alma ferida”. “Se você veio para ver”, ele canta, “A verdade, a pureza/ Aqui dentro está/ Um coração solitário.” O paradoxo, porém, é que ele apenas pode se revelar performando, perpetuando a ambígua linha entre artista e humano, pessoa e personalidade. Conformado com o complicado destino dele, Jackson declara o que poderia ser o slogan da vida dele: “Então, deixe a performance começar!”
O clímax apresenta Jackson, poderosamente, canalizando a raiva dele sobre um coro de fantasmas, derramando a dor dele no que parece um exorcismo. Isso é a que Neil Strauss, do New York Times, estava se referindo quando ele falou de Jackson, “como o homem elefante, gritando que ele é um ser humano”. Isso conclui uma das mais dolorosas, mas poderosa, expressões artísticas da carreira de Jackson.
Talvez seja a combinação de ambos. Isso é mais que discutir A MAIS INCRIVEL CRIATURA DA NATUREZA… ’”,“Michael Jackson”, continua Jefferson, “contem oligoelementos de toda essa história… A raça dele, sexo, sexualidade, idade, são todos, absolutamente, ambíguos, difícil de classificar. Assim, ele se tornou, para muitos, um ‘O que é isto? ’”.
Esse contexto permite versos como “E se você quer ver/ Excêntricas esquisitices/ Eu serei grotesco diante dos seus olhos”, bater em um nível profundo. Ele será grotesco porque isso é o que uma cultura preconceituosa vê e quer vê. Isso é o que eles fizeram dele. Ele é um produto da cultura americana em muitos sentidos da palavra. Se eu estou assustando você, ele está dizendo, eu deveria estar; eu quero estar.
Mais tarde, entretanto, ele nos lembra de que atrás das “máscaras” esconde-se uma “alma ferida”. “Se você veio para ver”, ele canta, “A verdade, a pureza/ Aqui dentro está/ Um coração solitário.” O paradoxo, porém, é que ele apenas pode se revelar performando, perpetuando a ambígua linha entre artista e humano, pessoa e personalidade. Conformado com o complicado destino dele, Jackson declara o que poderia ser o slogan da vida dele: “Então, deixe a performance começar!”
O clímax apresenta Jackson, poderosamente, canalizando a raiva dele sobre um coro de fantasmas, derramando a dor dele no que parece um exorcismo. Isso é a que Neil Strauss, do New York Times, estava se referindo quando ele falou de Jackson, “como o homem elefante, gritando que ele é um ser humano”. Isso conclui uma das mais dolorosas, mas poderosa, expressões artísticas da carreira de Jackson.
Jackson posa com fantasmas e zumbis nesta foto do set de Ghosts.
Blood on the dance Floor foi o mais próximo que Jackson chegou para um álbum conceito.
Próximo capítulo: Man In The Music: Capítulo 7 - Invincible (Parte 1)
Is It Scary é uma das minhas canções prediletas do fofo que estão na minha lista "estoura tímpanos"..rsrsrs... Sabe aquele lance de ouvir nos fones bem altão..rsrsr..então..é bem por aí.
ResponderExcluirUma obra de arte!! Ritmo, fundo musical, letra, voz, a entrega de Michael na música, na letra..tudo é impressionante, tocante.. contagiante.
Michael é realmente o máximo. Nunca existirá outro à altura desse homem e nem desse gênio.
Aqui o diálogo de Joie e Willa sobre essa música...para recordarmos.. ;)
http://www.michael-iloveyoumore.blogspot.com.br/2012/04/voce-esta-com-medo-ainda.html#more
Bjãooo
LOVE
“Eu vou ser
ResponderExcluirExatamente o que você vai ver
Assim você veio a mim
Ver suas fantasias
Realizarem diante de seus próprios olhos
Um deleite fantasmagórico assombrado
A trapaça macabra
E espíritos dançando na noite
Mas se veio para ver
A verdade, a pureza
Está aqui dentro de um coração solitário
Portanto, deixe a realização começar”
Trecho de Is it Scary - Michael Jackson
É bem por aí mesmo.
As pessoas veem com os olhos que têm.
As pessoas veem Michael com os olhos que têm.
Muitos querem ver Michael como um monstro, porque é dessa forma que sentem prazer vê-lo, mas se quiserem ver a verdade e a pureza que está no coração dele, é preciso mais do que apenas ver o que se deseja ver, é preciso enxergar com clareza, é preciso sentir o que emana dele.
Bjãooo
LOVE
Uma prévia do vídeo que em breve estará no canal *---*
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/video.php?v=1545489979059287&comment_id=1545537675721184&offset=0&total_comments=5
Michael é completo...OMG :3
LOVE
Pela prévia esse vídeo promete amiga..\o/
ResponderExcluirEstou no aguardo. ;)
Bjãooo
LOVE
\o/
ExcluirQuase 10 minutos de vídeo, mais de 150 cenas :3
LOVE